Frodo Oliveira
Num hipotético reino de hipocrisia, as pessoas se incomodariam mais com a felicidade dos outros que com sua própria infelicidade.
Não confundam as coisas: não é a religião que utiliza homens para praticar maldades. São os homem que se utilizam da religião para tal fim.
Quanto mais olho para minha sogra, mais me convenço de que o divórcio é apenas uma questão de tempo.
O fato de nunca termos vivenciado uma verdadeira democracia faz com que consideremos qualquer aproveitador populista como um salvador da pátria, qualquer orador eloquente como um estadista, qualquer esmola como um grande benefício e qualquer desvio de caráter como um mal necessário. Infelizmente cidadania ainda é uma palavra sem sentido para o brasileiro.
Existem dois tipos de militontos: os que recebem por isso e os idiotas úteis. Respeito os que estão trabalhando, afinal, tá ruim pra todo mundo.
Quanto aos idiotas úteis... bem, são só idiotas.
Para que haja um governo confiável, justo e incorruptível, é necessário uma oposição honesta, firme e responsável.
Eis a grande tragédia da política brasileira no século XXI.
PERMITA-SE
Permita-se sorrir.
Comece com um sorriso a cada hora e vá diminuindo o intervalo de tempo, até perceber que sorriu o dia inteiro.
Permita-se sonhar.
Os sonhos são fundamentais para que você viva a realidade. Sem eles, a vida não passa de minutos intermináveis. Com eles, a esperança se renova a cada dia.
Permita-se acreditar.
Acredite na vida, acredite no coração do homem, acredite em Deus. Acreditar é meio caminho para alcançar. Aquele que crê, tem um motivo a mais para viver.
Permita-se contemplar.
Contemple mais vezes o nascer do sol, esse espetáculo maravilhoso que a natureza nos proporciona diariamente. Quem acorda cedo, vive mais.
Permita-se amar a si mesmo.
Ame-se, antes de exigir que alguém o faça. Separe um tempo consigo mesmo e, de vez em quando, presentei-se: uma boa roupa, um perfume, aquela viagem... Valorizar-se é muito importante para a sua auto-estima.
Permita-se pertencer a alguém.
Não o pertencer violento e neurótico dos amores passionais, mas o pertencer de sentir-se parte de outra vida. Entregue-se sem reservas ou receios de se machucar. As pessoas que conseguem viver um grande amor nessa vida, agem sempre com ousadia. Conquiste.
Permita-se ser feliz.
A felicidade se decide nos pequenos detalhes. São eles que irão contar, um dia, se você foi feliz ou não. Valorize cada minuto ao lado da pessoa amada, da família ou dos amigos. E nunca se esqueça de sorrir. O grande segredo de uma vida plena de felicidade reside em sorrir sempre.
A FILOSOFIA BARATA QUE ME É TÃO CARA
Vejo pessoas que passam apressadas, caminhando a passos rápidos em direção a algum lugar. Elas olham para frente, jamais para os lados. Para onde olham? O que elas veem?...
Vejo pessoas que se preocupam unicamente com suas próprias vidas. Elas se movimentam sem planejamento, apenas por se movimentar, como um cavalo que ao invés de andar em L resolve percorrer toda a diagonal do tabuleiro. Cedo ou tarde descobrirão seu erro, quase sempre tarde demais.
Vejo pessoas individualistas, centradas demais em seus problemas. Uma unha encravada parece um câncer quando a unha é nossa, mas o câncer do que caminha ao nosso lado é apenas um câncer em estágio inicial, nem dói tanto assim...
Vejo pessoas que correm para lugar nenhum. Por que a pressa? A morte não tarda, ela sempre vem, em geral da forma mais inesperada.
Vejo pessoas que lutam quando deveriam apenas contemplar. Dar um tempo. Recarregar as baterias. Refazer os planos de voo. Quando a luz amarela se acende, é hora de prestar mais atenção aos sinais internos e externos.
Por quem lutam os homens? Por si? Pelos seus? Qual o objetivo maior dessa vida? Dinheiro? Prestígio? Amor? Poder?...
O que é a felicidade? Realizar o sonho da casa própria? Ter meia dúzia de filhos com a pessoa amada? Chegar ao topo do Himalaia? O cargo mais alto da empresa? O carro do ano? Contemplar o sorriso do seu filho? Escrever um livro, plantar uma árvore? Saber que no dia seguinte não precisará acordar às cinco da manhã?...
Vejo pessoas que não olham mais nos olhos, já perderam o brilho da inocência e agora mentem não mais por sobrevivência, mas por opção. Há quanto tempo as coisas são assim?...
Que problema insolúvel tira o sono da humanidade durante a noite? Falta de dinheiro? Enfermidade? Vício? Maldade explícita? Coração gelado? Solidão?...
O que fazer para reverter a situação caótica em que nos encontramos? Como não se perder nesse labirinto chamado VIDA, que vai ficando mais curta a cada novo amanhecer?
Vejo pessoas que passam quase sem esperanças. Já ligaram o piloto automático, aguardam apenas a pane fatal. Mas nada acontece, e continuam a fingir que são felizes.
A vida não passa de uma grande encenação, mas será que somos os atores principais ou não passamos de meros coadjuvantes nesse palco de marionetes?
Há quem não acredite em Deus. Há quem duvide da Sua existência. Há quem afirme sua crença, mas apenas segue o senso comum. Prefiro os que duvidam sinceramente do que os que fingem acreditar. A dúvida é honesta, a crença sem entusiasmo é falsa. Afinal, o que viemos fazer aqui? O que significa esse corpo que apalpamos, esses pensamentos que trafegam de um lado para o outro dos nossos hemisférios cerebrais? Por que respiramos? Como pode o corpo humano ser essa máquina perfeita, a ponto de nada ser gratuito ou por acaso, até mesmo uma simples pálpebra tem uma importante função a cumprir para o bem do corpo como um todo? A simplicidade é complicada demais?
Vejo pessoas que não ligam para nada nem ninguém. Crianças abandonadas? Onde?... Sem-teto? Sem-terra? Sem-hospital? Sem-comida?... Ah, é tudo tão estranho. Para onde vamos? Por que o tempo passa tão depressa? Parece-me que ontem era natal, e amanhã já será páscoa. Por que temos de ser tão iguais uns aos outros? Não poderíamos ser mais felizes em nossas diferenças?...
E a vida, o que seria? Algo maravilhoso e imprescindível? Ou algo tedioso e totalmente descartável?
Não sei mais quem sou. Onde estou. Para onde vou. Mas ainda acredito na dúvida, na busca pela verdade que ela suscita. Também não quero chegar a nenhuma conclusão aceitável. Hoje, quero apenas questionar as minhas mais profundas certezas.
Vejo pessoas que passam apressadas. Percebo que não as enxergo com meus próprios olhos, mas através do enorme espelho do shopping center. O espelho das vaidades. Seria eu aquele que acaba de passar por mim a passos rápidos, sem nem olhar para trás?...
Talvez. Não é engraçado como nos reconhecemos ao observar os defeitos do que caminha ao nosso lado?...
Mas tudo isso é vaidade e filosofia barata. O resto, são apenas palavras vazias.