Hélder Sena de Sousa
Ás vezes, para seguirmos em frente, é necessário deixar para trás aquilo que estimamos. É mister, em alguns casos, queimar os navios.
Poder, dinheiro e bens não deixam um homem mais poderoso ou rico. Acabam por deixá-lo inquieto e preocupado.
Apegue-se aos bens materiais e eles o levarão para o abismo. A frugalidade é o maior tesouro de um homem.
A disciplina não é uma prisão. Quem é disciplinado goza da maior liberdade possível, pois não é escravo de vícios.
Ler as biografias de grandes homens é importante. Aprender as lições e descobrir o que fizeram de errado.
A vida é para ser vivida, não para ser compreendida. Pode-se tocar em alguns pontos de apoio, ilhas em meio a um oceano de incerteza. E querer colocar a vida em um cabresto, represá-la é debalde; não funciona e não resolve, apenas causa mais inquietação e sofrimento.
O grande problema que se tem diante da vida é que se deseja que ela se defina da maneira que quer, isto é, que tudo aconteça da forma que se planeja e pensa. Como se sabe, isto é uma grande falácia, pois tudo muda rapidamente e não se controla tudo. Sempre existe algo que escapa à vigilância.
Conviver não é uma tarefa fácil. É algo que exige muita compreensão, muito jogo de cintura, muita experiência. Cada pessoa possui uma visão de mundo que acredita ser a ideal. Aí que reside todo o problema, o xis da questão: é preciso saber ceder, mas conservando aquilo que se julga ser o mais importante, mantendo a personalidade.
Duro com duro, não faz bom muro. Assim, é preciso saber recuar, repensar posições, evitar atritos. É algo que se adquire com o tempo, não pode ser ensinado, mas pode ser aprendido, desde que, se esforce para este intento.
Durante a vida, se está em constante construção. Lapidando algo, criando outra coisa, demolindo aquilo que se julga não ser mais necessário, reforçando o que se acredita importante. Nada é definitivo; a única constante é a mudança que acontece onde menos se espera, em algumas ocasiões.
Na vida, tudo muda, sempre mudará. Mas é preciso deixar uma trilha do que se fez, seja certo ou errado, que tenha sido coroado de êxito ou foi um fracasso. Evitar cair na mesma armadilha. Nem só de vitórias se fazem os grandes homens.