Francisca Lucas
(Canção e Mulher)
Mulher
E canção
Parece ter
Os mesmos acordes...
São
'Tocadas
'Ouvidas
'Apreciadas
E 'cantadas!...
Um amor pra toda a vida
Um eterno amar
Jamais pensar em despedida
E viver pra sempre a te contemplar!
Quando a poesia embrutece
E dá lugar a grosseria
Até o céu entristece,
As nuvens vem a definhar
Saem caladas e vão derramar
Suas lágrimas em lugares isolados.
A paciência do poeta, permitiu esperar o trem em todas as estações,
mas suas doces reflexões,
poderia chegar a primavera,
quem sabe o verão,
pra aquecer o seu coração,
mas, ainda poderá esperar o outono,
um sentimento mais humano,
e por fim o inverno, àquele frio que vai obrigar ele a se recolher!...
Meu pensamento tão tranquilo,
navegando num barquinho de papel,
meu coração no maior sigilo,
escondendo uma alegria fiel,
minha consciência em paz.
Quando andei pelo deserto das tribulações,
pessoas que se sentiam superiores,
me olhavam mas não me enxergavam,
foi assim que consegui a minha blindagem,
fiz cara de paisagem
e me fiz florir dentro da minha imunidade,
vivendo momentos de felicidade,
mergulhando no mar da poesia!...
Tentei aprisionar
e manipular
letras, para formar palavras
e criar idéias e pensamentos
pra revidar insultos.
Mas, para minha surpresa
se manifestou o meu bom senso, o alfabeto:
minha cara princesa
você pode ser indiciada e presa,
por discurso de ódio...
O dia a dia, muitas vezes sofre transformações,
e se pudermos mergulhar em reflexões,
a lágrima diluída, mesmo contendo sal, possuí um pouco do doce das boas lembranças...
Indiferença,
uma tática muitas vezes usada
como couraça,
uma sutil blindagem,
que alguém usa como cara de paisagem,
apenas para ocultar um sentimento que não dá reciprocidade... E nem concorre pra felicidade!
Observando o ser humano
notei que, quando chega aos quarenta anos,
ele se mostra com adolescência retardada.
Tudo gira em torno dos impulsos...
Te procuro nas nuvens
E no azul do céu.
Te sigo aqui na terra
Na espera
De um verso teu,
mesmo estando a distância,
tua doce poesia
me envolve em doce ternura!
O ser humano
Não pode viver ressecado
Dentro do outono.
Tão pouco no inverno
Abraçado com um forno.
E, de olho no verão
Mas, com medo de insolação!
Mas, a primavera!...
Ah, está toda gente espera,
vem com belas flores,
muitos perfumes e gratas amizades!
Meu pensamento tão atrevido
sentiu-se bem vindo,
a voar pelo espaço dos céus,
e vi teus poemas nos varais da passarela,
voando e ansiando pelos ventos do leste,
eles tão lindos e coloridos em meio o azul celeste...
Não resisti, me aproximei e beijei teus versos!
Nesta era de tecnologia
As digitais estão em alta
O poeta dispensa a caneta.
E nessa sai fumegando sua poesia,
a poetisa dispensa o papel
e sai na fiel,
na confiança dos seus dedinhos,
digitando seus versinhos,
compondo o seu poema
e assim, ela registra o seu esquema!
O coração
É um estado dentro de um país
Chamado Imaginação...
E o desejo um sujeito ansioso
Que ocupa este espaço, e não paga aluguel
E diz que seu beijo tem sabor de mel,
Mas, avisa que não costuma ser fiel.
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Mesmo que não estejas
Te vejo em todos os lugares.
De ti vem palavras tão amargas
Teu rosto sério com sombra e suores.
O céu do teu coração, vai chorar
Melhor flores e não amores.
O semblante só riras.
Quando ela se escondia,
com ela estava a inspiração
e está a revestia com paixão,
com doces reflexões e poesia.
Subia até ao céu e entre nuvens
chorava as dores
deste mundo insano,
as lágrimas descia em flores,
com sal e um sentimento humano.
Achei teu poema tão acolhedor,
pensei em versos de acalanto.
E ele Jas um cobertor,
aquecendo e secando o pranto!
Perfil de um maquiavélico
Geralmente é irônico,
Quase tudo é ironia...
O sentimento que mais gira,
É a sátira, misturado a ira...
Atualizei o antivírus
Do meu coração.
As ameaças do sistema
Ficaram sem ação,
Totalmente inválidas.
Amor, alegria e paciência,
Será para sempre o meu tema!
Meu amor o grão de areia,
Aquele que interfere e já me fere,
Mas, ele não entende a minha poesia,
E me desfere golpes insanos, sem pensar
Ele possui avanços de um grande oceano,
E assim me recolho na minha humilde concha.
As vezes a vida é um cavalo selvagem,
Os coices
Ficam por conta dos açoites,
Que cada um decide dar...
Li e reli
Tuas eruditas reflexões,
Teu cardápio é sempre muito farto
Não existem paredes
Para o som nítido e tão alto
Que tuas palavras invadem os meus ouvidos, tento não escutar
Mas, isto seria deixar de te amar,
E meu coração já te elegeu,
Embora teu,
Não se preocupe em devolver amor,
Este sentimento é gratuito, infinito!...