Gustavo Lacombe
Dado de coração e de verdade, nenhum presente é maior que o Tempo dedicado a alguém.
Gosto dos trejeitos dela. Gosto daqueles detalhes escondidos entre um sorriso e outro que nem mesmo ela repara. Engraçado, mas até nisso aquele ditado que diz “quem tá de fora pode enxergar melhor” dá certo. Quando conta alguma coisa, geralmente embala um “nãnãnã” tentando encurtar ou acelerar a história. É engraçado e pode ser que lendo você não me entenda, mas é marca registrada dela. Outra coisa? A risadinha curta e gostosa, deixando à mostra um pouco dos dentes na boca que gosto de beijar. Digo mais, faço e falo algumas palhaçadas ou bobeiras só pra ver e ouvir aquilo. O riso dela é um dos sons mais gostosos da natureza. Pra completar, o jeito que ela me chama de bobo. Bobo e louco por ela, sim, sem cansar de mirar aquele olhar apaixonado.
Dela. E que, justamente, só ela não vê.
Numa época em que os elos estão tão fracos e as amizades verdadeiras parecem coisa do passado, ter um amigo pra chamar de "seu" parece um achado. Ou um milagre, diria um mais desesperado. Tenho mais de um, graças a Deus. Considero-os além de amigos. Coloco de um melhor modo. Aos anjos que encontrei pelo caminho, dei um nome bonito: amigos. Na alegria, na tristeza e nos mais variados momentos. Meus eles são. Deles eu sou. É amizade. É amor.
Não troco um hoje por dois amanhãs.
Por mais que seja arriscado, burro ou perigoso. Por mais que seja uma estrada de mão única, esburacada e sem saída. Por mais que esteja escuro, frio e a solidão te abrace bem antes da pessoa em questão. Não se prive de viver e e entregar. Por mais que não cure uma ferida passada, não te dê perspectiva de futuro e só encha teu presente de um tipo estranho de preocupação. Por mais que o coração se divida, o pensamento se triplique e o corpo se feche para uma única pessoa. Não mate o que pode ser bom. Por mais que venha de não sei de onde, sabe-se lá porquê e sem motivo nenhum pra ficar. Por mais que esteja fora de moda, seus amigos digam que não vale à pena e os conselhos não sejam dos mais animadores. Você só vai saber se tentar e meter a cara. Por mais que seja por alguém desconhecido, quem ressurgiu do passado ou pela mesma pessoa todos os dias.
Se apaixone.
Felicidade é tirar um dez, ou conseguir média pra passar. É entrar nas roupas que não cabiam, ou só naquele vestido para ir a uma festa esperada. Pode ser o quarto gol da goleada do seu time, ou o único que bastou para a vitória. Entenda, felicidade pode ser o copo transbordando, mas, muitas das vezes, é apenas ter algo pra beber. É tudo uma questão de perspectiva - e necessidade. Lógico, quero ser muito feliz e que não vou me contentar com pouco. Mas são as pequenas conquistas que fazem a diferença. Alguns imperceptíveis milagres diários que acontecem e nos entregam sorrisos. Quero ter a felicidade com tudo que tem direito, mas se ela quiser ir se chegando aos poucos (sem tanto estardalhaço), eu também aceito.
O silêncio de um abraço apertado às vezes supera qualquer tentativa de dizer o quanto é grande um sentimento.
Caroline pegou minha mão e disse:
- O problema é comigo.
Claro, o problema é sempre ela. Ela que não sabe o que sente, não entende o que quer e não acha justo alguém gostando tanto dela assim.
- Carol, tudo bem ser você o problema, mas para de fugir de si mesma então. De tanto você insistir em se esconder, você não consegue viver com ninguém. Talvez nem com você mesma.
- Mas é que...
- Corta esse mas. Acha uma saída. Não pra gente, porque não agüento ouvir só desculpas. Acha uma alternativa pra você poder se entregar a alguma coisa e deixar de ser problema. Seja a solução de vez em quando.
E fui embora triste por não ter conseguido desembolar o coração dela. Um coração em que eu tanto quis morar.
Junto em mim os mais variados sentimentos e sacudo. Vez ou outra algo ruim aparece, mas até nessas horas a gente cresce. Vê se algum mal vai se criar aqui na gente!? Não há espaço suficiente. Qualquer problema o amor, a compreensão e a amizade sufocam. Só fica o que é bom. "Eu te" tanta coisa, sabia... Antes ainda do sentimento, eu te admiro. Sentindo, te adoro. No fim, longe de terminar, te amo. E, no duro trabalho diário de aparar arestas de um relacionamento tão cobrador, dois mundos muito diferentes se misturam reagindo química, física, lógica e surpreendentemente. Eu sinto muito. Muito do melhor, muito do amor, da paixão e do querer. Tudo isso, você. Eu te sinto.
Eu te tudo.
Às vezes, eu fico me perguntando por que é que eu te amo tanto e nunca acho explicação. Sem motivo, sem razão. Só sei que você desperta o que de melhor há em mim e me sinto grato por ter alguém que me faça sentir assim. Não tem preço. Aliás, tem momentos que eu até me pergunto se eu mereço ser tão feliz assim. Será possível? Devia ser proibido, sei lá. Já imaginou? Condenado por sorrir de orelha a orelha, de gostar sem medida ou perdão? Réu confesso, me entrego ao que é capaz de fazer comigo. Me fazer melhor. Transformar em arte final o que antes era só rabisco.
Bom mesmo é quando você consegue se desconectar. Do mundo, de tudo a sua volta e, principalmente, da internet. Não adianta, o melhor da vida acontece offline. É quando não importa se você precisa postar o que comeu, o quanto sorriu ou quem encontrou. É quando se esquece de quantas notificações se tem, quantos pseudo-amigos estão na sua conta ou quantos te seguem. É quando não importa o dia o tanto de tempo que passou ou o tanto que resta. Sem nenhum toque ou vibração pra interromper.
Nunca vi uma estrela cadente, mas já cansei de fazer pedidos olhando pra imensidão do céu à noite.
E olha você aqui agora na minha frente.
Por mais que seja arriscado, burro ou perigoso. Por mais que seja uma estrada de mão única, esburacada e sem saída. Por mais que esteja escuro, frio e a solidão te abrace bem antes da pessoa em questão. Não se prive de viver e e entregar. Por mais que não cure uma ferida passada, não te dê perspectiva de futuro e só encha teu presente de um tipo estranho de preocupação. Por mais que o coração se divida, o pensamento se triplique e o corpo se feche para uma única pessoa. Não mate o que pode ser bom. Por mais que venha de não sei de onde, sabe-se lá porquê e sem motivo nenhum pra ficar. Por mais que esteja fora de moda, seus amigos digam que não vale à pena e os conselhos não sejam dos mais animadores. Você só vai saber se tentar e meter a cara. Por mais que seja por alguém desconhecido, quem ressurgiu do passado ou pela mesma pessoa todos os dias.
Se apaixone.
Olhe pro lado. Reveja seus erros – por mais que eles pareçam acertos. Revise os comentários maldosos – por mais que eles tenham soado bons. Não tenha medo de pedir desculpa nem de mudar de opinião sobre o que foi feito. Não se apegue ao receio de procurar e mostrar que o arrependimento bate à porta de vez em quando. Orgulho demais acaba te deixando com oportunidades e vida de menos.
A primeira pessoa em que eu penso assim que acordo é você. É a última antes de dormir também. A primeira pessoa pra quem eu quero contar algo bom que acontece comigo é você. E a opinião mais importante é a sua também. Quando alguém pede pra pensar num nome, logo me vem o seu na cabeça. Quando fala de amor também. Se um sorriso à tôa me surge na boca, muito provavelmente a culpa é sua. Me pego lembrando os nossos momentos juntos. Alegrias compartilhadas e algumas dores também, mas nada que não me faça tirar a certeza de que escolhi ser feliz com você. O meu dia é um antes de te dar "bom dia", outro depois disso e se torna mais um depois depois do "boa noite". Meu mundo não. Esse é um só e é seu.
Aliás, tudo em mim. Meu coração também.
Felicidade não é problema. Ser feliz e demonstrar também não. De verdade, problema é não ser, não ter e não saber ser. Se a minha alegria incomoda os outros, eles que se lasquem. Não sorrio na cara de ninguém nem compito pra mostrar que sou mais isso ou aquilo. Sou feliz pra mim por quem me quer bem. E estou muito bem sendo assim.
TEXTO::
Por Todas as Vezes - Gustavo Lacombe
Quando você dizia tchau e ia desligar o telefone, dava vontade de dizer te amo e ver se as palavras ainda conseguiam chegar antes que apertasse o fim da ligação. Quando você ficava me olhando muito tempo, dava vontade de dizer te amo e ver se os olhos brilhariam tanto quanto os meus naquela hora. Quando você saía do meu carro e ia embora, dava vontade de dizer te amo e ver se você ouvia antes de bater a porta.
Quando você ria comigo, dava vontade de dizer te amo no meio da graça pra ver se dava tempo de acabar a piada e entrar logo no romance, meu e seu. Quando você implicava comigo, dava vontade de dizer que te amava mesmo daquele jeito irritante, só pra ver se você implicava mais e provava que quem muito implica também ama. Quando você me via e logo abria um sorriso, dava vontade de dizer eu te amo só pra tentar escancarar mais ainda os seus dentes.
Quando você se agarrava em mim no escuro dos nossos quartos, dava vontade de dizer te amo pra ver você ainda mais feliz ali comigo. Quando você acordava comigo, não tinha vontade nem de dizer bom dia, mas um eu te amo de café da manhã com gosto de suco de laranja e bolo. Quando você me respondia uma mensagem, falando seja lá o que for, dava vontade de responder eu te amo pura e simplesmente assim, por ser aquela a maior verdade da minha vida.
Por todas as vezes que eu tive vontade de dizer eu te amo e não disse, eu digo agora:
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Rabiscado num caderno algumas palavras que, mesmo amareladas pelo tempo, ainda traduzem um mais que atual sentimento. Meu riso ainda tem (muita) sorte de ter você como razão, explicação e motivo.
Não será todo dia que eu vou te fazer feliz, e não prometo que nunca te farei chorar. Só espero que ria comigo quando eu estiver alegre, e encontre em mim um ombro quando estiver triste. Serei teu príncipe, teu companheiro, teu amante, teu amigo. Errando em alguns momentos, sim, mas sempre com a clara intenção de acertar.
Você disse que tinha me perdoado. Você disse que tinha esquecido, passado uma borracha. Disse que me aceitava de volta, que tentaria numa boa. Que a confiança, ainda que abalada, poderia ser recuperada. Mesmo com uma certa indiferença, podia pensar em nós dois de novo. Poder podia. Só que de cinco em cinco minutos você joga na minha cara que eu te sacaneei. Você olha pra mim com aquela cara de quem tem um asco, nojo, algo que te afasta. Fico eu tentando te mostrar o quanto estou arrependido e o quanto aprendi que palavras não fazem o menor sentido e diferença. É preciso agir, fazer, demonstrar que se está diferente. Não dá. Nada dá. Me deu o perdão, mas esqueceu de avisar isso pro seu próprio coração. Diz que ainda ama, que ainda quer. Faz elogios e lembra mais uma monte de coisas boas. Só que, aí, joga aquele "mas" no fim de tudo que foi dito e coloca reticências. Não precisa falar nada. Não se force a tal ponto. Tá tudo bem. Quer dizer, não está. Cheguei a acreditar que teria outra chance, mas perdi a única que tive. É assim. Nem sempre os perdões vem acompanhados de novas possibilidades para um amor que erra. Principalmente para um amor que erra. É simples. Nem sempre quando alguma coisa quebra a gente faz questão de consertar. Ou pode até tentar, mas algo não encaixa mais. Você tinha dito, tinha sorrido e tinha me abraçado. Eu achei que estava perdoado. E estava mesmo. Estou perdoado, eu sei. Seu amor é que já tinha me escapado pelas mãos.
Você é o motivo de hoje eu enxergar amor em qualquer coisa. Você me critica e me dá força pra lutar. Você faz por mim o que nenhuma outra fez. Sabe o quão distante você chegou? No fundo do meu coração. Eu não sei pra quem você disse o primeiro ‘eu te amo’, mas tenho certeza de que quero ser o último a ouvir isso de você.
As histórias que dão certo são aquelas em que os dois se fazem bem, com eventuais e inevitáveis cortes, mas fortes o suficiente para se reerguerem e se apoiarem sempre sem perder o foco na vitória e a fé no outro, no amor e na vida.
Você é o amor da minha vida. Não tem outra forma de dizer isso. Fosse um clichê, uma analogia, um trocadilho, uma metáfora, uma moral da história, ou qualquer outro recurso gramático ou literário. É você, sempre foi e será. Te conhecer foi um acaso, nosso amor foi sorte e nós dois juntos é destino. Ou qualquer ordem que faça sentido. O que importa é a verdade embutida no sorriso: você é o amor da minha vida.
TEXTO::
NOVO ANTIGO AMOR
Chegou ainda tirando a poeira do ombro. Poderia fazer outros trocadilhos como cheirando a naftalina, direto do túnel do tempo ou outros mais infames ainda. Mas o que realmente importa nessa história toda é que ele voltou. Me procurou, pediu licença e se instalou no mesmo lugar que antes havido sido dele. E não é que tenha sido preciso eu deixá-lo voltar. Todo esse processo é feito junto.
Ele tocou a campainha. Eu abri a porta.
Claro que é preciso enterrar muita coisa. Não sou de tapar os olhos pro que vi, mas sei que é desnecessário perguntar por onde é que ele andou, o que fez ou que viveu. Nesse meio tempo, o relógio correu tanto pra ele quanto pra mim. Vou dizer que fiquei de braços cruzados esperando? Estou querendo enganar a quem? A gente rabiscou amor por cima disso tudo e seguiu a vida.
Como era de se esperar, nem tudo está no lugar. Mas vai ficar! Sim! Por exemplo, confiança – algo que eu julgava não existir mais – se renovou, mas sei o quanto cada um precisa provar pro outro. O que ficou mal resolvido, e eu sei que todo término tem, vai virar força. Nunca deixei que se tornasse mágoa e não vai será agora, apostando que pode dar certo, que vou me levar por um pensamento traiçoeiro assim.
Olhos nos olhos, é assim que ele me trata. É assim que eu sempre quis ser tratada. Ele amadureceu. Talvez seja cedo pra dizer que mudou, mas se não tivesse percebido nada diferente não teria dado uma outra chance. Pode ser que eu esteja numa posição muito cômoda, mas sei o quanto também terei de me doar pra fazer acontecer. Acho que o primeiro passo foi dado.
Eu acredito no amor. No nosso.
Que sejamos felizes. Que tudo que precisa ser provado de ambos os lados seja pelo sentimento que renasceu. Que me traga sorrisos, que lhe dê coisas boas pra se lembrar e querer viver mais um dia comigo. Que nos faça, acima de tudo, bem.
Que a gente caiba no melhor pra sempre que houver.
Nunca vi uma estrela cadente, mas já cansei de fazer pedidos olhando pra imensidão do céu à noite.
E olha você aqui agora na minha frente.
... Meu problema é você. É ainda não ter entendido que você quis ir por livre e espontânea vontade. É ainda querer te achar nos lugares que eu sei que você não vai estar. Me disse com todas as letras “acabou”. Não sei se eu esqueci o significado da palavra ou se você disse algo parecido e eu entendi isso. Confuso? Você não sabe a confusão que tá minha vida.
Só que não posso ser o pior pra mim mesmo. Preciso aprender a aceitar. E, definitivamente, aceitar dói menos do que todo dia transformar sua tão desejada despedida em problema.
Quer saber?, meu problema sou eu."
Você não sabe quanto tempo eu esperei esse sorriso.
Quanto tempo eu fiquei olhando pros outros casais imaginando quando chegaria a minha hora. Noite, manhã, tarde. Fiquei pensando no que faria, no que falaria. No final das contas, sobrava solidão. Me frustrei, sabia? Porque colocava muita pressão em pessoas que não podiam me dar o que eu queria. E eu queria construir. Não sei se um castelo, um palácio ou só uma palafita. Um barraco, talvez, mas queria. Nem que minha casa fosse os braços do outro e a gente se beijasse na chuva, considerando ser uma goteira. Tudo bem.
Só queria onde descansar. E estou falando de colo, não de colchão.
Eu me pergunto se aquela era nossa hora exata. Se era o momento certo dos olhos se cruzarem. Se era onde deveríamos ter nos encontrado. Se, por um acaso, não teria sido melhor ter esperado outros tempos, anos, vidas. Quis que fosse assim. Queria a vida que nos deparássemos um com o outro nessa situação. Era ali, era o agora pra gente, e foi onde tudo deveria, sim, ter começado.
As experiências que a gente trazia na bagagem eram o de menos, mas pesavam ao mesmo tempo. Quando se pensa em construir algo pra frente – um future – tendemos a achar que o passado não importa. Claro que importa, tem que importar! Foi essa minha história que me trouxe aqui. Foi nessa esteira de emoções e sensações que vivi meus primeiros tudo. E cada relacionamento novo é a chance de viver o primeiro que durará até o fim dos dias.
Dizem que o que mede do momento não é a sua duração, mas sua intensidade. Quero, portanto, deixar marcado aqui, mesmo parecendo pouco tempo (perto de tudo que queremos gastar juntos), que cada segundo valeu. Cada dia que pude dividir alguma alegria contigo valeu. Cada oportunidade de ver seu sorriso, sentir o teu gosto ou simplesmente te olhar. Cada coisa valeu.
Que bom poder te mostrar que o amor é entrega, é reciprocidade, é se sentir bem, é tratar bem quem a gente gosta, é união, é um compromisso leve que a gente leva da melhor forma pra nós. Sempre pensando nos dois como unidade. Somos um. Já não há jeito de falar de mim sem me pegar lembrando do bem que fez ao meu mundo. Sem contar a transformação que causou.
Hoje, os que torcem por nós sabem e querem que possa ser permanente esse bem que a gente se faz. Ontem, eu nem imaginava que poderia ser tão feliz assim. Amanhã, tudo que eu realizar quero dividir com você ou construir com você. Era ali, naquele momento, naquela troca de olhares, com aquelas histórias pela metade e um interesse surgindo. Éramos dois. Somos um.
TEXTO::
Eu sinto sua falta nos detalhes.
Na ligação que chega de repente, na mensagem em que me chama de seu, do sorriso bobo depois de uma piada, de quando você esconde a cara só pra não admitir alguma coisa, e de como me olha chateada por desvendar alguma outra em você.
Eu percebo que alguma coisa não bate quando saio de casa e não tenho seu bom dia ou boa tarde. Como se tivesse sumido minha guia. Não quero nem lembrar do quanto pesa não ter o seu boa noite depois de um tempo te contando como foi o meu dia.
Sua força, seu gênio, eu jeito.
Personalidade forte, sempre soube que você tinha e nunca tomei isso por defeito. Tudo bem se você não consegue escolher onde a gente vai comer, que filme vai assistir, nem a qual festa podemos ir. Você deixa a meu critério (sempre), mas gosto de ver como você censura algumas coisas de cara. Tem coisas que realmente não fazem seu estilo.
Como eu sinto a sua falta. Parece que cada pedacinho seu ficou gravado em mim e, por algum motivo - amor?, não quer sair. Aí, olho nosso retrato, vejo seu sorriso escancarado e não tem porquê ter medo do amanhã. Mais certo que a ida é a sua volta.
E quando você bater os olhos em mim de novo, tenho certeza que seu coração vai te dar a resposta: é ele.
Pense bem. Pense bem mesmo. Porque ninguém espera pra sempre e, apesar de tudo que ainda sente, ela vai seguir. Ela vai continuar com a vida dela e um dia você vai ficar se perguntando “por que não deu certo, meu Deus?”. E você vai saber a resposta.
Porque você não quis.
Dizem que o que mede do momento não é a sua duração, mas sua intensidade. Quero, portanto, deixar marcado aqui, mesmo parecendo pouco tempo (perto de tudo que queremos gastar juntos), que cada segundo valeu. Cada dia que pude dividir alguma alegria contigo valeu. Cada oportunidade de ver seu sorriso, sentir o teu gosto ou simplesmente te olhar. Cada coisa valeu.
Que bom poder te mostrar que o amor é entrega, é reciprocidade, é se sentir bem, é tratar bem quem a gente gosta, é união, é um compromisso leve que a gente leva da melhor forma pra nós. Sempre pensando nos dois como unidade. Somos um. Já não há jeito de falar de mim sem me pegar lembrando do bem que fez ao meu mundo. Sem contar a transformação que causou.
Hoje, os que torcem por nós sabem e querem que possa ser permanente esse bem que a gente se faz. Ontem, eu nem imaginava que poderia ser tão feliz assim. Amanhã, tudo que eu realizar quero dividir com você ou construir com você. Era ali, naquele momento, naquela troca de olhares, com aquelas histórias pela metade e um interesse surgindo. Éramos dois. Somos um.
Esqueça as outras meninas que nunca fizeram sentido e não importaram. Esqueça as noites mal dormidas com pessoasvazias e de papel que se desmanchavam ao chegar do dia. Eu estou falando da que realmente importa, da que faz diferença. Daquela que, quando tudo parece que vai desabar, é para os braços dela que você corre. É quem você pergunta como foi o dia, pra quem você quer contar como foi o seu.
É ela. E você sabe.
As coisas não caem do céu. Só a chuva. (MINHA, Vó)
A lei de Murphy diz que "quando uma coisa tiver uma tendência a dar errado, ela dará", mas prefiro acreditar que mesmo 1% de chance de dar certo é o suficiente. Impossível não existe e acaso, às vezes, é só uma oportunidade perfeita encontrando com um trabalho já feito. Sobre o que cai do céu ser só chuva, acho que às vezes ela traz consigo boas notícias.
Verdade seja dita, sempre temos um lance em nossas vidas que nos faz questionar o que é Destino, o que é Acaso e o que é a Sorte. Algumas pessoas se agarram a Deus e dizem que foi Ele quem quis. Não duvido, mas nem todos são cristão e vão acreditar nisso. Pode ser que exista uma crença numa força do Universo que interage com nossos esforços e nos proporciona momentos assim.
Se tivesse que traçar um pensamento, sem dúvida seria daqueles que diz que nenhum talento poderá ser reconhecido se não for desenvolvido e - de alguma forma - mostrado para as pessoas. Reconhecimento só vem quando outros conhecem o seu trabalho. Não se foge da sociedade nem se consegue viver sem ninguém.
Assim, um diamante na caixa não encanta ninguém. Uma voz presa na garganta não maravilha nenhuma plateia. E por aí se vão os exemplos que você quiser pensar. Trabalhe e acredite. Pode ser que, no momento em que esteja em maior desesperança, alguma coisa lhe dê um presente.
Cai do colo.
Será? Algumas coisas eu apenas aceito, não fico remoendo para achar uma explicação. Se alguém em algum lugar dessa imensidão que vivemos e com tantas forças que ainda não conhecemos me julgou suficientemente bom para aquilo, eu aceito. E agradeço. Obrigado por tudo, repito pra mim mesmo. Às vezes nem sei pra quem, mas agradeço.
A gente já reclama demais dessa vida. Não custa agradecer também.
#GustavoLacombe
Hoje eu acordei e fiquei imaginando que tudo poderia ter dado errado. Lembrei os comentários, as brincadeiras sem graça. Revi os meus passos e, quando já não tinha mais para onde caminhar, dei de cara com você. Foi assim, refazendo a minha história, que percebi que não teria como contar a minha trajetória sem entrelaçar com a sua.
Você atende o telefone e meu coração dispara. Não por nervosismo da falta do que falar, mas porque eu sempre fico assim mesmo antes de começar dizendo “oi, amor”. É bobo, eu sei. Ainda assim, é o jeito estranho que me deixa o ouvido sensível à sua voz. Estremeço e reajo no milissegundo seguinte, quando meu corpo recebe um impulso nervoso traduzido na assimilação do fato:
Eu amo .
Se deixasse a saudade me levar, então, acabaria passando pelo fio do telefone e sairia ao teu lado. Não sei se apenas palavras tem o poder de mostrar alguma coisa, mas se o simples gesto da ligação contar já está valendo. Essa coisa toda de distância – e não importa o tempo que ficam afastados dois corações que se amam, é uma complicação que chamada alguma consegue dar fim. Ameniza, ao menos.
Com a incrível capacidade que tem a sua ausência, me tornando atento a qualquer detalhe, peço uma risada sua e já relembro toneladas de outras vezes que rimos juntos ou que ouvi esse meu som preferido por algum motivo. O seu riso é minha alegria. E vou descobrindo outra absurda capacidade de ficar mais bobo a cada palavra que ecoa através do aparelho enquanto você me conta as novidades.
Ou, então, já se tornou loucura.
Cura? Não tem jeito. Porque mesmo a tua presença não mata a saudade toda. Essa mesma que logo invade meu peito assim que você parte. E reparte o momento entre a felicidade por te ter assim perto e o início da contagem de quando retornará. Nesse meio tempo eu vivo. Ou acho que vivo. Porque fui descobrir que sou completo contigo. Uma coisa meio maluca mesmo.
Que se chama Amor.
Eu só queria te dizer, meu bem, que você é uma das coisas mais importantes que já aconteceram na minha vida. E que se não fossem todos esses sorrisos, certamente eu não teria a exata noção do que é felicidade. Pensaria ser feliz, mas não o seria plenamente. Só queria dizer — e não repare, você sabe que sou meio prolixo às vezes — que eu só descobri o verdadeiro gosto de amar e ser amado depois que passei a amar e ser amado por você.
Na verdade, eu tenho inúmeras coisas para te dizer. E fico tentando resumir em poucas palavras, mas você sempre me lembra que falar em alguns momentos é desnecessário. Agir é mil vezes melhor, mas ainda assim seria uma tentativa de tradução de todo bem que me causa. Fico numa sinuca. Te mando um beijo numa mensagem, te mandaria outro num outdoor da avenida ou colocaria alguns dizeres naquelas faixas que os aviões levam fazendo propaganda pela praia:
Amor igual não há.
No fundo, eu só queria dizer que te amo. Ok, sempre torci o nariz para frases que começavam com “no fundo”, mas, se for pra deixar sucinto, deixa assim. É que você sabe melhor que ninguém o tanto de coisas acontecidas entre nós e, se enumerássemos aqui, ficaria difícil chegar no “por fim”. Passaria tempo demais explicando o bem que fez ao meu Mundo. E meu rosto estamparia num sorriso a confirmação.
Então, acho que só queria te dizer que é muito fácil falar da gente e muito difícil ao mesmo tempo. Fácil porque só de pensar em tudo que passou, no que acontece hoje e no que a gente ainda pode viver, nada me tira a certeza de que é você. Pessoa da minha vida. E difícil porque tudo me chega como uma onda de sentimentos e mal consigo me expressar. Volto ao que você disse: falar pra quê?
Deixo que um beijo te diga o quanto ainda te quero. Deixo que um abraço apertado te mostre que te quero bem perto. Deixo que o tempo faça a sua mágica de nos fazer viver e depois nos deixar pensando “como passou rápido”. Deixo que aquela coisa que eu queria te dizer para resumir o que sinto se torne um carinho, aquele seu preferido. Aquele que só quer te dizer, no fundo, que te ama muito.