Giovane Silva Santos
"Muitas pessoas são ingratas iguais aos cães que comem e dormem de graça ainda rosnam para o dono".
Giovane Silva Santos
"As praças estão iguais a galinheiros, os galos não casam e querem o direito sobre as galinhas".
Giovane Silva Santos
O caminho se abre durante a jornada
Os trilhos se encaixam, a maré se acalma, a esperança retumbante quer passagem, mas o contrário pode ocorrer, algum sonho morrer, a alta onda afogar, a tempestade impedir de voar, algum trilho descarrilhar, mas o fluxo é desditoso para alguns, também ditados comuns, dizem que precisa andar para sair do lugar, cada lugar uma inspiração, nada se perde, ou ganha ou aprende, eu sei que é muito simbólico, sim, emblemático, contudo uma metáfora, seja o que seu pensamento aceitar, mais uma forma de pensar, uma opinião, um conceito, uma ocasião desprendida de preconceito, embora ainda não fui aceito, na academia da poesia está disponível ao pleito, pelo meu voto eleito e talvez ao seu o rejeito, mas a maestria da vida está na dedicação, na fé, na esperança, no alimento da confiança que a cada particularidade venha a semear com força, regar o sonho criando a oportunidade, desejando realizar, provar o fruto de uma árvore encantada, se é utopia não sei, mas o caminho se abre durante a jornada.
Giovane Silva Santos
Prisioneiro de mim
Quando olho no porão escuro eu logo me vejo, escondido, recolhido, começo a meditar, onde está aquele pensamento atrevido, aquele anseio e aquele brio, o desejo de puxar a espada, então, vejo que minha jornada pode estar condenada, pois a poesia está enclausurada, sem forças para reagir, aprender, emergir, a cada dia o porão ganha vida, muitos pensamento habitados por lá, uma riqueza na escuridão, o tesouro que não pode ser garimpado, o pirata não tem o mapa, o castelo foi abandonada, nesse lar sem céu, sem estrelas, sem o luar, a mente que não aceita amar, o coração que parou, suspirando com dor, sem barulho, nem ratos e nem morcegos, somente os medos, a covardia, pois a vida é uma pressão, se não entender vira depressão, e nessa escuridão, sem dá oportunidade e sem colocar opinião, digo então, reflexo do rosto é não, seu céu é vermelho, eu triste não me reconheço no espelho, eu falo pra mim, sou mesmo assim um prisioneiro de mim.
Giovane Silva Santos
Vírus letal
Desejaria viajar pelas redes virtuais, penetrar nos polos carnais, como um vírus letal, contaminando o mundo anormal, infectando a corrente do mau, com poderio se alojar profundamente, penetrar em cada mente, a que o sistema me decifra, que alcance e tente eliminar, mesmo indo para a lixeira, se faça um arrastão, cortando o corrupto coração, cada teclado nos horizontes das redes, a inserção pelas paredes, pelas portas e janelas, cada navegador de forma singela, onde os canais possam espalhar, viralizando profundamente, a rede, a corrente, o fluxo sentindo, a poesia que provoca um hostil desconforto, no brasileiro de fardo morto, anjos da vida e criadores de conceito, escrevendo desse jeito, não és louco, não és normal, és vírus letal.
Giovane Silva Santos