Fred Elboni
Quando o coração apertar, lembre-se de que sempre há amor em mim e que posso dividi-lo com você.
Que o tempo se faça gostoso ao lado de nossos amores, sejam eles livros ou pessoas.
Gosto de pessoas leves. Pessoas que apreciam os pequenos detalhes da vida, que valorizam os amores e principalmente os momentos, pois o presente, em apenas um segundo, já se tornou passado.
Sonhar é um dom. É mentalizar o que se quer antes de dormir, mas nunca deixar de ser feliz pelo que já se tem.
Hoje, o amor me dói. Amanhã, espero que seja somente uma angústia que passou, um sorriso que ficou e um beijo que insiste em me acordar.
O verdadeiro amor acontece quando, mesmo em momentos de discórdia, se pensa duas vezes antes de transformar mágoa em munição.
Deixe em ti florescer boas lembranças, não crie rancor por quem não quis te ver por dentro, deixe a inveja para quem não sabe alcançar o amor que há em si. São poucos os que vivem o que sentem, se permita ser diferente, esqueça quem lhe impõe limites, quem lhe diz o que seu coração deve sentir, coloque os teus gostos no papel e seja panfletária do amor que quer viver.
Seja grata com o que é seu por natureza: valorize o teu beijo, tão doce; brinque com teu cabelo como quiser, ele é todo seu, corte, doe, pinte; deixe seu corpo ser novo, mesmo quando a opinião ainda é velha; te encha de tatuagem se assim desejar, ou não faça nenhuma; sonhe alto onde ninguém consiga te podar, você fica tão bonita sendo você mesma.
Viaje o mundo, suma de corpo e alma, brinque de beijar quem lhe vier à mente, cante o refrão que teus olhos sabem, veja um pôr do sol apenas com a tua companhia, dance e cante para espantar, não somente os males, mas as dúvidas que te rodeiam. Continue melindrosa, abuse da insensatez quando quiseres, ganhe o mundo quando duvidarem, continue sendo encanto, mesmo quando não quiseres ser, continue falando fora de hora, ria alto no parque, no cinema, perto do meu ouvido, durma cedo, ou nem durma, mas, por favor, te aceita do jeito que és.
Crie borboletas no estômago, use os teus olhos para mostrar o que sente, te faça cantiga, me beije o cangote, te esquenta no meu peito, diz que me ama com teus olhos fundos, e se não souberes o que falar, tudo bem. Do teu corpo vem beleza que não cabe na cama que dormimos; do beijo que você me dá, há paz que não se pode descrever; do abraço que trocamos, cria-se um infinito sem anseio algum; de estar ao seu lado, conquisto o mundo todo dia.
Assuma não ter nenhum amor – ou ter todos que existem –, assuma a solidão ou a euforia que há no teu peito, mas, por favor, te aceita do jeito que é, assim, o mundo te aceita como ninguém.
Não quero ser raiz, quero voar. Me solta. Me deixa sentir o beijo da vida, colecionar afetos e desafetos em terras onde nunca pisei. Torce por mim. Me deixa ganhar o mundo lá fora... é ele que constrói o mundo aqui dentro.
Faça um favor a si mesma e nunca se relacione com alguém com quem você não possa dividir todas as suas fantasias.
Você não precisa ser forte o tempo todo
As pessoas que choram não são pessoas fracas, como muita gente pode pensar. Elas são fortes o suficiente para assumir suas fragilidades e chorar quando o corpo pede. Elas são fortes justamente por saberem respeitar seus limites. A gente desaba – é inevitável –, e não é justo ter que lidar com a pressão social de não poder desabar. Já basta o peso das tristezas acumuladas.
A verdade é que um dia a gente não aguenta e chora sem perceber. Acontece. E tudo bem. Pode chorar, chore muito, deixe as mágoas escorrerem pelo seu rosto; elas precisam ir embora por algum lugar. Ser forte não é saber conter certas emoções, mas sim saber quando soltá-las ao mundo.
Ser sensível é viver tudo à flor da pele, é amar sem se preocupar com o amanhã. É, também, carregar muitos desafetos, muitas tristezas e alegrias únicas. Talvez essa seja a maior qualidade de ser sensível: todas as emoções são sempre únicas.
Demoramos para absorver, mas uma hora a gente aprende que a nossa positividade, infelizmente, nunca mudará a negatividade de quem carrega todas as verdades absolutas consigo.
Eu adoro a inquietude do destino, que não se cansa de chacoalhar nossa árvore de emoções, a ponto de nos deixar atordoados, surpresos, mas, acima de tudo, de nos fazer sentir vivos. Muitas vezes brigamos com ele, corremos na direção contrária para tentar escapar de suas armadilhas… Tudo em vão. Ele refaz o cerco, muda alguns elementos e pronto: lá estamos nós presos em sua armadilha novamente. Reféns de nós mesmos.
Em dias de tristeza profunda por algumas pessoas perdidas, a gente aprende que a vida não passa de uma oportunidade de infinitos encontros e desencontros. Encontrar quem a gente ama, nos doar inteiramente e saber que, mesmo não parecendo, isso foi suficiente.
Muitos se dizem invejados, mas poucos são os que assumem sentir inveja. Então, por onde será que andam os invejosos? Será que dizendo que se sentem ofendidos pela inveja alheia? Seria muito espantoso caso os invejosos fossem, em sua maioria, os que tanto bradam serem invejados.
Na ansiedade de viver o novo e partir para o inexplorável os nossos olhos avistam felicidade em momentos regidos pelas distrações. Estar presente é estar com o coração distraído; e estar distraído é estar feliz com o que está se vivenciando.