Gustavo Mendes Fiúza
Uma lua branca
De sorriso doce, jeito moleque
De alma pura e coração alegre
De voz suave e jeitinho esperto
Ela se forjou assim.
O brilho lhe apossou o sorriso
A natureza doce se tomou conta
O pulso forte, mais forte se tornou
E ela seguiu-se assim!
Dos puros risos, cortados
Aos longos apelos “chorados”
De extensas vozes aos,
Textos transcritos via-net,
Ela é assim!
Como a lua possui fases
E como fases possuem distinção
Ela em cada uma se faz “uma”
Mas em todas as “umas” só se encontra “ela”.
O orgulho nos divide, em contra-partida, a humildade nos uni. Mas, poucos são aqueles que têm a sensibilidade para perceber o vão que se cria, quando esses não estão em sintonia.
Sentido voltado ao acaso
Frias veredas de solidão
Busca-se certo entendimento aplicado
Ainda que em vão!
Aplica-se expectativa em demasia
Contraria o desejo.
A paciência se espira
Como leve brisa de um beijo.
Pulsa o soneto firme de outrora
Sutis, sublimes batidas apavoram!
Vibra em intensidade sussurrante,
As marcas de um amor errante.
Terrível mundo que engole tudo
Sobre ti valores se perdem, e
Desconfiança nasce e cresce.
Onde está a tua credibilidade,
Onde repousa sua crença em tempos bons?
Como a força de um tufão,
Que devasta e destrói,
Passa carregando e esmiuçando demasiadamente,
Há em ti uma compulsividade sem limites.
Teu ego te alimenta e a nudez te faz notório.
E hoje não há nada a ser mais deixado,
Esse tem sido nosso legado!
Aplainar a estrada não é uma tarefa fácil, mesmo quando o episódio se demonstra em época de "sútil paz". Tônica muito intensa, desencontros e desencadeio de movimentos atípicos. O lado humano do ser humano em concorrente disputa árdua com sua velha máxima do: "com o tempo tudo se encaixa", mas e se ....
Sobre o tempo¿
Continua confuso
Uma aridez estática
Tênue aroma da doce amargura
Pulsante a face do abalo
Vil labirinto sitiado no altar
Largado no centro da esperança
Deixado só, simplesmente
Só!
Ignomínia manifesta e executada, verme, opróbrio dos homens. Sorrateiro, vil consciência que abduz o sentido ao estreito vale da dispersão. Escrupulosa mente que mente, puramente para satisfação!
O homem é um abismo em si mesmo. E a cada vacilo, os sonoros ecos desbravam as lacunas produzidas pelas ações tempestuosas e avulsas da "sagas sapiência humana".
A força do seu braço o conduz a caminhos espinhosos!
Tudo é efêmero? .......................
Planos, para que?
Sabes tu acerca do amanhã?
Porventura lês o futuro?
O passado, passou ....
O presenta, está ....
E o futuro, o amanhã ou amanhãs, meses ...
Em verdade, de concreto há o ontem e hoje
O amanhã nada mais é que uma projeção,
Filtro de possibilidades e anseios, e só!
Tudo é efêmero²?
E quando somos "imortais",
E quando somos "intransponíveis",
Ou até mesmo quando somos "imbatíveis"
E quando a verdade não é mais verdade?!
Ou quando as grades das prisões se revertem em labirintos, E os "teus instintos mais sacanas", resolvem prevalecer!
É nesse momento que o mundo desaba e notamos que nada somos nesse mundo a não ser figurantes num grande "teatro", como já disse um certo pensador ... é quando a soberba cai por terra e a pessoa percebe que a posteridade - sua - foi minunciosamente sorrateira!
Aaaah, meus planos - como me perco em meus planos - e 'a casa de um povo' que por terra se deita a uma certeza não contemplada, frustrada.
Eu, Tecnologia:
Alheio ao mundo, alheio ao tudo,
Porém conectado, coitado!
O que se via não se vê,
Estou ao seu lado,
Mal vejo você, por quê¿
Uma tendência passageira,
Sorrateira, pegou beira: agora fica!
Uma coisa complicada, apregoada,
Que os polegares explica.
Um soneto que equaliza o sentimento
Transforma um suspiro num intenso momento,
A mente se desprende
E sutilmente a vejo – aonde vais¿
Curioso de si, vibrante de si
Uma falange que arde
Ultraje confronto da concepção errante
Errar por ser constante.
Intensidade aplicada
Nunca adulterada em teu seio
Faculdade intuitiva, não descabida
O peito ainda arde.
Incomodo gerado, traçado
Quando se aplica o seu teor
Transforma-se, modifica-se o pulsar em:
Amor, forte amor.
Ah coração, o que reflete¿
Marcas do passado que atormenta,
Ou aquece¿ Se esquentas não me incomodas
Mas é frio que bate a porta,
Sentimento que devora, mas se ele reflete
O tempo vira, seu tempo expira num piscar de olhos
Covardemente ele foge.
Atravessa mares e oceanos
Mas nunca me deixou, refletiu por anos seu forte furor.
Espelho da alma anuncia o marco próprio
Como um de timbre forte
Que o nó afugenta a garganta
Teu reflexo é errante,
E vaga no espelho da mente.
E se eu pudesse voar:
Veria paisagens ao longe que não tenho perto
Sentiria sensações novas, impulsivas, pólvoras
Me apresentaria ao estranho ao fascínio de um momento
Ainda que esse momento fosse (UM) de único.
Fecharia meus olhos e partiria em voou
A cada detalhe, o detalharia em minúcia
Buscaria no soar das ondas a brisa certa
Sutil, leve e fresca. Como seria lindo ...
Seria livre no espaço, não preso a passos
Mas como pássaro livre ao bater das asas sem destino.
O destino sendo o momento, e o momento sendo intenso.
Intenso enquanto dure e que em seu lapso seja perene.
Brincaria de nomear desenhos em nuvens.
E me perderia em volto às cores, fortes cores, vivas cores ...
E se eu pudesse voar?
Uma noite na fazenda:
Um tipo sortudo recostado no colo
Assim deitado sobre um banco – amadeirado-
Aaaah, quanto afago se apresenta, depois de uma grande tormenta.
Enquanto contempla a formosa chuva que ali se apresenta.
Preparação divina que altera o clima que a natureza fornece e,
Dispersava a tristeza que outrora tomara o coração dessa gente.
Um de único foi aquele momento, cercado de:
Carinho, afeto e alento.
E se você me dissesse coisas agradáveis
Ainda assim relutaria, contesto!
Não, não para mim! Sou velha,
Não não, estou velha. Na verdade, nem sei!
O tempo que me afugentou a juventude
Nem mais sei como sou. E nem como estou!
Sou menina como mulher, não pera:
Uma mulher em corpo de menina, contesto de novo!
Ah, estou confusa!
Não como medusa que em pedra os faço,
Mas se paras, e me encaras, logo disfarço.
É, meu tempo se foi, vagando-se
E já não mais sei quem sou!
Há dias que me levanto, e a mim mesmo me causo espanto.
Nossa: estou linda!
E que essas estações durem mais, e que sejam constantes.
Mas e se ... afinal ele me disse
Já nem sei mais, só quero ser: Feliz!
E quando se acomete afronta ao erro
As magoas pulsantes de um pesadelo
Confrontam a mente abatida
Que outrora só a vitória o via
Dos dias em cores de cinza
Fugia a expectativa divina
A solidez que ali o deixava
Ao canto de uma mente desolada
Fugaz era a alegria contida
Que como um sopro se despedia
A ideia maior era o resgate
Para que só não o deixaste
O amanhecer era o estandarte
Que abrigava o sonho escondido
De olhos más que o vigiara
A força de um suspiro vencido.
O coração afugenta as marcas do tempo
Alegres e tristes de todos os momentos
Melhor seria se fora descartável
Menor dano causaria à consciência culpável.
Como um fantasma presente
Assim ela o seguirá
Causando devaneios eloquentes
A aurora que logo raiará.
Sorrir é o remédio que melhor se fazia
De uma triste solidão que ali se incidia
A uma mente sã que pertinho dele estava
A um justo coração que a tudo o libertara
"Por que querem mexer no -Éden-, aplicar a sua peçonha, por que querem deflagar a pureza em sua estância ápage. Ousam em difundir torpezas às inocentes vozes. Espalham suas 'bestialidades' àqueles que exalam perfume da doçura. Fazer disso uma bandeira, meticulosa 'aste'. Venenosa e fraudulenta em suas vértices. Deixem-os, deixem-os. Não tragam sobre eles o torrente cálice da maldade. Pobre de deles, pobres de nós, pobre desse mundo."
Veda-te a lápide do teu coração, pois vil é o orgulho que te tomas. Cerras a porta que outrora se encontrou: um riso!
Sou rosa sensível pétala de rosa
Essência sem igual, sublime
Natural que aroma sobe
Marca e deixa rastros
Sou uma carta escrita
Mal compreendida, e interpretada
Sou complexa e intensa
Um paradoxo da mente desejada!
Leia-me se for capaz:
Ardente e voraz
Nuance impetuosa
Suave e clamorosa
Envolto de mim mesma
Ao tempo que compreendia
Anseios de cada dia
Tornados ansiosos
Jardim incandescente
Assim me forjei
Ao fogo que mergulhei
Outrora a minha alma desnuda.
Riso não fugaz e
Personalidade atraída que
Outrora o via, sereno...
Momento de constante impeto
Metamorfe de si, adéqua e
Brota a luz e alento.
Sou de mim, uma, e
Várias de uma em mim
Sou aquela que luta, e
A cada batalha se forja
Sou "essa e sou aquela"...porém
De todas elas, só tem uma em mim...
Somos de furtivos momentos, tanto intensos quanto duradouros, a perspectiva é dada ao que se observa. Podemos ser efêmeros, inconstantes, disléxicos ou perenes. Mas nessa flâmula temporal a intensidade em cada instante dirá muito sobre você, ideais e posicionamentos. A digitalização de ideias tem sido um fardo opositor à nossa personalidade, tem se notado um sistemático desvio comportamental.