No ciúme, há mais amor-próprio do que amor.
Um parvo não tem categoria suficiente para ser bom.
A verdadeira eloquência consiste em dizer tudo o que é preciso e em só dizer o que é preciso.
A mente é sempre enganada pelo coração.
Quem vive sem loucura não é tão sábio como pensa.
A nossa desconfiança justifica o engano alheio.
Não basta ter boas qualidades, é preciso poupá-las.
Atormentamo-nos menos para ser felizes do que para mostrarmos que o somos.
O mal que fazemos não suscita tanto a perseguição e o ódio como as nossas boas qualidades.
É melhor empregarmos o nosso espírito em suportar os infortúnios que nos acontecem do que em prever os que nos podem acontecer.
Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e entretanto, é aquele com que menos nos preocupamos em adquirir.
É tão fácil enganar-se a si mesmo sem o perceber, como é difícil enganar os outros sem que o percebam.
Para sabermos bem as coisas, é preciso sabermos os pormenores, e como estes são quase infinitos, os nossos conhecimentos são sempre superficiais e imperfeitos.
A fama dos grandes homens devia ser sempre julgada pelos meios que usaram para obtê-la.
Apenas nos deveria surpreender o ainda podermos ser surpreendidos.
Temos mais preguiça no espírito do que no corpo.
Os defeitos do espírito aumentam com a idade, tal como os do rosto.
A nossa inveja dura sempre mais tempo que a felicidade daqueles que invejamos.
Ninguém pode pronunciar-se acerca da sua coragem quando nunca esteve em perigo.
Preferimos até dizer mal de nós próprios do que estarmos calados.
Louvam-se ou criticam-se muitas coisas porque está na moda louvá-las ou criticá-las.
Prometemos conforme as nossas esperanças e cumprimos segundo os nossos receios.
Nunca somos tão infelizes como supomos, nem tão felizes como havíamos esperado.
A velhice é uma tirania que proíbe, sob pena de morte, todos os prazeres da juventude.
A inveja é mais irreconciliável do que o ódio.