Georgia Medeiros

Eu de tpm:um poço de sentimentalismo e explosões temperamentais que ninguém sabe como lidar.

Um poço escuro e sem fundo. Lamentações, lágrimas, saudades, frustações, perdas, mentiras, fracassos, vícios, timidez, inibições. Sensações e sentimentos ardendo em chama e que insiste em apagar quando sooa um vento gelado, que esconde e ecooa tudo que ainda grito e guardo dentro de mim.

Meu nego, um dengo, chamego, desejo, lampejo, te vejo...

Eu escrevo porque tenho vontade de gritar. E se tenho vontade de escrever e não posso, eu grito! Grito pra espantar, grito por querer sumir, grito por muitas vezes não poder escapar. Essa gritaria não é pra ninguém escutar, nem mesmo espero que alguém possa me calar. Afinal, enquanto escrevo estou vomitando lágrimas em silêncio.

Quero ir embora, ir muito embora, tão longe, tão embora...

Não to aqui pra segurar o choro, nem pra fingir que esqueci o que ainda me tira noites de sono...
Eu quero é gritar até perder o fôlego, quero libertar todo o pranto esgasgado, até que a dor que eu sinta, seja uma dor de ausência de disposição, uma fraqueza física. Antes um corpo indisposto, do que uma alma cansada.

Eu não consigo te deixar ir... não vá, meu amor. Onde há saudades, há dor.
Fique, até o jantar.
Não quero deixar nosso amor esfriar.

Segurar essa ansiedade antes que ela escorra pelos meus olhos.

Pegar carona com meu orgulho e deixar você ir... Sem olhar pra trás esperando o último sorriso. Esquecer a saudade e procurar outro pra ocupar seu lugar.

Ela não é só fogo, nem mesmo só gelo. Anda fria por aí, mas é só nela encostar pra vê-la suar e te fazer suar frio. Derreter todo gelo em brasas... chamas escuras no fundo de um olhar .Soar, derreter, desmanchar o que houver de coração.

E toda essa dureza acaba quando te vejo chegando. O vento, o charme, os pés, o caminhar, o cheiro...
Você se aproximando lentamente fazendo eu pensar na saudade, na vontade e até no florescer desse amor... quem sabe um dia ele pode viver entre nós?

Um cofre e um cadeado, para que eu possa guardar todos meus sentimentos sem o risco de destruí-los. Quero guardar o que há de bom em mim, para que quando não exista mais o "nós", haja sentimento e amor por o que um dia eu ao seu lado eu fui.

Eu sou uma fusão de pensamentos e teorias que esqueço de colocar em prática.

Traças, a parte podre do que deixou saudade.

Mania de assistir, mania de observar, mania de ler e reler, mania de escrever até adoecer.

Uma metade estragada apodrece a fruta inteira.

Contradição acenando por aqui.

Já tenho uma leve inclinação a estragar as coisas sozinha, e tem gente que colabora ainda mais com isso.

E quem disse que fazer as coisas pela metade, não é uma maneira de terminá-las?

Mas eu quero encher o que é vazio, não me contentar com o que já está completo.Ir atrás de outra falta para suprir qualquer ausência.

Ela é mulher, ela é confusão.Ou você aceita, ou acha outra espécie pra amar.

Dar a última mordida na fruta estragada.

É como eu sempre digo: O problema de um relacionamento é quando ele começa a existir.

Fé é uma coisa muito abstrata para a minha mania de concretização.Eu quero resultados, eu confio no que me é palpável.

Coração, peça um pouco de sossego.Sinta a falta de uma entrega, da sinceridade de minhas palavras.Liberte-se desses confusos pensamentos e me traga um pouco de tranquilidade.