Gabriel Araujo J.

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Além do véu da tempestade há o mundo em que sonho
O fervor da pequena estrela vermelha
que emanava algo que busquei durante 145 anos-padrões
Algo que não deveria ter encontrado nunca, ou nunca deveria ter me encontrado
Quando fui para lá me vi passando sobre as águas claras do rio que cortava o solo seco
Por conta dos três anéis de estrelas que se formavam no céu todos os dias
Lembrava-me dos dias que olhava para o céu nas noites,
Noites em claro.
Torres tocavam sinos e canções em cordas
Sem destino ou motivo
Apenas por cortesia

A luz alaranjada transpassava as montanhas
As árvores mortas pelo ardor do sol se desprendiam da terra
Os rios se transformavam em riachos do dia pra noite
Assim como nossa esperança
Deixei-me de lado por um momento
Vi as pedras vermelho-alaranjadas brilhando sobre a mesa
Moldadas no cabo de couro durksiano,
Refletindo os pôr dos sois que se foram há horas.
A noite era clara, não tanto quanto o dia
As luzes piscavam e as pedras emanavam calor
Diminuindo a nossa dor na noite, que sempre se transformavam em sonhos
para esquecermos nossa realidade.
Quase morta.

Ela se foi há tempos, mas a esperança ainda a revivia
Em alguns momentos a chuva caía, aos poucos molhava a terra
que encharcava a pequena estrela e a deixava viva novamente.
As estrelas pareciam mais claras, os sóis mais escuros
O planeta chorava de novo, e nós sofríamos.
De repente me vi sem rumo, abandonado
As estrelas estavam cada vez mais perto dos meus olhos
Podia ir a qualquer lugar que desejasse
Momentos importantes passavam rapidamente
Minha mente parava
Sentimentos iam e voltavam, sem rumo
A dor se fora há muito tempo
O amor ficou
As luzes tomaram formas em minha frente
Não podia descrever o que era
Era apenas ... maravilhoso.

A noite nunca foi tão clara como antes
Agora conseguia ver-me
Sem nenhuma noção do que a superstição me fez.

Inserida por Ypra