Gilberto Araújo de Alcântara
Caminha-se tanta distância para encontrar o endereço da suposta felicidade, quando nem precisaria dar um passo sequer.
No reino da biologia, pertencemos ao mesmo gênero e à mesma espécie; porém, não precisamos ser genéricos, porque cada um é especial no reino de Deus.
Para alguns, basta o vento soprar a favor para seguir adiante; para outros, é necessária uma ventania.
Observar-se com os olhos dos outros é enxergar-se como escravo. Conseguir ver-se com os próprios olhos é descobrir-se como dono de si.
Deixar cada um ser como deseja é brindá-lo com asas. Acolhê-lo é deixar pousar no terreno de seu coração. Permitir-se deixar amar, da maneira como bem entender, é deixá-lo voar.
Não costumo deixar um amigo na mão, nem a pé. Porém, por nascermos e morrermos sozinhos, é preciso que se aprenda a tomar-se nas mãos e a caminhar com as próprias pernas.
Não ser modesto demais para não correr o risco de ser espezinhado, nem imenso a ponto de atemorizar pessoas. Importante é a grandeza de caráter.
Na vida, às vezes, é preciso parar, andar devagar, apertar as passadas, correr, tropeçar, cair e levantar. Basta ter vigor nas pernas para continuar o percurso.
Enquanto sentir borboletas em meu estômago, saberei que estou cultivando e cativando jardins em minha alma.
Emoções intensas não auxiliam na resolução de problemas, assim como a ventania não apaga o incêndio na floresta; pelo contrário, ajuda a espalhar o fogo.
Exemplifique e tornará o aprendizado agradável. Exercite e aprenderá mais rápido. Experimente e não esquecerá tão fácil.
A doutrina que não dá liberdade ao espírito pensar é prisão; e a que ensina a destruir-se ou eliminar outro ser vivo não é religião, é seita homicida.
Deus presenteou o ser humano com a consciência, mas muitos nem se deram o trabalho de abrir a caixa de presente.