HELDER DUARTE
Golias
Vinha o filisteu gigante se aproximando de David,
e o seu escudeiro ia adiante dele. Ollhando o filisteu,
a David, o desprezou, porque era moço, que não o temeu,
e disse a David, sou eu algum cão, para vires assim daí.
Porque me vens, com paus e pedras, assim lutando comigo?
Eu darei a tua carne às aves dos céus e às feras do campo.
Respondeu David, tu vens a mim com, a espada e tanto,
em nome do Senhor dos Exércitos, eu venho e o trago comigo...
Hoje mesmo o Senhor te dará na minha mão, fica sabendo.
E te ferirei e te tirarei a cabeça, pois assim se fará, entende!
E se saberá que o Senhor é que manda nas guerras e nesta.
Quando o gigante ia se encontrar com o jovem David,
David meteu a mão ao alforge e tirou uma pedra.
E com a funda matou o gigante que assim, não saiu dali!
HelderDuarte
Homofóbico
Não sou homofóbico, não o sou, como Jesus Cristo não o era.
Sou antes, amigo dos que muito sofrem nesta terra!
E não os considero uns coitados, por isso em que estão!
Mas não sou, como os que os vendo, no desespero em que estão!
Sim! Muitos dos que sofrem, com muitas angústias,
devem ser auxiliados, sem nenhumas disso dúvidas!
Compreendei, vós povo do mundo, que muitos de entre vós.
São humanos como todos e qualquer um de nós.
E devemos amá-los, como dignos do nosso amor!
E não passar de largo, como os hipócritas, que não sentem a dor.
Sim há muita gente infeliz, no nosso grande meio!
Mas para isso Jesus Cristo ao mundo já veio,
E nos mandou aos cansados, anunciar, no tempo,
O seu poder, transformador, agora e sempre!
Pastor
Fui pastor de ovelhas sim!
Ovelhas que tinham fome!
Fome! Fome! Fome! Fome!...
Mas de carne e de carne de homem, enfim.
Não fome, dessa verdade!
Que deviam ter, dela fome!
Mas comeram, carne de homem.
E isto sem ordem e com desordem!
Por isso, me comeram!
Me mataram;
Meu sangue, beberam!
Mas eis que, me dará vida, um pois, que pastor.
Que vem e a quem, mal fizeram!
Mas ele venceu e eu vencerei, com ele, o Senhor!
Filhos de Noé
Às armas e os barões assinalados...»!
Começa o poeta no seu cântico,
De género épico...
Cantando os lusitanos
feitos realizados...
Mas oh vós que de Társis
descendentes sois,
Lembrai-vos que Jafé vosso pai foi,
Devieis de Deus ser, pois,
Assim como Noé, lhe deu apoio...
Mas vós Portuguesas gentes,
A Deus e vossos pais não obedecestes.
Nem temor lhe tendes...
Porque a Deus não quereis,
Antes o esquecestes.
Porque eu sou de Deus,
mas eis que morto me haveis...
Terremoto
Portugal! Portugal! Terra de tantos pecados!
Aos judeus queimaste, os bens lhes tiraste.
Tantos escravos, para o Brasil os sempre levaste.
Os índios no Brasil também queimaste.
Foste contra os que da europa, a ti vinham,
com o evangelho verdadeiro que teus pais não tinham.
Mataste sábios, crentes, poetas, cientistas, profetas,
com a tua Inquisição, foram tuas iniquidades manifestas.
Ouve meu país de Afonso Henriques, este meu apelo.
Pois no século dezoito, Lisboa e Algarve morreram!
Com tão grande terremoto por isso, pereceram!
Arrepende-te então ainda, enquato podes fazê - lo,
Pois Deus te julga, ainda em pecados tantos...
Antes que sobre ti venham, mais e muitos desencantos!
Alvor
Em Alvor cresci, junto à sua ria, onde muito nadei,
muito berbigão eu lá, com meus irmãos, apanhei.
Eram tempos do cigano Lineu e da cigana Estrela.
Ele vendia mulas e seus burros, ela bordados a estrear.
Havia a Maria Caloa, com a qual todos gozavam,
por ela não se lavar.Também o Raul, no seu praguejar,
e o aguadeiro, com sua carroça, vendia cântaros de água a apregoar.
E meu pai vendia batatas de rua em rua, às senhoras que compravam.
Eu regava as batatas e o milho nas duas hortas de meu pai,
e tratava das vacas e dos porcos, sem nunca dizer um aí.
Nas descascas do Armando Isidoro era depois baile e festa.
Eram tempos belos, sem ter televisão, em que se ouvia as rádio novelas,
eram tempos dos "Abba" que cantavam "Fernando" e canções outras...
Assim naquele tempo, eu sempre dizia, não há Alvor como esta!
HelderDuarte
AO Infante
Eis que ele vem...
Mas ele é quem?...
Ele é o infante,
Que vem triunfante...
É o que vem no fim do tempo,
Para reinar para todo o sempre.
Vem cavalgando em verdade,
Com sua autoridade.
Seu nome é Jesus.
Ele disse-nos:
«EU SOU A LUZ»
Finalmente, a existência terá paz!
Porque eis-nos,
Que é DEUS QUE A TRAZ!...
Pó
E ele disse ao pó:
Haja em ti vida!
Levanta-te e caminha.
NÃO ESTÁS SÓ.
Então este caminhou,
Com a vida que aceitou,
Pelos lugares que o houveram morto,
Tanto no baixo, alto e lugar plano.
E viu que a vida, que neles perdera,
Era a qu'eles perdida perderam,
JÁ QU'ELE D'ELES MORTE RECEBERA.
E o que ao pó falara ainda lhe disse:
E os que te mataram morreram,
Por te terem dado a morte,
PORQUE A VIDA QUE EU SOU, ELES AINDA A NÃO RECEBERAM!
Me Mataram
QUE TENS TU CONTRA MIM,
Oh cidade de Lamego?
Que me odiaste assim!
Afinal havia razão para ter medo!
ELES E TU VENCERAM,
Mas eu perdi...
Sonhos meus já acabaram!
E minha luta não venci...
E AQUI VOU EU,
Como quem morreu...
A caminho de Viseu...
DEPOIS VOU MAIS PARA SUL,
Afastando-me do ar teu,
Morrendo sem encontrar o que já não procuro...
Povo de Deus
Oh vós que em PORTUGAL de Deus sois!
Um apelo vos faço pois...
Vós que ministérios tendes de Cristo,
E dons do ESPÍRITO.
Eu que sou pequeno em mim,
Mas em Deus forte, enfim.
E nome de Cristo JESUS,
QUE DA EXISTÊNCIA É A LUZ,
Vos digo: Não tenhais medo,
Do evangelho anunciar,
AO MUNDO TODO...
POIS ELE CONOSCO JÁ ESTÁ,
NESTA MISSÃO DE PREGAR.
E EIS QUE O ESTADO ETERNO FUNDAR VIRÁ!...
Neste Momento
Se me ordens darem:
Para a Deus deixar!
Por minha aflição, contemplarem,
A qual não me quer abondonar.
Direi então:
Isso não faço não.
Pois ele é o meu Senhor,
A quem eu amo com todo o amor...
Meu mal é grande...
Mas ele é maior,
Que o mal gigante...
Neste momento,
Amo-o melhor...
Agora e sempre!
Fanático
E olhei à minha volta e para mim.
Mas que vi para escrever enfim?!
Sobre assunto outro aqui.
No mundo e no ser, nada encontrei de valor em si.
Para outros, fanático sou.
Porque de Deus escrevo.
Mas ele, tudo originou.
Assunto outro, a tanto não me atrevo.
Porque ele é o verdadeiro.
O primeiro...
O de tudo herdeiro.
Por isso d´ele falo...
Jamais, meu ser calo...
Porque ai vem ele, num branco cavalo!...
(ÚLTIMOS CAPÍTULOS DE APOCALIPSE DO APÓSTOLO SÃO JOÃO...)
HELDER DUARTE (... QUE EM TEMPOS FOI PASTOR EVANGÉLICO NA CIDADE DE LAMEGO...)
O MAR
E a terra lhe disse:
Mar porque me bates,
Com teu modo, esse,
Que de Deus, não tem artes?
Se de Deus ambos somos,
Porque me fazes mal,
Se os dois afinal,
Por ele fomos ordenados?
Ms como estás nele,
Se me fazes guerra,
A mim que sou dele?
Como podes de Deus ser
E a mim terra,
Com tuas ondas, tanto mal fazer?!
Poeta
Sou poeta! Poeta! Poeta! Poeta!
Sim! Portugal! Brasil! E tu que és profeta!
Não o era! Não o era! Não o era!...
Mas aos poetas fazia guerra!
Mas oh profeta, que não és poeta!
Mas apenas um homem.
Neste mundo de desordem.
Eu que ao inferno, a minha dei, em vida esta!
E tal foi a tormenta que me veio,
Que minha alma mudou, para ser poeta.
Para vir a ser, o que, sempre rejeitei. E agora em cheio.
Porque eis que sensível fiquei e cantei,
Versos, sonetos, poemas, ao som de música de orquestra.
E em poeta, poeta, pois dei e me tornei!
Salomão
Em tempos, que já lá, vão...
Eis o que disse, o de Israel, rei,
De nome Salomão...
Homem de bem e da de Deus, lei.
No mundo, fiz e experimentei tudo,
Para assim feliz ser...
E ordem, meu ser ter...
Mas logo descobri, que sem Deus, tudo é imundo.
Para o homem feliz ser...
A vontade de Deus,
Deve de a fazer...
Porque eis, que tudo passa.
Caminhos meus e teus...
Mas Deus, jamais acaba, ou alguém ultrapassa!...
Mais Perto
Desejo estar contigo,
Não tanto o quanto agora estou!
Mas mais perto, meu amigo,
Quero estar, ainda que para ti vou!
O que eu queria, era já ir,
Pois neste mundo, difícil é estar,
Por mim falo, neste ser existir!
Quem me dera, para ti Deus voar!
Mas enquanto aqui estou,
Fica sempre perto,
Por quanto teu santo sou!
Te amo tanto, tanto, tanto!
Mais que meu eu todo,
E ainda mais que tudo!
Milénio
Sonhei um sonho, que o mundo era bom no seu todo!
Então era tudo amor e muita paz, muita felicidade.
Os velhos eram amados, os casais amavam-se um ao outro.
As crianças eram, cheias de alegria e vivacidade.
Não haviam guerras nas nações ao invés cantavam-se canções.
Os homens eram todos amigos e irmãos e davam as mãos!
Os animais não eram mortos, nem trabalhavam no circo.
Andavam nas ruas do campo, como eu nunca tinha visto.
Então acordei e fiquei muito feliz, porque descobri que eu sonhava.
Mas na verdade, o sonho era real, como o que tão bem no sonho eu visionara.
Sai à rua e vi tudo aquilo, que eu já havia tanto tempo desejava,
Então vi um homem mais lindo que o sol, com uma voz de muitas águas,
Me chamou e me mostrou todas as outras coisas e me senti sem mágoas.
E vi que o reino de Jesus Cristo, nos mil anos chegara!
Paulo à Galácia
Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por homem algum,
mas por parte de Jesus Cristo e por Deus pai, que com o filho é um.
Deus pai que ressuscitou dentre os mortos, a Jesus Cristo o Senhor,
e da parte de todos os santos irmãos que estão comigo, neste amor.
Para os irmãos das igrejas da Galácia, graça a vós e paz da parte,
de Deus nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu,
a si mesmo, por nossos pecados, para nos livrar de eterno desastre,
segundo a vontade de Deus nosso Pai, vos escrevo assim eu...
Muito admirado estou eu, de tão depressa terdes passado, daquele,
que vos chamou, na graça de Cristo, para outro evangelho falso.
O qual não é outro, mas é para transtornar o verdadeiro, de Cristo dele.
Mas ainda que nós mesmos, ou um anjo de Deus, vos anuncio,
outro evangelho, além do qual, vos temos já dado de fato,
que esse falso seja de todo Anátema isso eu Paulo o pronuncio!
Lutador
Eu luto sempre, com este meu eu e também contra o teu.
O meu nome é lutador de lutas, ainda não vindas, no tempo.
Mas também de passadas lutas, que hoje já não enfrento.
Algumas em verdadeira batalha o inimigo enfrentei eu....
Não fui tropa no meu país, nem fui à guerra em Jovem!
Mas vós militares, para que me querieis vós convosco?
Claro que eu não precisava de estar à vossa ordem,
a minha experiência é bem maior, em meu algum desgosto.
Há nimigos do além, que me querem desde sempre,
matar, para qu'eu não os possa de todo perturbar.
Turbulento é este meu viver aqui todo o tempo.
Mas dê-me Deus vida e força e muito deste meu amar,
que assim nesta de Deus força, aqui no tempo,
Jamais eu deixarei de contra as potestades lutar!
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Nova Construção
Eu sou o homem, que viu a aflição, pela vara do seu furor,
me levou e me fez andar, nas trevas e não na luz, mas na dor.
Deveras ele volveu a sua mão contra mim, o dia todo sim!
Fez envelhecer a minha carne e a minha pele, está contra mim!
Quebrou os meus ossos, levantou contra mim muitas trincheiras,
e me cercou de amargura e trabalho, fez-me habitar em trevas,
como os que morreram à muito em antigas e longínquas eras.
Cercou-me com um muro alto, com muitas e grandes pedras.
Eu assim já não consigo mesmo sair, agravou os meus guilhões.
Ainda quando clamo e grito ele exclui a minha de sempre oração.
Fechou meus caminhos com pedras bem lavradras em montões.
Fez tortuosas as minhas veredas, como o leão em esconderijos,
como o urso de emboscada, ele desviou todos os meus caminhos.
Ele Deus, me fez em pedaços, para de todo fazer, uma nova construção!
Sabedoria
Todos estão loucos, todos os humanos, de loucura total.
Uma doidice longe da razão, em suas ideias dogmáticas.
Os mais loucos são os intelectuais, com suas temáticas,
os pensadores, não pensam nada de certo, nem de real.
Onde vai o homem chegar, neste seu caminho, sem destino?
Eu próprio louco sou, neste meu tanto e tanto já reflectir.
Mas eu nesta minha tanta loucura, em que por vezes desatino,
enlouqueci, neste meu ato de tanto, tentar ao mal resistir.
Eu uma coisa sei, acima do homem, há uma Sabedoria,
a que o homem, não chegou, nem no seu poder, pode chegar.
É a Sabedoria de Deus, em Jesus Cristo, que morreria, e ressuscitaria.
É esta Sabedoria que salva ou condena o homem no final.
Ai de quem considerar profano, tal ato do de Deus amar?
Mas feliz de quem, pela fé, Sabedoria esta o faz vencer o mal!