Gabriel Costa
PEDIDO
Um simples pedido eu quero fazer
Fazer pra você o que eu não pude ter
Um pedaço de torta e uma xícara de café
Como a brisa e uma prancha de surf em meio à maré
São olhos encantadores que você tem
Boca que carrega um toque sutil
Vejo-me um dia como seu refém
E meu coração ficando pulsatil
Às vezes me pego sonhando
Com o estado de um breve outono
Pequenas estradas se enchendo
De flores secas e sem alento
O céu já não é mais o mesmo
É escuro como o fundo poço de um grande celeiro
Sem pássaros livres para voar
Sem vida e casa para morar
Perante a sua fragrância eu pude acordar
De um sonho sem forma e quase real
Mais eu pude recordar
Que estávamos em uma cidade conhecida como candeal
Um dia quero conhecer
Suas grandes artes e pequenas manias
E poder compartilhar com você
Minhas poucas sinfonias e harmonias.
Sou assim, simples assim...
Sabe aquele lado todo desengonçado
Todo meio que...Bagunçado?
Aquele lado desconfiado, suspeito e sem jeito?
O lado carismático e o lado vergonhoso?
O lado nervoso e o lado carinhoso?
O lado apaixonado e o lado desinteressado?
O lado que todos criticam e o lado que poucos elogiam?
Sabe?
É mais ou menos, pois sou assim.
Sabe aquele dia em que nos encontramos, comemos e conversamos?
O dia em que o seu sorriso brilhava mais que o sol
E o seu olhar mais encantador que a lua...?
Pois é, acordei e jamais imaginei poder sonhar com você mais uma vez.
Desejo tanto poder compor, escrever e viajar nas entrelinhas de um lugar,
Perto de ti me sinto feliz três vezes mais, apesar de ser só um sonho.
É mais ou menos, pois sou assim.
Sabe o nosso lugar? Pois é, ele tem mudado bastante...
Refinei com ouro, pois pra você faço tudo que um dia não pude ter.
Coloquei amor, mais por que amor? Porque tudo que faço pra você significa bastante, simples assim.
Parece muito com um castelo, pois quero fazer de você minha princesa e futura rainha.
Não é o bastante? Então precipitadamente e educadamente quero lhe oferecer uma prova de amor e qual será ela?
Não sei, pois ainda não consegui há pessoa real que estou disposto há entregar meu sentimento mais precioso que é o “amor”.
É mais ou menos, pois sou assim!
Um Passo há Frente
Grandes momentos que passamos juntos, sorrisos e felicidades alcançadas, um amor que era e é incondicional. Os teus olhos eram verdadeiros quando eles me encaravam, os teus lábios quando tocados no meu diziam: “como eu te amo tanto”, fazendo com que eu me apaixonasse cada vez mais por você, sinto falta dos momentos que passávamos juntos sentados naquele banco na beira da praia ao por do sol, mas chegaram os tempos difíceis, os problemas e frustrações vieram, passamos juntos pelas dificuldades que a vida nos trazia, chorávamos juntos, nos consolávamos juntos. As brigas não acabavam, porém tínhamos consciência de que estávamos machucando um ao outro mesmo com palavras, e pedíamos perdão um ao outro, dizendo palavras reconfortantes e nunca esquecemos de um fator importante, “O amor que sentíamos um pelo o outro, era maior do que qualquer coisa”. E o que fazíamos depois disso? Simples. Seguimos em frente, sempre juntos e nunca sozinhos, porque simplesmente nos amamos e isso é o que importa.
“Ame com carinho, com respeito e acima de tudo com amor, pois à medida que o tempo passa ele pode desabar e você que não o preservou vai olhar para trás e se arrepender, querendo voltar atrás e não poder ter mais a chance que um dia conquistou”.
De noite
era ontem de noite, sucumbido ali
inclinado por seta oriunda esvaído
fiquei assobiando, um dom da vida risti,
acanhado de mim mesmo, forte exaustão
para onde eu vim?- sozinho em calafrios
tive um fúnebre choro silente, pesadelos
quando adormeci, desvario nele então
sentir vontade de tê-lo, no túnel de solidão
acordado em tremor, voltei a deitar para ver
aquele espírito morto apontar para caminhos
menos bulício que minha alma de tormentos,
no limite obscuro faleceu em sossego,
entre meu peito perdido em mim mesmo,
escarnecido de meu repouso em prólogo
coração domado desde o primórdio de minha mocidade,
com novos olhos admirava os seus deslumbres indiscretos
como se inclina, teu olhar me fascina, me apraz e me ousaste,
afrodisíaco de alma, pois só tua face me transcende a gozos
preso por pensamentos indignos, em teus braços amarrado
em laço passarinheiro por sentimentos escurecidos ao sonhar,
quando criança corria pelo convento, agora interdito condenado
em sonhos me exílio para com a chave o baú mágico encontrar
não me importo nem me abato, pesadelos careço do teu fulgor
luminosas são suas singularidades, seus cabelos de fogo me possui
mas, um grande guardião de rocha, atalha meu caminho de amor;
ainda sou cavaleiro heráldico, me sinto assim desde o vinho que bebi
sua doçura me arrebata onde voo acima de seu mausoléu e homiziar,
fugir em teu ser, não arcar com as consequências desse mundo fatídico
e as fantasias que me enforcam, preciso dessa sua glória pra tocar,
seus seios, minha flauta e meu coração faiscante, sou refém de vida moroso
Fosso dos ossos
Neste fosso de ossos
malditas almas vagam
almas que vagam perdidas
no bosque dos ossos...
regavam sangue de moídas
em escuras ruínas,
amordaçados pela dor...
libertem das correntes os desvanecidos
arranque-os dos laços de pavor
desse fosso de cadavéricos ossos,
por que nas torres altas se chora em torpor?
alma que clama esvaída, que não atura essa dor
tudo que existe e resiste
há seu lado bom e seu lado mal,
como voa o alteroso gavião real,
no sol ou na terra, ataca cruelmente
como voa em altivez, suas garras pregam majestade,
que perfura as escamas das cobras astutas,
aura que ilumina as asas, não regem absolutas,
contraste forma-se rústicas sombrassem hombridade
tudo que sobe outrossim do lado se inclina,
a natureza se interface, que segredo revela-se a alquimia?
arrola da vista!onde avulta no esmero altar de Esmirna.
Oh que saudade tenho em amargura lembro,
O único eterno seio que não nega amor
Desmoronado e canceroso meu legado de dor;
Navego por águas mortas, meu orgulho aumenta no escuro
De linho revestido a manga de veste torta
Tocar gaita e comer caviar em sossego,
Ouço uivos dos cães carniceiros nas noites aflitas
Perseguido pelas sombras sem contraste, meu sangue é mais amargo;
-Não importa a índole desse sujeito amordaçado,
Leila foi envenenada por este whiskey que tomou;
a cada pouco, perdeu-lhe esperança, está setenciado!
Entre os muros altos e ferros da grade, ajuda o anjo negou!
Em extremo pranto e tremor, luz que desgranha
Choro na madrugada, mas a única que ainda me amava
Por mimsacrificou-se como a pomba revoada
Que carregou o julgo no meu lugar, que ao outro lado atravessava
A criatura de enormes asas me atormenta
Na sua presença, por ódio me consome
Da pendurada réu entre a corda, morta inocente, arrependido nada adianta
Serena noite em melancolia,navego em mar de lamentos em blames
Bebo o tempo todo, para matar o vazio por dentro
-Kraron por que não morri?ésmeu coordeno eterno
Está morto é melhor que encontrar algum sentido
Preparo o gatilho,e navego pelo desastroso destino