Francis Silrên
Restou o capuccino que não foi feito, o champanhe que não tomamos, as coisas deixadas no "quarto da bagunça", a mesma casa onde sorrimos e choramos juntos, coisas inacabadas...
Eles estavão com o rosto próximo um do outro, o olhar detalhava e memorizava aquele momento ímpar, a boca salivando e os corpos tremendo,implorando pelo toque...
Em meu pesadelo eu estava em um túnel escuro, abri os olhos na intenção de acordar e eu estava no mesmo túnel sem luz, percebi que era minha vida estacionada e sem direção.
Admiro as árvores, por mais que a machuquem amputando-lhe folhas e galhos, no mesmo lugar crescem novamente mais firmes, bonitos e vivos.
Gostar não é amar, sim quando uma companhia é boa, te ouve e te faz bem. Amar não, isso é mais mágico.
Juro, todas as vezes que fecho os olhos imagino involuntariamente que tudo isso é um pesadelo, daqueles que mostram como seria seu futuro se decidir por tal ação. Mas, ao abrir é real, criado por mim e dá medo.
Observou o pôr do sol de pé, frente o mar, sentiu a brisa e os últimos raios desenhando uma pequena sombra na areia, (risos) baixinha, mas ele não conseguia transparecer o tamanho de sua força. Correu, jogou-se na imensidão e deixou que as ondas subtraíssem o que pesava em sí.⚓
Os dias mais felizes da minha vida passei ao lado dela, sorrisos sinceros e momentos memoráveis, a felicidade é algo que se conquista e aproveita, estamos degustando cada segundo, uma das melhores partes do dia era observar o pôr do sol através de seus olhos, enquanto ficávamos sentados no pico da águia...
Te deixei entrar, arrumar e ao mesmo tempo bagunçar meu coração, só que de uma forma boa, depois que você o arrumou, trocou a essência e aos poucos cuidou das rachaduras, permiti que fizesse em parte dele sua morada, hoje ele é completamente seu, por tê-lo conquistado.
A vida é uma tatuadora, mas ela quem decide se a história vai ser marcada na sua alma, corpo ou coração.
A cada dia ele soprava suas próprias cinzas,saia de suas próprias cinzas,estava cansado de reciclá-las em potes de vidro e regar com lágrimas amargas,o objetivo era retroceder ao seu eu anterior, contudo aperfeiçoado...
...É egoismo preencher a vida de alguém
em seguida o deixar mais vazio que antes, fazer sangrar cicatrizes e fenecer sentimentos, atormentar pensamentos. É covardia somar com uma vida e subtrair de ambas.
Fica em meu abraço, na minha vida, deixa eu fazer cafuné em seus apliques que aliás, só adornam mais sua beleza, se Da Vinci estivesse vivo eu diria, só lamento meu caro, mas se enganou, e te esconderia pikennah pra ele não te roubar de mim.
Me tornei sua quando me olhou e sorriu pela primeira vez, quando me deu um abraço não muito apertado, mas que soube aquecer meu coração. Me tornei sua quando segurou
forte em minha mão e deu a certeza que estaria sempre ao meu lado, quando naquela manhã que nós vimos na sua casa me deitou no seu peito em silêncio fazendo carinho, amo cafuné (risos). Nossos corações entraram em sintonia ao me olhar nos olhos e dizer "eu te amo", e depois de novo, de novo e de novo. Me tornei sua quando me ligou pra falar que estava com saudades mesmo fazendo minutos que havíamos nos visto, me tornei sua por milhares de motivos pequenos, grandes. E por mais clichê que tudo isso pareça, você é e sempre será o único a me ter assim por inteira de corpo e alma.
Me tornei sua quando me olhou e sorriu pela primeira vez, quando me deu um abraço não muito apertado, mas que soube aquecer meu coração...
Pai...Hoje é o dia simbólico de comemorar tal título, o presente seria meu se você estivesse aqui, se ao menos o privilégio de te ver envelhecer não tivesse sido tirado de mim, seria a pessoa mais feliz do bairro, mundo, universo por ter seus cuidados, amor e mais momentos. Isso que restou, ótimas memórias. O ritual começava a noite, me fazia cafuné até eu dormir. Eu: abenção pai. Ele: Deus te abençoe e te dê juízo. No meio-dia noite ele acordava pra beber água e ia no quarto me enrolar já que eu mexia muito, pela manhã me acordava com beijos e cm aquele cheirinho maravilhoso de cuscuz na manteiga, caramba não tinha igual. Organizava minha mochila, meu lanche, minha vida, nem fazia cara feia se eu pedisse para ir no "cangote" :) e eu era a criança mais invejada da cheche por ter um "pai-herói", chegando da escola ele me recebia com uma saudade que as horas longe pareciam dias, no fim da tarde a gente ou passeava na praça tomando sorvete e correndo ou ficava em casa eu em seu colo assistindo meus desenhos. Que falta o senhor faz pai, sabe aquele sorriso que me arrancava? Nunca mais foi o mesmo.