Gislainne Sucupira
Amou como se conhecesse
De muito tempo atrás
Uma eternidade
Quando ama de verdade, meu bem
Não é pura obrigação
É por uma destemida vontade.
Desnudar-se dos padrões
É colocá-los a prova
Descobrir na vida
O que é mais importante
Ser autêntico
Ou uma mera medida, modelo
Uma forma.
Afinidade perfeita é aquela onde a alma repousa
Como um pássaro desprendido
Viaja, explora e devido esta conexão
Sempre volta.
A poesia tem que continuar
Na vida, na rua ou em qualquer atravanco
Mesmo se a música parar
Fazendo a rosa brotar
Aos olhos, olfato e âmago
Que nasce para revelar
Que tudo o que precisa estás
Em sentimentos que não pode comprar
O amor e a fé do ser humano.
É bem mais que uma claridade que expandia
É lua, cor branco-mel
Esplendidamente desfila no céu
Com o findar do dia.
Cantarolando vai
Veste-se de novidades
Enquanto a noite cai
Jura que não aprontará nenhuma
Só dançará até ficar
Com os pés na lua.
Para quem acredita em destino
É só deixar o vento moldar
O que hoje está escrito e o futuro que virá.
Ainda lembro do exato momento que me fiz poesia
Foi num fim de tarde, sol e chuva
Ao abrir os olhos eu enxergava e mais sentia.
Prefiro escutar a natureza
Uma sinfonia
Ao ensurdecer com o barulho da cidade
Que valoriza o que não deveria.
ENXERGAR COMO UMA LIBÉLULA
A libélula consegue ver muito além das limitações do ego humano, sua visão panorâmica consegue alcançar a essência.