Henrique Rodrigues da Silva
A vida é um enorme tabuleiro em que muitas vezes as peças se movem sem que possamos interferir.
E, quando essas peças se movem, não há receituário que as impeçam. A vida é assim.
Isso mesmo, muitas vezes não depende de nós.
Veja o caso de uma pessoa amada.
Você ama porque o amor nasceu dentro de si. Ele é espontâneo.
E, dentro desse contesto, muitas vezes você se depara com a pessoa amada te magoando.
Ela não é mais aquela pessoa. Sucumbiu.
E, aí segue o seu coração machucado, enfraquecido, diante de si mesmo.
Mas, mesmo machucado, o que você não deve perder é a esperança.
Quando desaparece a esperança desaparece tudo.
Devemos entender que a vida nos dá oportunidades de recuperação, ainda que ela venha de forma lenta.
Tem que querer, buscar, almejar como algo precioso que um dia vem.
O tempo cura. A vida nos ensina e, como ensina.
E, muitas às vezes quando imaginamos que estamos muito pra baixo, quase até sem rumo, eis que alguém entra na sua vida e, transforma o seu destino.
O destino de si.
A vida é um tabuleiro, nunca perca a esperança. A esperança em si.
Grêmio, porque te amo tanto.
Amamos na vida e a lógica desse amor é que ele se arrefece no caminho longínquo e no decorrer do tempo.
Na verdade o amor é um estado momentâneo de espírito - vive-se o amor no tempo de sua emoção.
É algo que se vive num momento e, se perde no outro, em face das circunstâncias da própria vida, porque a lógica do viver a vida é viver as suas oscilações.
Para todos, sem distinção.
Dizem até que nada na vida é eterno e, porque então o amor seria, não é verdade?
O apaixonado desapaixona-se e, este se apaixona na mesma rapidez que o seu amor se esvaece em tempo e no tempo.
Se isto é verdadeiro, a lógica da vida para mim revela-se, entretanto, contrária, desafiando esse contraditório amor.
Porque o grande amor da minha vida ao mesmo tempo em que me trás profundas alegrias, me trás também tristezas, sofrimentos e até me maltrata, e eu continuo fiel a ele amando-o na mesma intensidade, não conseguindo me afastar por mais que seja a minha momentânea frustração.
Se ele me maltrata eu fico possessa da vida, mas, não consigo deixar de amá-lo na mesma proporção que me trás as deveras alegrias.
Recentemente fiquei triste e muito triste com o meu eterno amor. Chateou-me muito, aborreceu-me, enfim, irritou-me profundamente.
Fiquei pra baixo uns três ou quatro dias, e até hoje não digeri o que ele fez comigo. Não consegui até hoje me recuperar dessa situação.
Mas, aconteça o que acontecer, nada na vida conseguirá me afastar ou separar dele o meu coração.
Fazer o que se esse amor tá colado dentro de mim?
Ouso a confessar que o grande amor da vida é o amor de tantos outros que o amam na mesma intensamente de meus sentimentos e, isto não me machuca, bem ao contrário, só me trás alegria e satisfação.
Aliás, tenho uma enorme simpatia por aqueles que o amam e dividem comigo esse incontido amor.
A derrota de meu grande amor é a derrota de meus sentimentos. A vitória é esfuziante, encantadora, orgulha-me e enche-me de enorme felicidade e prazer.
Sei que falar do meu grande amor não é fácil, porque palavras não saberei encontra-las na exata dimensão do que sinto por ele dentro de mim.
Mas, poucas delas eu direi fielmente para sempre:
Grêmio, você é o eterno amor do meu coração.