Heráclito
São iguais, os vivos e os mortos, os que estão acordados e os que dormem, os jovens e os velhos: porque cada um destes opostos quando se transformam tornam-se o anterior.
O que fundamenta e cria tudo não é uma unidade totalizante mas nela coexistem e são necessários os contrários. Para entender o fundamento de tudo é necessário juntar o completo e o incompleto. É a união dos opostos que vai gerar a unidade da mesma forma que da unidade vão ser gerados os opostos. A diferença entre os opostos constitui um significado essencial e racional da própria diferença.
“Paremos de indagar o que o futuro nos reserva e recebamos como um presente o que quer que nos traga o dia de hoje. Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras.”
Não compreendem como o divergente consigo mesmo concorda; harmonia
de tensões contrárias, como de arco e lira.
Imortais mortais, mortais imortais, vivendo a morte daqueles, morrendo a vida daqueles.
Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.