Gislene Camargos

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⁠Peles em estesia...

A vida é mar... vida amar...
mar bravio... de pavio curto...
de ressaca tabula e encabula
com novas bulas de uso...
O mar é manso... um remanso...
massageia nossos pés e almas

com novas abordagens...
bordadura em literatura ternura...
O mar é música inspiradora e sedutora
a sussurrar e urrar nos nossos ouvidos e almas...

A vida é mar amar a suspirar
e gemer saudades e eternidades...
Você veleja em meus mares...
eu navego no ter mar amar...

nessa peleja, somos desejos ancorados
em nossas peles em estesia...
somos poesia e cantoria...

⁠FEITO “BOBOS ALEGRES”

incêndio poético...
incendiada pela fúria das palavras “engasgadas”...
Em “labaredas” me consomem
as paredes de vento e nuvem
que se fazem ciranda andança ...

A nossa dança é em fogo poetizada...
fogo que se espalha e se espelha
em nossos “sorrisos bobos”...
de fogo atada e espetada em
alada capela musical...

Sem sinal de fumaça... somos sinais
de chamas em labaredas...
Enredadas e “mancomunadas”
estão nossas peles em fogo sagrado e alto...

Alta voltagem... em contagem
Regressiva e progressiva somos nós...
“Nós” em acabamento de “deslumbramentos”...
momentos lentos e envolventes...

⁠O Todo-Poeta e nós...

Nossos olhares se jogam um no olho do outro e... se
diluem em ondas quânticas e semânticas...
são chamas e labaredas...
em paredes e redes de fios de sonhos risonhos...

Somos feito “bobos alegres” em tibungo
no fundo dos olhos um do outro...
As palavras são sorrisos e risos
em encontro trocado...
trocadilho sintonizado e sincronizado...

nado alado... cílios embaraçados e abraçados...
somos braçadas de promessas...
remessas de carinhos
em trocas simétricas e miméticas...
Só Deus o Todo-Poeta desfia o nosso enredo
sob as suas mãos e bençãos
onipresentes e oniscientes...

Somos personagens nas suas margens
benditas e benfazejas..
Lateja amor em nós...
somos criaturas na santa escritura...
nossa literatura nas alturas...

⁠Zeus e eu...

Meu Zeus e eu... eclipse no panteão...
Esse Zeus é deus meu...
nosso altar é sol nascendo nas nuvens...
Altar adornado de corpos, almas e coração...

Nossa oferenda é de rendas...
rendas tecidas e entretidas
por nossos corpos em trança e dança sagrada...
Isso muito nos agrada...

teu eros é elo a bordar e desenhar amar...
beija- flor a beijar a flor amor em voos e pousos...
Repouso por entre peito e cabeça
a esperar nova performance...

Um romance em nuance
por um eros artista divino profano...
Zeus e eu...
Eu e meu Zeus...

⁠DNA EM POESIA

A poesia é meu dna mais profundo...
um mundo particular e secular...
vivo “carregada” pela poesia...

Uma ponte a me (re)ligar a mim mesma...
a esmo me procuro...
sou caleidoscópio em espiral...
uma tal mania de me perder
dentro e fora de mim..

A busca é fulga... me escondo nas palavras...
entre o dito e o não dito...
repito: bendito todos os dias em que a poesia me
possui e intui...
Bendita a tal mania de dizer o “não dito”...
o proibido... poesia com libido pelo não dito...

... inventa ditos escondidos na profundeza
de palavras vazias... mentiras...
“De mentirinha” vou me fazendo
verdade dita e bendita...

⁠Teu gosto em agosto...

O vento é pente...
penteia e despenteia
as folhas... flores...
árvores em reconfiguração...
A ventania exala...
(pre)sinto,
sinto e (re)sinto o teu cheiro e gosto...

num agosto à gosto de saudade e carinho...
Ventania que nina e sacode e descobre...
abre estradas e mares de amares
em meu corpo em (re)composição...
uma canção em meados de um agosto...

⁠Novos belos horizontes...

Sou andarilha dos meus infinitos
cercados de “novos belos horizontes”...
Ando mergulhada em ternuras e literaturas de
“outros mundos”...

Descabida em mim, mergulhada nas
tuas ilhas e maravilhas...
cercada por ti por todos os poros...
são nossas peles
que envolvem o encantamento deste momento...

Momento de geografias delicadas e dedicadas
a memórias favo de mel...
Doçura que cura... doçura pura...
cura pura... pura cura...
você e eu inventando e desenhando
ilhas outras...
Outras melodias
em dias e noites de pura poesia...
Mania de poesia... eu ia e você vinha...
Encontro, nem te conto,
regado a cerveja e pureza

⁠Divino à flor da pele...

Coração à flor do amor...
Alma à flor do coração...
Meu corpo à flor do teu...
o teu floresce no meu...

Nossos corações florescem
e são canteiros floridos...arrebentando,
delicadamente, bloqueios de espinhos...

caminhos de carinhos e mimos de ternura...
somos voz corpo alma coração
veludo seda algodão
a acariciar o divino um do outro...

Fascínio e mistério em rios
de sorrisos e encantamentos...
desnudos na candura de anjos
em arranjos e desarranjos celestiais e carnais...

Celebração na vibração do amor...
amor flor... amor à flor dos nossos sorrisos...
Sorrisão...

⁠Somos “interrogação”...

As minhas interrogações
são passarinhos ainda no voo...
são estrelinhas delicadas
no firmamento do meu coração...

são borboletas ainda “lagarteantes”
em pré estréia de voo...
“lagarteando” e sonhando voos...

Minhas interrogações interrogam as suas...
minha interrogação... tua interrogação...
brincam nas dobras de nossas dúvidas
em estado de encantamentos
momentos delicadeza ternura beleza...

Minha interrogação reza e a sua, ora...
Por ora, somos cirandas e crianças
tentando decifrar o enigma amor...

⁠Beloadormecido...

Quero o teu sono profundo
na fundura abissal dos meus olhos
a velar pelo teu adormecer...

Meus olhos tecem bordados e telas
do teu corpo em repouso e pouso...
Um pausa para pousar minha alma na tua
sentir teu coração em “modo sono”...
teu corpo parece flutuar no ar...
Você “beloadormece”...
na ternura e quentura de nossa literatura...

⁠Exposta...

(Ex)posição de coração...
na beleza e reza de sorrisão em subversão...
Contravenção de invenção na oração...
posta na sua vida...
(ex)posta no voo de tirolesa até seu coração...

Inteira na derradeira (ex)posição...

Despedaçada? Que nada?
(Ex)posta na nossa literatura em urdidura...
sem “duras penas”...

Aprendentes de amar em encontro de sorrisos...
(in)ventando caminhos sorridentes
no ninho de carinho
(re)construindo voos livres de “sorrisos dados”...

Amém!

⁠Abtusida

O teu sorrisão é mansidão e amplidão...
“abtusida” e possuída pelo teu riso aberto...
Sorrisão escancarado e marcado...
teu sorriso imantado e abençoado me toca em mágica...

hipnotizada e maravilhada na nossa ilha
de amor cercados pelos nossos corpos
em abraços e beijos sorridentes...

O encontro abençoado entre
dois sorrisos apaixonados...

⁠Vó Donana

A pele é nosso esboço mapa...
dna... cartografia em afagos...
Vamos fazer círculos mágicos em volta
das sombras que nos “assombram”.. .

Vamos “delicadamente” adocicar
tudo à nossa volta...

Vamos em “saltos” e voos
ser borboletas e carícias na alma do outro...
Vamos ser “sopros de luz”
no coração do irmão...
palavras algodão e palavras sedas a deslizar das nossas
bocas...
Sejamos “sorrisos” a acariciar em mel e céu...
na pontinha dos dedos... enredos iluminados...
Toque de levinho na alma... ama...
Emana... irmana... vó Donana...

⁠Uma orquestra em “concerto”

Dizem que o mundo não tem conserto...
está tudo “petecado”...
Teimosa e amorosa acredito
no “concerto” do mundo...

Creio que, sob e sobre a batuta e literatura do
Grande Maestro, a nossa orquestra
ainda será “concertada”...

E afinaremos as vozes e os instrumentos em fios
invisíveis de amor...

Minha substância é o sonho...
minha forma é a poesia...
minha mania é o amor...
minha teimosia é a utopia...

Acredito que esse aparente caos seja apenas um ensaio
meio desajeitado...

Sob a regência do Amor... do Maestro... do Poeta...
essas estrofes são odes a um Grande Concerto...
e o mundo será “concertado”...
Um concerto com acordes prenhes nos amanheceres
que ainda estão sendo fiados e tecidos no horizonte
sob e sobre a batuta e literatura desse
Narrador Onisciente e Onipresente...

O nosso presente...

⁠COLO SORRIDENTE

O colo é abrigo... carinho...
ninho... o abraço segura
o corpinho que cresceu...
o corpinho que floresce!
o abraço mais laço...

Nesse abraço floresceu
todo amor e bem deste
e de todos os mundos
os vividos, os inventados
e os sonhados...

No espaço inexistente
e infinito deste abraço
mora um ser “encantado”...
que (re)vive no teu e no meu peito
que sorri a cada (re)encontro nosso...

⁠PONTE CHÃO CÉU

Ponte aérea da terra ao céu
voo baixinho...
“quase chão”...
mas ainda nuvem
Roço teu chão...

aos teus pés...
em teus pés...
sobre teus pés...
acostamento seguro
Chão asfalto
hora do beijo...

o céu desce ao chão...
o chão estremece...
e se ergue... “cambalhota”!
somos “marmota”...
nossa rota (des)torce nós...

tecemos tapete que voa
tecemos tapete que cobre o chão...
um só tapete...

⁠PONTE NO HORIZONTE

De nuvens sou...
de água, correnteza
versos com certeza...
seja dor ou amor
sou leveza...
voar é preciso...
navegar no céu dos teus olhos
de chão você é...
terra firme, sua conduta
pragmática labuta...

de ponte sua literatura...
pra terra me puxa...
imã sagrado abraça
minhas asas...
fazemos alados nossos sonhos!

Sonhos de nuvem
sonhos de chão
sonhos feitio terra
sonhos céu em urdidura...
pontes entre terra e céu!

Encontro alinhavado e bordado
em água benta e benção
na terra e no céu...
Agora e sempre!
Amém

⁠PROFECIA POESIA

Um “outro mundo” é onde estamos...
outros mundos estamos inventando
um tempo quântico...
energia e ondas outras
vibram em (re)configuração...

De repente, “a terra parou”, né Rauzito?
profecia poesia tua...
“homem de outros mundos”...
a arte e o poeta...
esferas multidimensionais...

entre assombrados e assustados
vamos “enxergando” o invisível...
sentindo a estesia do momento
voltada para “os sentidos” da vida...
profundeza essência...

Atônit@s e de “corações tocados”...
ouço a música que vem de dentro
Iluminando os caminhos, atalhos...
becos, horizontes na linha
dos nossos olhos famintos...

⁠"PARTIU"!

Vou me embora pra dentro de mim
Vou “(re)conhecer” cada “pedacim”...
Vou me olhar com os olhos do coração
Vou “botá reparo” em mim
Vou cuidar de mim...
cada “tiquim” (des)conhecido...

“Partiu” pra dentro de mim!

O mapa é minha intuição...
O olhar amar escavação...
coração arqueologia
poesia astrologia

“tesouros” à vista!
“monturos” debaixo...
“tesouros e monturos”...
um iceberg só...
solidão bem acompanhada
lágrimas e sorrisos
abençoam a expedição...

sem interdição...
cada vista é mapeada e abençoada...
na toada da nossa canção
santa missão... a minha, a sua...
missão santa!
Coração meu e seu em comunhão...
À nossa comunhão!

⁠APARIÇÃO

vez ou outra, você vem
suporte sonho...
você volta
nas “voltas que o sono dá”...
(Re)surge envolto em luz!

sem noite marcada...
sem telefonar 84041488
sem interfonar casa 9
sem avisar...
(Re)encontro inusitado!

“Em paz”... como combinamos
na despedida dessa vida
livre como sonhamos...
“- mãe, voltei a estudar,
estou aprendendo tantas coisas... “

uma vez você veio...
só para “aquele abraço de alma”...
que nos “(re)ligou” de novo
por todas as eternidades e vidas
passadas, presentes e futuras...
Venha, sempre, filho!
ligação eterna...
nas ondas vibração amor
contemplação etérea
somos nós...
templos!

⁠NOSSA ESTÉTICA POÉTICA

o amor vai se fazendo verbos...
adjetivos, substantivos...
prosa e poesia...
carícia nos ouvidos enamorados!
a morada é sonhada paraíso...

Paraíso vislumbrado...
o céu é de parreira forrado
as uvas são candelabros alados
as poltronas são asas
uma ao lado da outra...
uma em frente à outra...
para “um dedinho de prosa e poesia”...
e o corpo, o coração e a alma inteiros
na arte e melindres do amor!
amor iluminado pela lua... estrelas...
amar à luz do céu e de parreiras...

oferendas e rendas
coração em oração!
santificados em carne,
pão... vinho...

Caminho rumo ao nosso cantinho!
Chico e Gisa no seu éden...
Amém!

⁠ENSAIO E ENCONTRO

Entre “fazer-me casa” procê morá...
E ocê “fazer-se casa” pra eu morá
estamos “reinventando” a roda amar...
estamos aprendendo a delicadeza
de conhecer o “outro” com amor
de aprender a amar “as sombras”
Afinal, somos isso e aquilo também!

A espera do encontro
é encontro em ensaio...
a preparação para a comunhão
comunhão corpo, sangue, pão
com o terço na mão...
Trama amor benção!

⁠NA "CACUNDA" DO SONHO

Na “cacunda” da utopia,
caminho... voo... mergulho...
imersão sem submissão
uma nova versão!
sonho subversão...

Atrelada ao sol velejo
atiço céu com estrelas e lua
do avesso pinto a vida
Aquarela debruçada
ajoelhada no céu
altar inventado!

A oração é poesia
de coração para coração
na mão, rosário gratidão
veste minha alma desnuda
na “cacunda” do sonho

somos criaturas de amor
Um na “cacunda” do outro
somos alados e amados!

⁠Lagoa encantada

Vive em mim um estado febril
um desatino aninhado
um terremoto apaziguado
erupção lava estancada
mar de ressaca
enchente de rio

uma Lagoa encantada
cacimbas abissais...
tantos ais calados
tantos gritos silenciados
tanto “trem lindo”...
tanto “trem bão”...
vivo assim maravilhada e assombrada!

Um dínamo que me “anima” e “atiça”...
Por dentre chamas e céu
Nos vãos e devãos, perco o juízo
e sou o que quiser... sem censura e sem juízo
solta e revolta... toda hora é hora
de dar a “volta por cima” e voar...
por entre os escombros
e paisagens celestiais

“dar o ar da graça”
e inventar outras rotas...
Outros voos, sonhos outros..

⁠Voce aceita dancar comigo?

e, assim, nos (re)encontramos...
corpo, alma e coração!
coração batendo
um no peito do outro
um dueto perfeito
batidas entretidas e benditas!

A dança nos (re)ligou
em fios invisíveis e sedutores
ternos e fortes em rebentação
mão coração pulmão
respiração inspiração expiração
ritmo (re)conciliação...

uma nova ponte...
um novo acordo...
novos “belos horizontes”...
olho no olho...
corpo a corpo...
alma a alma...

nosso enredo sendo tecido
com todos os sentidos
um novo “sentido”...