FILOSOFO NILO DEYSON MONTEIRO
Inocente é o tempo no mundo em que o suposto tempo profundo se mostra ser superior. Sou mais que possam me pesar.
Esse mundo é pequeno demais para minha vida total.
" Meu quintal é a extensão da terra lá fora, mas o centro da Terra é o chão em que pisamos e portanto, um lugar igual a este sempre estará presente em lugar algum senão no campo do coração de uma memória. - Nilo Deyson Monteiro "
Não adianta saber que o mundo é um palco de interpretações se nós não assumirmos o risco individual de não se prender ao sistema. Odeio essa vida de falsificação de ser, prefiro a loucura de ser quem sou, mestre do nada.
O excesso de vidas secas se
Apegam a minha diversidade
De frutos e vidas em mim,
Não ao ego, nada ao narcisismo
E tudo por um sorriso livre
Desapegado e moleque.
Eu desconfio das pessoas que dizem qual é a vontade de Deus, geralmente, elas estão expressando a vontade delas.
O pensamento livre está além do bem e do mal. O Super Homem retém em si, tanto a moral quanto a ética, logo é necessário eliminar os ídolos.
FILOSOFIA IMPARCIALIDADE PARTICIPATIVA
O importante não é ser, ter, possuir, importa entrar, sair, por si ser sem necessidade de fazer parte do rebanho.
Revolução é vencer os mundinhos que os imbecis achavam que todos deveriam ser fanáticos ou inconscientes.
" Cansei desta loucura de tentar
Provar a verdade do que digo e
Por isso espero que não haja
Dificuldades em entender que
Sua opinião não me importa por
Ser sua necessidade e não minha.."
FILÓSOFO NILO DEYSON
Ao fazer feliz um alguém veja
Se isso te faz bem, porquanto que se
Ao fazer bem a alguém e isso não
Lhe fizer bem, logo te fará mal e
Você será injusto com teu bem
Recebido.
FILÓSOFO NILO DEYSON
Quando você silencia sua mente encontra a paz no silêncio, porém, quando
As propostas que o pensamento cria,
Quem ouve é você ou sua consciência
Que vive no profundo da sua construção?
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Se você descobrisse que o
Universo não se resume ao que
Você conhece e sim, existisse camadas de dimensões fora da nossa percepção materialista? Quando o corpo morre, sua consciência pula para outra dimensão que não tem nada haver com que às mentiras das religiões ensinaram com a proposta de imposição do medo. Estão sendo descobertas tantas coisas que tudo que foi inventado vai deixar de ter valor quando você acordar.
O Avulso de Si Mesmo
Há um tipo de exílio que não se faz com fronteiras, mas com espelhos, um tipo de desenraizamento que não ocorre no espaço, mas na alma. O avulso de si mesmo é aquele que, embora habite seu corpo, não mora em sua identidade. Vive como quem assiste à própria vida pela fresta de uma janela, incapaz de cruzar o umbral entre o que é e o que poderia ser.
Neste ser que se desenlaça de si, há um silêncio antigo, como o das bibliotecas abandonadas, onde as palavras não encontram leitores e os significados jazem órfãos de intenção. O avulso de si não é apenas o desajustado, é o desencontrado, não com o mundo, mas com o próprio eixo interno. Sua existência é um poema sem sujeito, uma frase que começa, mas não sabe como se conjugar.
Talvez o avulso seja o herdeiro contemporâneo de Narciso, não mais encantado com a própria imagem, mas cindido por ela. Não se afoga no reflexo, mas naufraga na ausência de reflexo autêntico. Vê-se no espelho e não se reconhece, porque entre o rosto e a essência há agora um abismo escavado por expectativas alheias, performances sociais, simulacros de felicidade.
Ser avulso de si é carregar uma espécie de anemia ontológica. Os dias passam, mas não se enraízam. As decisões são tomadas, mas não se pertencem. Tudo é transitório, inclusive o próprio eu. Vive-se, mas não se habita o verbo viver.
A filosofia existencial nos advertiu que o homem é um projeto, e não uma substância. Sartre nos sussurra que estamos condenados à liberdade, e que o eu não é dado, mas tecido. No entanto, o avulso não é o que não teceu o eu, é o que, ao tecê-lo, perdeu o fio.
Nietzsche falava do eterno retorno como prova da afirmação da vida, mas o avulso de si não suportaria o eterno retorno, pois retornar ao que nunca foi plenamente vivido seria um suplício maior que a morte.
Ser avulso de si é, em última instância, ser órfão do próprio nome. Não no sentido nominal, mas ontológico. Um nome que não reverbera, que não ecoa dentro. Um nome escrito na capa de um livro cuja história nunca foi escrita.
Talvez, no fundo, todo avulso sonhe com a reintegração, com o instante raro em que o pensamento coincide com o gesto, a emoção com o olhar, o silêncio com o significado. Um instante em que o tempo deixa de ser sucessão e torna-se presença.
Enquanto isso não ocorre, resta-lhe o vago, o quase, o entre. Resta-lhe a condição poética e trágica de ser um inquilino do próprio abismo, um ser que caminha por dentro de si como quem atravessa ruínas à procura de uma porta que ainda não foi construída.
E no fundo, talvez, o avulso de si mesmo seja o mais humano dos humanos, pois carrega em si não a resposta, mas a pergunta intacta, e há mais verdade na pergunta que sangra do que na resposta que estanca.
Filósofo Nilo Deyson Monteiro