G. K. Chesterton
Quem morre por amor à vida e quem morre por amor à morte? [...] Obviamente um suicida é o oposto de um mártir. Um mártir é um homem que se preocupa tanto com alguma coisa fora dele que se esquece de sua vida pessoal. Um suicida é um homem que se preocupa tão pouco com tudo o que está fora dele que ele quer ver o fim de tudo. Um quer que alguma coisa comece; o outro, que tudo acabe.
É infrutífero falar da contraposição entre razão e a fé. A razão é ela mesma uma questão de fé. É um ato de fé assegurar que nossos pensamentos têm alguma relação com a realidade.
Uma inconveniência é apenas uma aventura erroneamente considerada; uma aventura é uma inconveniência corretamente considerada.
“O principal negócio terreno do ser humano é construir seu lar e seus arredores, tão simbólico e significativo para sua imaginação quanto ele seja capaz.”
Um bom romance nos diz a verdade sobre seu herói; mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu autor.
"Ser fiel a uma única mulher é um preço pequeno demais se comparado a algo tão grande, como ter uma mulher."
"O mundo moderno perdeu o juízo, não tanto porque aceita o anormal, mas porque não consegue restabelecer a normalidade".
"O que o mundo hoje espera de um católico é que ele respeite todas as religiões, exceto a sua própria."
Enquanto se tem um mistério se tem saúde; quando se destrói o mistério se cria a morbidez. O homem comum sempre foi sadio porque o homem comum sempre foi um místico. Ele aceitou a penumbra. Ele sempre teve um pé na terra e outro num país encantado. Ele sempre se manteve livre para duvidar de seus deuses; mas, ao contrário do agnóstico de hoje, livre também para acreditar neles. Ele sempre cuidou mais da verdade do que da coerência. Se via duas verdades que pareciam contradizer-se, ele tomava as duas juntamente com a contradição. Sua visão espiritual é estereoscópica, como a visão física: ele vê duas imagens simultâneas diferentes, contudo, enxerga muito melhor por isso mesmo.
"Um homem viveu, há dois milênios, no Oriente. E eu não posso olhar para uma ovelha, uma andorinha, um lírio, um campo de trigo, uma vinha, uma montanha, sem pensar nÊle. A beleza da natureza é o carinhoso sorriso de Cristo, mostrado através da matéria [...] A alegria, que era a pequena publicidade do pagão, é o gigantesco segredo do cristão."
Não é correto afirmar que somente os que criam falsos deuses incorrem em idolatria, também são idólatras os que criam falsos demônios; aqueles que fazem com que os homens temam a guerra, o alcoolismo e a situação econômica, distraindo-os do fato de que é a covardia, a desordem e a corrupção espiritual o que eles realmente devem temer.