Friedrich Hayek
Estou certo, porém de que nada fez tanto para destruir as garantias jurídicas da liberdade individual quanto a busca por essa miragem de justiça social.
Planificação e concorrência só podem ser combinadas quando se planeja visando a concorrência, mas nunca contra ela.
É raro encontrar independência de espírito ou força de caráter entre aqueles que não confiam na sua capacidade de abrir caminho pelo próprio esforço.
Evidentemente, os benefícios que obtemos com a liberdade de outros tornam-se maiores na medida em que cresce o número daqueles que podem exercer a liberdade. A tese que justifica a liberdade para alguns aplica-se, portanto, à liberdade para todos.
Mas é ainda melhor para todos que alguns sejam livres do que ninguém; e, também, bem melhor que muitos possam gozar de plena liberdade do que todos terem uma liberdade restrita. O mais significativo é que a importância da liberdade de agir de determinada maneira nada tem com o número de pessoas que querem agir assim: a proporção poderia ser inversa. Uma consequência disto é que uma sociedade pode ser tolhida por controles, embora a grande maioria possa não se dar conta de que a sua liberdade foi restringida de forma considerável. Se agíssemos a partir do pressuposto de que só é importante o uso que a maioria venha a fazer da liberdade, estaríamos criando uma sociedade estagnada com todas as características da falta de liberdade.
Concorrência significa planejamento descentralizado por muitas pessoas separadamente.
Eu não acredito que teremos um bom dinheiro antes e tirá-lo das mãos do governo... tudo o que podemos fazer é introduzir algo que eles não podem parar.
Quanto mais complexo o todo, mais dependemos da divisão de conhecimentos entre indivíduos cujos esforços separados são coordenados pelo mecanismo impessoal, transmissor dessas importantes informações, que denominamos sistema de preços.
Sob o estado de direito, o indivíduo é livre para perseguir seus fins e desejos pessoais, com a certeza de que os poderes do governo não serão usados deliberadamente para frustrar seus esforços.
"Emergências'' sempre foram o pretexto em que as salvaguardas da liberdade individual foram erodidas.
Qualquer alternativa de controlar os preços ou as quantidades desta ou daquela mercadoria impede que a concorrência promova uma efetiva coordenação dos esforços individuais, porque as alterações de preço deixarão assim de registrar todas as alterações importantes das condições de mercado e não mais fornecerão ao indivíduo a informação confiável pela qual possa orientar suas ações.
Da perspectiva coletivista, a intolerância e a brutal supressão da dissidência, o completo desrespeito pela vida e pela felicidade do indivíduo são consequências essenciais e inevitáveis dessa premissa básica.
Não nos tornaremos mais sábios antes de aprendermos que muito do que fizemos foi muito tolo.
O dinheiro é um dos maiores instrumentos de liberdade já inventados pelo homem.
Quanto mais o Estado “planeja”, mais difícil se torna o planejamento para o indivíduo.
O argumento a favor da liberdade não é um argumento contra a organização, (...) mas contra todas as organizações exclusivas, privilegiadas e monopolistas, contra o uso da coerção para impedir que outros façam melhor.