Flavio Rabello
Tempo ao Tempo.
Prafrentemente.
Como diria Odorico Paraguaçu: pondo de lado os entretantos e indo direto aos finalmentes, deixemos o pratrasmente e vamos ao prafrentemente.
Tempo ao Tempo.
O substituto.
Os cemitérios estão cheios de insubstituíveis...todos sabemos.
No entanto, o cerne da questão é encontrarmos o substituto certo. Em muitos casos não há.
Tempo ao Tempo.
Sintonia.
Com seu rápido olhar ela lê meus pensamentos.
Com suas breves palavras eu escrevo um livro.
Tempo ao Tempo.
Fim do mundo.
Revendo minha coletânea de shows gravados em DVDs, deparei-me com "Eduardo Dussek é o Show", gravado no Rio de Janeiro em julho de 2011.
Chamou-me atenção, mais especialmente, a canção Nostradamus, interpetrada por ele ao som único de seu piano, com seu característico bom humor e ironia refinada.
Referido show, em sua íntegra, é facilmente encontrado no YouTube.
Eis a letra de Nostradamus:
"Naquela manhã eu acordei tarde de bode.
Com tudo que sei, acendi uma vela abri a janela e pasmei.
Alguns edifícios explodiam, pessoas corriam
Eu disse bom dia e ignorei.
Telefonei pra um toque tenha qualquer e não tinha
Ninguém respondeu, eu disse: Deus, Nostradamus
Forças do bem e da maldade
Vudu, calamidade, juízo final, então és tu?
De repente na minha frente a esquadria de alumínio caiu jnto com vidro fumê, o que fazer? Tudo ruiu
Começou tudo a carcomer, gritei, ninguém ouviu
E olha que eu ainda fiz psiu.
O dia ficou noite, o sol foi pro além
Eu preciso de alguém, vou até à cozinha
Encontro Carlota, a cozinheira, morta
Diante do meu pé, Zé
Eu falei, eu gritei, eu implorei
Levanta... e serve um café... que o mundo acabou..."
Inspirado nessa canção de Dussek ouso dar uma outra conotação ao seu final, evidentemente sem a harmonia da melodia:
acorde!...levante!... e beba um café...que o mundo não acabou...
Tempo ao Tempo.
Lanterna dos afogados.
A "lanterna dos afogados" é, apenas,
um ponto de referência. No entanto, às vezes, pode ser um ponto de encontro.
Tempo ao Tempo.
Notícias falsas.
Lembrando Abelardo Barbosa, o popular Chacrinha:
"Eu não vim para explicar. Vim para confundir".
Diferentemente da conotação dada pelo "Velho Guerreiro", sua frase, atualmente, retrata perfeitamente os criadores de notícias falsas divulgadas nas redes sociais.
Chacrinha jamais poderia imaginar que teria milhões de " falsos seguidores.
Tempo ao Tempo.
Jogo da vida.
No jogo da vida não há VAR (Vídeo Assistant Referee), como no futebol por exemplo.
Se restou dúvida...o jogo já foi jogado.
Tempo ao Tempo.
Nada de novo.
Mais uma nova guerra na saga dos humanos...nada de novo.
A paz é a ilusão da utopia.
Tempo ao Tempo.
Luzir.
Ilumine e clareie
Clareie e brilhe
Brilhe e reluza
Reluza e irradie luz...
...mas não atrapalhe o Sol.
Tempo ao Tempo.
Finitude do tudo.
Tudo existe para desaparecer.
A estrela que vemos brilhar no céu, cuja luz está chegando agora em nosso planeta, pode não mais existir...viajou milhões ou bilhões de anos e simplesmente desapareceu.
Nosso generoso Sol também desaparecerá daqui há cinco bilhões de anos. Seu final será uma gigante vermelha.
Nosso planeta, aquele pequeno ponto azul perdido na Via Láctea, não terá destino diferente.
E nós, em nosso dia a dia, tentando nos manter vivos, em meio ao aparente caos do caldeirão da funitude do tudo.
Pois bem: imortal mesmo é o tempo.
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Tempo ao Tempo.
Exercício de humildade.
Exercício de humildade: em noite de céu estrelado aprecie-o sem moderação.
Após o espetáculo reflita e tire suas conclusões...
Tempo ao Tempo.
Na escola.
Nunca deixe de aprender, porque a vida nunca deixa de ensinar.
( autor desconhecido).
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Tempo ao Tempo.
Feliz 2023!
Fiz um acordo de coexistência com o tempo.
Disse a ele que não o apresso e que aproveitaria minha vida, brindando o fato de ter uma.
Feliz 2023!
Autor desconhecido.
Tempo ao Tempo.
Vidas que seguem.
O tempo segue
A vida segue
E seguem...
A vida não mais segue
O tempo segue
Vidas que seguem
E seguem...
Tempo em Tempo.
Conversa de botequim.
- obra do destino ou do acaso?
- nenhuma das duas: do livre-arbítrio.
Tempo ao Tempo.
Milagres.
Há milagres guardados dentro de nós que estão adormecidos, congelados e anestesiados.
Quando necessário eles devem ser por nós acordados, aquecidos e desentorpecidos; sob a regência da força divina.
O mais importante: o combustível do milagre é a fé.