H. L. Mencken
Acredito que todo governo é mau e que tentar melhorá-lo é completa perda de tempo.
O homem mais perigoso para qualquer governo é o homem capaz de pensar por si mesmo.
A única emoção permanente do homem comum (...) é o medo – o medo do desconhecido, do complexo, do inexplicável. O que ele quer acima de tudo é segurança.
Todo o objetivo da política prática é manter a população alarmada (e, portanto, clamorosa de ser levada à segurança), ameaçando-a com uma série interminável de monstros, todos imaginários.
Os homens que o povo… admira mais extravagantemente são os mentirosos mais ousados; os homens que o povo detesta mais violentamente são aqueles que tentam dizer a verdade.
O homem mais perigoso para qualquer governo é o homem que é capaz de pensar (…) sem levar em conta as superstições e tabus prevalecentes. Quase inevitavelmente, ele chega à conclusão de que o governo sob o qual ele vive é desonesto, insano e intolerável.
Ele [o Estado] assumiu uma vasta massa de novos deveres e responsabilidades, expandiu seus poderes até penetrar, secretamente, em todos os atos dos cidadãos. Ele começou por lançar em toda parte, operações com a alta dignidade e impecabilidade de uma religião de Estado. Seus agentes se tornaram uma casta separada e superior, com autoridade de prender e soltar, aprovar ou desaprovar todo produto. Mesmo assim, como foi desde o início, ele continua sendo o inimigo comum de todos os seres humanos bem-dispostos, produtivos e decentes.
Se a experiência pode ensinar-nos seja o que for, ensina-nos isto: um político criterioso, numa democracia, é tão inconcebível quanto um assaltante honesto.