gilberto angelo begiato
A resignação diante da cruz é acima de tudo reagir com esperança na certeza de que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus.
Quanto mais resistimos a cruz mais pesada ela fica, quando aceitamos a cruz ela se torna leve e eu forte para enfrentar outras cruzes da vida.
Não se encontra a verdadeira felicidade se não souber morrer e viver: morrer por uma causa que vale a pena e viver as pequenas alegrias.
A luta nossa de cada dia só tem sentindo na promessa da Ressurreição que se renova no Tabor: na comunidade, na oração, na eucaristia, nos sacramentos, nos encontros e formações, na missão, no amor aos pobres, etc.
Ao rasgar o véu do templo onde se dizia que habitava Deus no Santos dos Santos, Jesus quis deixar bem claro que o lugar mais santo é a pessoa humana, de forma preferencial pela urgência, os mais sofridos e pobres.
A maior heresia é trocar as coisas espirituais pelas materiais. Nesta inversão de valores matamos a felicidade que está somente na espiritualidade em enxergar o que é essencial para a vida.
“Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado; porque não crê no nome do Filho único de Deus”.
Mas como resistir a um verdadeiro amor? Como resistir a um sentimento tão puro que nos devolve a dignidade, que ilumina o que somos, que restitui o que perdemos e oferece o que precisamos? Muitas vezes o que nos fortalece não é a resistência e sim o abandono que se encontra na desistência em lutar contra a verdade.
Não há pior condenação do que desistir de nós mesmos, da nossa felicidade e dignidade.
O amor de Deus não é condenatório e sim salvífico. Deus não se satisfaz com a condenação de seus filhos, pois é Amor e por isso sofreu no madeiro da cruz como prova concreta da sua disposição de doar-se até as últimas consequências por amor.
Somos uma semente germinada no plantio do amor de Deus. Uma semente que deve ser regada às lágrimas, multiplicadas pelas boas ações e que espera sempre na misericórdia de Deus seu tempo de crescimento e cujo fruto principal é a alegria que vem da felicidade. Toda semente do bem cultivada em terra boa é uma esperança de um mundo melhor.
Portanto que sejamos sementes germinadas na terra da santidade e geradas para eternidade!
O mundo foi criado para submeter-se ao homem e não o homem tornar-se escravo do mundo! O problema não está no mundo criado por Deus e sim na forma como o homem o administra. Somos sementes de bons frutos e não semente de erva daninha.
Um coração partido é um coração sem rumo e sem decisão. Quando um coração não decide pelo bem, o mal toma posse. Um coração vazio é uma alma vaga e perdida. Em um coração cheio de amor e fé não haverá espaço para o medo e a dúvida. Quando o coração está cheio destes sentimentos ele é leve e dura uma eternidade.
Se devemos imitar Maria Madalena, muita mais a João que viu e creu. Pois é o discípulo amado. O amor que nos faz crer de verdade.
É o amor que fez com que João acolhesse as promessas da escritura. Todos viram a mesma coisa, porém João viu e creu.
O amor é o fruto de uma fé madura e sadia. O cristão que diz crer, deve antes amar, pois o amor por si só prova que a fé tem sua razão.
Espinheiro
Politicagem virou política.
Política virou ingenuidade.
A cidade foi descuidada,
ela já não pertence ao cidadão.
O homem é um animal apolítico.
O poder não está a serviço.
Não existe o bem comum.
Não há espaço na política,
está preenchido pela politicagem.
A nação é conduzida
pela ignorância da nação.
Uma nação sem consciência
protesta contra si própria.
A democracia aparente
virou ditadura velada.
Sua origem está na perversidade.
O homem é um meio e não um fim.
Se a política é liberdade,
a politicagem é a prisão.
Não há ódio e nem amor.
Há apenas interesses,
instrumentos e inimigos.
Perda de tempo é
fazer política para inúteis.
Dentro da comunidade que existem as piores crises de fé. O inimigo mora perto! As ameaças piores não são externas, mas é interior. Se há paz interior não há que temer o inimigo exterior.