GEOVANEpe
É o fim
Venha amor, deixe eles se desesperarem.
Essa será a nossa ultima caminhada e também o
Ultimo aperto firme e suave na sua mão.
Que deus me faça memorizar seu rosto, pois,
O mundo, literalmente, jamais será o mesmo.
Venha amor tente não escutar esse coral de dor que nós cantamos desde que tudo começou, não ligue os esbarrões dos alvoroçados.
Pelo que vejo ninguém está cobiçando roda essa riqueza espalhada pelas ruas.
Não te convido para deitar na grama, pois verde ela já não está.
O mar está bravo, e agora pouco, vi dezenas de embarcações naufragando.
Por que se abraçar com tanto vigor nessas ultimas horas? Porque não antes?
Olhe amor! Aquele casal de idosos que plantam um lírio ali, pena que estão regando com lagrimas. O céu está tão pálido assim como nossos rostos.
Nunca pensei que viria acabar dessa forma... Ou daquela.
Amor? Sinta a ultima chuva que inunda meus poros. Ah meu Deus, por quê?
Dá-nos mais uma chance, nos salva condutamente, livra-nos desse sofrimento enorme, não consuma esse planeta lindo... Acho que é agora; já não vejo o céu, só um vazio, nada de chuva, nem de vento...
Amor? Amor?
Bom! Que seja. Mas antes solto um grito tão alto que ecoa no nada, choro sorrindo e digo que valeu e que repitiria todo esforço que fiz pra impedir isso, mas nessa hora tudo o que não quero é lamentar, e sim dar um bom e longo suspiro
Alguém pode tirar de você oportunidades que lhe dão, mas não pode se quer questionar as que Deus disponibiliza pra você
“Eu estava lá.”
Meus olhos ardem...
Minha... Minha pele está... Está escuro, mas podia ver o centro daquilo.
As lagrimas de um futuro eminente dava inicio as águas do nosso planeta.
Em um horizonte distante duas estrelas minúsculas fazem um percurso cruzado em direção de se chocar, daí uma faísca crescia a cada segundo e se elevava ate o firmamento. Houve luz e com ela a vida, criaturas gigantescas devoravam-se, e o homem registrava na pedra em silencio tudo o que via, mas assim como as feras, os homens também se consumiam entre si.
Eles cresciam e se desenvolviam rapidamente.
Sentado em um alto cume, presenciei também rochas, monumentos, pirâmides, montanhas, fragmentos sendo levados ou deixados por maquinas que desciam do manto azul sobre mim. A proliferação do homem era cada vez maior e o desaparecimento de outras vidas também.
Observei a inteligência do homem e seus sentimentos. A arte da guerra era convivida diariamente por eles, por terra e água.
Sangue jorrava... Enquanto eu chorava.
Acordei hoje e percebi que aquilo era o começo do fim.
Drogas, bebidas, desmatamentos, ganância. Os atuais homens herdaram a inteligência e também a brutalidade e a ganância de seus antepassados.
Ao piscar dos meus olhos, ouvi e senti cinco explosões.
A primeira era uma grande rachadura na terra, de dentro da fenda ouvi mais uma explosão, de onde o magma consumia tudo, ate o que havia mais de moderno.
A terceira explosão foi o rompimento das grandes geleiras, assim veio as duas explosões restantes, o ar com força derrubou todos os edifícios e uma chuva de fogo caia e se apagava na enchente gelada.
Todos os seres vivos corriam crianças olhavam o tempo todo, dor, sofrimento, choro, desespero. O fim do mundo é agora, retruquei na ponta do monte, o espaço cada vez menor, pois as ondas traziam blocos de gelo do tamanho de um campo de futebol,
O verde deu lugar ao vermelho. Assim só restava eu com as águas no espaço e uma voz que dizia...
Fecho os olhos sem sono, viajo para longe sem sair do lugar, vejo e sinto a paz... Basta ouvir o Reggae