Gil Nunes
Nossos estabelecimentos escolares, desde as Creches até às Universidades, estão completamente imprestáveis. Muitas vezes, são lugares de dar medo, e garanto que nenhum prefeito, vereador, deputado ou senador, teria coragem de colocar um dos seus filhos ou netos para “estudar” ali.
Eu conversava com uma senhora que passou toda sua vida fazendo faxina nas casas dos outros e com o dinheiro que conseguia ganhar, resolveu bancar os estudos do seu filho até ao nível superior, o esforço valeu, hoje ela dá palestras sobre criação de filhos, tem tudo do bom e do melhor, pois seu filho tem um excelente emprego e não deixa que nada falte à sua mãe.
A boa educação na vida de nossas crianças, adolescentes e jovens, possibilita estas riquezas, que no fim de tudo, nós é que acabamos ganhando.
Com efeito, a História que passaremos a contar anos após anos, será a de cada um dos nossos formandos, e não a de nossas crianças, dolescentes e jovens mortos na criminalidade por causa do descaso e negligência do Governo Brasileiro nas suas esferas Municipal, Estadual e Federal., porque, se esse descaso continuar, não adianta jogar a culpa nas vítimas acima citadas ou em seus pais.
A vida é cheia de altos e baixos, vitórias e fracassos, tentativas e acerto, erros e experiências que nos ajudam no aprendizado, e que de uma forma ou de outra, nos possibilitam maior reflexão com vistas a alcançarmos uma vida melhor, mais digna e mais humana.
Foi numa dessas reflexões que cheguei à conclusão de que preciso perceber o valor que tem o céu, a terra, a lua, o sol, o ar, a chuva, o vento, a fauna, a flora, o outro, a outra, eu, visto que somos todos, feituras das mãos do Criador de todas as coisas.
Vivemos para Ele, e sem Ele, nada seremos, nada podemos, nada conseguiremos, estamos intimamente ligados a Ele, e é por isso que precisamos nos arrepender mais, chorar mais (como é triste a vida de uma pessoa que não chora nunca), sorrir mais, acreditar mais, se vingar jamais, dormir mais, descansar mais, nEle, sonhar mais, brincar mais, falar mais com Ele, nos amar mais, perdoar mais, desenvolver em nós, a mesma pureza que tem uma criança..
Notei que as pessoas têm as mesmas necessidades que tenho, que elas são frágeis assim como também sou, que elas têm família e familiares do mesmo modo que tenho, que enfrentam lutas e desafios diários igualmente a mim, que suas perspectivas são de vislumbrar sempre algo bom, produtivo e promissor..
Reconheci que me exasperei e que em troca, nenhuma coisa boa ganhei, mas que apenas aumentei a minha tristeza e a tristeza das pessoas que sempre me alegraram a alma, as mesmas que dia a dia se dedicam a mim com amor, carinho, amizade, sinceridade..
Tenho plena consciência da minha imperfeição, e, por isso, jamais serei um homem perfeito., meus erros, minhas falhas, minhas incertezas, minhas ignorâncias, meus medos... me denunciam.. mas isso não é tão ruim, pois dá-nos a necessidade de dependermos do Pai das Luzes, posto que nEle, não há, nem mesmo sombra de imperfeição.
Minha situação é simples, vivo cada dia conforme ele a mim se apresenta.. não penso muito no amanhã, e menos ainda no passado.. o passado não posso mudar.. o futuro ainda não chegou.. e o presente, vivo com intensidade.. com todas as forças do meu coração.. com todas as forças do meu amor.
Acredito que foi assim que cheguei mais perto de Deus.
Há muito tempo não me guio mais pela aparência das pessoas e nem das coisas, pois cheguei à conclusão de que sobretudo, por mais que se tente negar, a aparência engana, o conhecimento é prejudicado e aquilo que é verdadeiro não aparece.
Então, não olho mais para a aparência das pessoas e nem das coisas que as lentes dos meus olhos conseguem captar.
Sei que a verdadeira força não está na aparência exterior das pessoas e muito menos das coisas que pelo simples passar do tempo, tanto estas, quanto àquelas, se deterioram.
As pessoas envelhecem e as coisas se desgastam e o valor que dantes dávamos às pessoas e coisas lindas e novas e não às velhas e desgastadas, já não será mais encontrado em nós no futuro em relação às mesmas pessoas e coisas.
Posto que, será que fomos nós que mudamos ou foram as pessoas e coisas que mudaram exteriormente? Será que essas pessoas e coisas tiveram mudanças interiores ou mantiveram-se intactas intrinsecamente?
Talvez fiquemos todos nós sem uma devida solução quanto a tudo isso, mas se desde o princípio de nossas relações humanas e com as coisas, se olharmos sempre para o interior delas e não para a mera aparência daquilo que elas representam, e conseguirmos de fato enxergar suas almas, ou seja, suas verdadeiras essências de vida e de existência, ainda que elas mudem ou não, desta maneira quer envelheçam, quer se desgastem, ou não, sempre as conheceremos e saberemos do que elas são formadas e ou criadas e conflito algum poderá fazer parte de nossas consciências.
Devemos com isso, fugir das decisões pautadas nas aparências das pessoas e das coisas, a fim de não cairmos nos resultados injustos e portanto, desprovidos do que é verdadeiro e essencial.
A aparência das pessoas e das coisas passam, mas aquilo que é verdadeiro e essencial permanecem e se aprimoram para o que é bom ou para o que é ruim.
Nós não precisamos de recomendações de uns para com os outros, porque devemos ser o que somos, e não nos envaidecemos na aparência, mas na força interior dos nossos corações que batem forte por dias e momentos melhores.
Se Deus, o criador de todas as pessoas e coisas não olha conforme a aparência delas, por que então eu as olharia? Sim, já olhei para as aparências das pessoas e coisas, e descobri que a aparência era uma, e as pessoas eram outras, e as coisas eram outras também.
Agora, olho para a essência das pessoas e das coisas, e por mais que elas mudem, sempre as conheço. Para mim, tem sido bom, meus conflitos foram embora pela porta, saíram pela mesma porta que entraram, e a sensação é de um prazer sublime, notável.
Aprendi que todos os que querem se mostrar por meio da aparência, tentam dominar seus semelhantes e as coisas que lhes rodeiam, no entanto, as pessoas nasceram para serem livres, pelo menos as pessoas, as coisas, bem, as coisas são coisas e não seres humanos.
O ruim de nos guiarmos pela aparência, é exatamente porque as pessoas poderão demonstrar certa sabedoria, devoção voluntária, humildade e disciplina que jamais possuíram, e sempre com o propósito corrupto e corruptor, sempre com o intuito de satisfação própria e que normalmente prejudicam os outros.
Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murcharão também as pessoas e coisas pelo decorrer do tempo.
A aparência engana, mas o conhecimento prévio da essência, nos permite saber tudo sobre as pessoas e coisas, que eram, que são, e que sempre serão.