HELDER DUARTE
Ora, o Senhor disse: Abrão sai dessa terra.
Da casa, de teu pai e vai a terra, que te mostrarei,
farei de ti, uma grande nação, isso eu farei.
E por ti darei a bênção a toda a terra!...
Abençoarei os que te abençoarem,
e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem,
e tu serás uma grande bênção,
E em ti todas as famílias benditas serão!
Engrandecerei o teu nome...
Partiu, pois Abrão, como o Senhor disse.
Deixou a terra de Harã, fez isso!
E FOI À TERRA DE CANAÃ, NOME!
Baseado em Génesis 12:1-5
A noite é luz! Sim luz como o dia muita luz, há,
Neste lugar escuro! Sinto a luz, já vem para cá!
Já brilha, o dia, como se noite, não houvesse!
E se como o mal, já passado tivesse.
Cantai e alegrai-vos comigo amigos meus,
eu sei que no fim vai ser tudo bem.
Sim ! Às veszes eu choro! Mas o bem vem!
Depois das trevas, vem a luz com efeitos seus!
Vem o tempo em que não mais haverá doença,
ainda que agora muitos temos esta sentença!
Mas brevemente tudo vai terminar!...
Sim! A enfermidade vai passar, claro que vai!
Não se dará nem mais um clamor com "ai"!
Ainda iremos amigos, a nossos abraços dar!
Música és vida!
No princípio, eras presente, no acto da criação.
Auxiliaste, nesta acção...
Da existência nascida...
Dentro de mim, estás...
És tu, que minh´alma, alimentas.
Música! Música! Música!...
Ao céu m´elevas. Tu única!
Enquanto te sinto...
Vou voando,
No meio dos anjos. Sim! Não minto.
Vivo, por ti.
Dançando e cantando,
Um cântico, que do mal, me tira daqui!
E falei-lhes assim:
Alma minha! Meu espirito, sem fim!
Meu corpo; meu ser!...
Se sobre vós, não ousou chover!
Como então! Perante meu fado,
E meu tanto enfado...
Sobre nós, então, buscar ides!
Águas, para destes cegos olhos, lágrimas sair verdes?!
Então me disseram:
Eis que sobre tu e nós!
Águas que são, serão e eram...
Aliviam esta tormenta...
Que continua veloz...
Porque são águas fortes, como sete vezes setenta!...
Escreves leve como uma pena,
toda a nossa história.
Sim tu minha amiga Lena!
Este trabalho fazes a toda a hora.
O teu serviço é escrever.
Trabalhas sem medo ter.
Nas coisas desta Unidade.
Mas fazes tal, com tanta caridade.
Que também escreves com a alma,
a todos dás muita calma,
trabalhas até que em nossa alma,
escreves um poema de amor.
Com uma força tanta,
que por ti nosso ser Clama...
Vem nos tira toda a dor!
Então vens com ligeireza.
Atendendo, quem te chama.
Para dar o teu grande amor.
Disso todos temos a certeza,
que és rainha do bem.
Com o qual cantas e danças tão bem.
Por vezes até aos aflitos dás pão.
E sempre com um sorriso.
Aos doentes estendes a mão.
És assim, porque em Deus tens inspiração.
Por isso, eis que no céu tens teu galardão !
Dedicado a Lena, Administrativa da Unidade de Longa Duração e Manutenção de Albufeira
Com muito
Carinho
Caros poetas,
Com todo o respeito e amizade por vós, lance as seguintes questões. Só existe o RELATIVO? Em dimensão outra, não humana. Não existe uma verdade ABSOLUTA? Então porque todos a procuramos?
Amor é um pensar muito em ti,
é um ausente, sempre presente,
é um sofrer, sem mal dizer, sempre.
É um estar, muito longe daqui.
E um gozo no tempo permanente,
que liga duas vidas eternamente.
É um estado de toda a perfeição,
que vem à mente e ao coração.
Mas para sentir, este clamor,
sabe, oh, gentil alma humana,
que tendes antes de ter dor.
E em vosso ser alto clamar,
com força que jamais engana,
a quem com esta dor, se diz amar!
Eu tanto queria te dizer, a todo o tempo,
Estou contigo, em todo o momento.
Mas eis que não te disse nada disso.
E se o disse, não fiz mesmo isso.
Eu queria estar contígo na tua aflição,
mas eis que não te dei a minha mão.
Quando estavas a muito chorar,
Eu fingi que te não vi a clamar.
Quando não tinhas o teu pão,
eu também não te dei a tua porção.
Eu no fundo queria, sempre te amar,
mas eu, fiquei no meu só lugar.
Eu senti muito, quando estiveste, na prisão.
Mas de visitar-te, não tive tal ação.
Nem quando estiveste, doente,
eu junto de ti estive presente.
Eu te peço perdão, por isso tudo,
Eu falhei, mais que todos no mundo,
Eu te peço também a ti oh Deus,
que me perdoes, pecados meus!
HelderDuarte
O meu amor é lindo!
Lindo, como um pomar!
Um pomar, de maçãs a perfumar.
O meu amor é querido!
Se verdes o meu amor!
trazei-o a mim já...
Estou, só, neste meu calor!
Dizei-lhe, o quanto estou em dor!
Vem! Amor meu! vem!...
Eis que já preparei, tudo!
Para aquele fim, enfim...
Morro, de amores, em todo o corpo.
Amor, carnal! Total! Vale fazer, tudo!...
Vem amor meu, vamos, amar, sem amor, imundo!
E vieram leões e tigres! A saudá-lo!
E vieram ao rei, louvá-lo!
E rei os amou tanto!
Com tanto encanto!
Sim! Porque o rei é lindo!
Em corpo, alma e espírito.
Mais lindo é que tudo, o que existe…
É o meu rei, sim! O que já é vindo!
E tudo parou! Para o louvar.
Até os cisnes, dos meus poemas…
E ainda os do lago antigo,
Do tempo, do amar!...
A Camões, honra e valor!
Porque foi poeta do amor.
E falou de Portugal…
Do seu grande historial!..
Oh! Velho do Restelo, cala-te!
Porque, Portugal ainda será…
Cala-te! Cala-te!... Cala-te!...
Porque Nuno, Álvares Pereira, ressuscitará.
E Dom Dinis, foi rei trovador.
E Dona Isabel, foi rainha…
E Inês de Castro, morreu por amor.
Cala-te! Porque o Brasil e Angola, são reais!
E Portugal, é sempre, terra linda!...
E nela eternamente, não haverá, mais ais!...
Eis aqui estou, neste estar!
Neste estar, que não sei se o é.
Bom seria que o fosse até!
Mas como o é, sem receber amar?
Estou por todos lapidado.
Para ser liquidado...
Eis que ninguém humano, me ama,
Nem quando, estou doente, na cama.
Quem está comigo é um.
Que não é homem algum.
Que é aquele que se chama «Eu Sou»!
Porque n'ele estou...
Ele é amigo, amigo.
Em verdade, em verdade!
Está comigo e contigo.
Por toda a eternidade!
E vi tulipas e cravos brancos.
E vi melros, nos laranjais...
Em verdes campos!...
E o rouxinol da menina e moça, já não cai.
A dama do tempo antigo,
Não mais sofre, de sofrimento.
E a «Menina e Moça», canta alegremente...
E Bimmarder, diz a Avalor: Deus é contigo.
No ribeiro, não há mais morte.
E Camões, sofrimento, não tem, nem pouca sorte.
Gil Vicente, não mais murmurará.
Dom Sebastião, de Alcácer, voltará.
E em cavalo, branco, virá...
E em Apocalipse, com o cordeiro, reinará!...
Há um cântico de Coimbra,
Em alma minha!...
Ainda que mal caminha.
Canta um fado e uma guitarra, ainda vibra.
Fado de bom destino.
Como que um hino!
Fado de boa sorte!
E não de morte!
Porque nesta cidade,
Há um Deus de vida.
Um Deus de verdade!
Que aos homens salva.
E a mim ainda...
Minha alma torna alva!
Beethoven, Beethoven!
Surdo fostes.
Mas de música, composições deixastes,
Que nossos ouvidos, no tempo ouvem...
Tua música, tem alto som,
Que não chegou a teus ouvidos.
Mas com esse teu dom!
Céu e terra unidos...
No tempo, espaço e eternidade,
Tu, homem e anjos a Deus louvam...
Com plena liberdade...!
Essa música, afinal é d´ele.
Vem da sua eterna verdade...
Ele eternamente, reinará...
Está vindo, num cavalo branco. Sim! O de Apocalipse, aquele!
,
Não tenhas medo mãe!...
A Primavera vem,
Caminha então...
No caminho, que o teu jardim tem.
As flores do campo já perfumam,
Os passarinhos neidificam,
O sol brilha!
Pasta o cordeiro e a ovelha.
Por isso vive tua vida...
Porque o teu sol é eterno...
Tua luz é eterna...
Caminha nesse jardim,
Tão calmo...
Que não tem fim!...
Os meus poemas são escritos antes d'eu os escrever.
Se eu não tivesse nascido ou mesmo existido,
Os meus poemas teriam ainda assim, sentido.
Pois eles existem antes d'eu mesmo nascer!
Eu os escrevi, não tanto em papel somente,
mas os escrevo nos do mundo lugares.
Nos meus passos, que dou em andamento,
e nos corações, qu'ouvem, meus cantares.
Mas eles existem antes de mim ainda assim,
vêm do tempo sem tempo, mas não antigo.
São filhos do hino sublime e suave, sim!
Filhos do tempo, tão terno e musical,
quando a música no universo, se ouvia, digo.
E não havia mesmo nenhum mal!...
Perdigão, perdigueiro, perdiz.
Mata, mata, mata, mata!...
Oh perdigueiro! O perdigão que salta;
E a perdiz, que no voo é aprendiz.
Foge perdigão e perdiz!
Para que o perdigueiro, vos não mate.
Mas vão, para onde Deus vos diz.
Para que ele, perdigueiro, não vos maltrate.
Mas oh Deus! Porque caça o perdigueiro?
O perdigão e a perdiz?...
Quem assim, o quis, primeiro?
Vós! aves sabei a verdade!
Da origem desta, perseguição infeliz.
Mas ide a Deus, que vo-la dirá em sinceridade!
Medo porque ter?
Medo de quê?!...
De que ser?
Mas porquê?!
Medo da morte...
Ou da vida,
Do Norte?
Ou do sul ainda?!
Medo de cão...
Mesmo de lobo,
Ou leão?!
NÃO! PORQUE A VERDADE
JÁ A TENHO...
QUE É DEUS, NA SUA TOTALIDADE!...
Portugal e ESPANHA!
Terras de povos de vária ordem.
E culturas tamanhas.
De valores, que no tempo permanecem.
Descendentes sois,
Dos povos seguintes pois:
Társis, Iberos, Celtas
E de outras origens.
Cartagineses, Gregos, Fenícios,
Lusitanos e Romanos.
Godos e Mouros.
Povos de vários principios.
De diversas religiões.
Uns pagãs, outros cristãos.
Vós nações Ibéricas.
Que fostes, senhoras das Américas.
Do mundo,
E de mares muito.
Terras de artistas,
Camões, poetas, Amália, fadistas.
Vinde para Deus,
Que dos vossos pais e de vós é criador.
Do universo é Senhor.
Verdadeiros, são valores seus!
Eis que vem.
Para reinar eternamente.
Pois fim, não tem,
Seu reino, que será para sempre!!!
Escreve um grande poema!
Mas fá-lo, sem tinta...
Sem rima...
Sem tema...
Sem palavras,
Sem poesia...
Sem métricas!!!
Nem fantasia.
Antes, teu ser, o escreva,
Amando, teu próximo...
De modo, que esse poema, ele em ti veja...
E diga:
Este ama...
E não me engana!
Tentei calar a minha boca, a qual me disse,
Cala-te alma imunda e perecível tanto.
Sim, faz mesmo só e sempre isso!
Então me calei e isso realizei, portanto.
Mas dentro de mim as entranhas se revolveram,
e dando um grande clamor, calado, não fiquei,
e um novo cântico, de fresco eu entoei.
E dos poemas minhas musas não se calaram.
Ainda com mais força eu tanto gritei,
sou poeta de cânticos do além,
Isso eu já há muito que o sei!
Portanto não mais me calarei,
mas com a força que meu ser tem,
do bem eu muito e ainda falarei!
Voa flor , voa , voa!
Com o manso vento!…
Como no outro tempo.
Voa passarinho e teu cântico entoa!
Esse pássaro, sou eu sempre.
Aqui e agora e no tempo.
E depois, no futuro.
Onde, não mais., há na vida, furo.
No futuro, que não passa.
Nesse não passar, de nome jardim.
Onde a minha flor, jamais, seu ser disfarça.
Porque eu passarinho e flor, voarei.
Sempre, sempre, sempre , enfim!
Eu vim cá!
Sim vim! Naquele dia!
Mas para que seria!?
Que naquele dia… lá…
Eu vim lá e cá!
Sim! Lá e cá e em todo o lugar
Sim a Monchique e a Alvor, eu fui!
Sabeis, para que fim? Para amar!
Para ser, um para Deus, louvor!
E sabeis mais?! Sabeis?!
Eu o sou! Eu sou! Não o sabeis?
Eu não sou ele, não…
Mas amo-o tanto…! Tanto!...
Sou dele portanto!
Eu vim aqui para morrer!
Também, vim para sofrer.
Também, vim para fazer guerra!
Também, vim para ser amigo, do que erra!
Meu nome é sofrimento.
Filho do tempo e tormento.
Ainda filho do mundo e do vento.
Também é nada e tudo…
Pois eis que estou no mundo.
Para que então, nasci, lá!?
Para isso pois eu vim.
Eu em verdade! Sou alguém! Sim!
Mas também não sou ninguém enfim!
Eu sou vosso! Para me matardes!
Para não, me amardes!...
Para aguentar com tudo.
Como vosso peso imundo!
Sou tempestade e dor.
Mas também, calor e amor!
Confusão e depressão!
Mas, também homem de acção!
Enfim! Sou o que vós, não sois!
Sou eu; Só eu!...
Não há outro, igual pois…
Sou lindo! Lindo e feio!
Mas sempre forte, no que um dia veio!
Sabeis quem sou? O mal…
Mas também, o bem.
E assim vou indo, ao céu, no final.
Quer vós quereis, quer não!
Pois, meu nome é Jerusalém…
Terra de Melquisedeque, rei de Salém…
Tempos e tempos vieram…
E influências sobre mim tiveram…
É o tempo do tempo.
O tempo, em que de paz,
O tempo, de a trazer, não foi capaz.
Mas o vento do norte,
Os tempos, varreu
E venceu a morte.
Sim! O vento, o mal venceu!
E eu voei, com ele!
E fui lá… Lá… Lá…
Aquele, lugar dele!
Onde os rios, são calmos, lá!...
Azul, é o céu, lá, sempre.
Afinal, não é tempo!...
Mas! Tempo, sem tempos!...