Filiph F.
Tem vezes que a única coisa que você quer é morrer, mas aí lembra que no meio de tantas pessoas, existe uma que vale a pena esperar.
Acho que as pessoas deveriam parar de pensar, de sentir, de viver, de exagerar, de obedecer, de esclarecer. Menos de amar.
A minha vida eu faço do meu jeito. O problema é que tem outras pessoas fazendo do jeito delas também, atrapalhando a minha.
O problema não é acordar sem você. O problema é saber que tenho que viver, fazer, pensar, dormir e novamente acordar sem você.
Eu passei minha vida sozinho, convivendo apenas comigo mesmo. Mas com o passar do tempo você encontra algo/alguém sem mesmo estar procurando... E é bom, é agradável. É tudo o que estive precisando e procurando, mesmo sem procurar. Ficar sem você em meus dias é cometer suicídio, sem (ao menos) notar. Ficar ao seu lado é tão, tão, tão... Não sei. Procuro palavras suficientemente expressivas pra dizer o quanto é bom ficar contigo, mas não encontro. Ficar com você é mais fácil do que explicar.
F: Deixa eu ir.
G: Pode vir.
F: Estou indo.
G: Venha, mas não se atrase.
F: Quanto mais me atraso, mais me arraso.
G: Mais me arrasa.
F: Estou chegando.
G: Estou esperando.
F: Já sinto seu cheiro.
G: Já ouço seus passos.
F: Já te vejo.
G: Já te sinto.
F: Já consigo te abraçar.
G: Já chega.
Você bateu, eu senti. Você disse, eu ouvi. Você caiu, te levantei. Você conseguiu, eu tentei. Você pediu, te dei. Você sorriu, eu também.
Se eu me afastar, me puxe. Se eu descer, me suba. Se eu levantar, me deite. Se eu dormir, me cubra. Mas se eu te abraçar, me deixe.
Eu já fui menos pensativo, menos realista, menos ansioso. Já tive menos amor, menos ódio, menos rancor, menos saudade, mais humor, mais criatividade, mais positividade, mais alegria. Eu mudei, e não duvide de eu continuar mudando.
A paranoia é uma das coisas que mais me corrói. Eu tenho tantas paranoias misturadas com medo, com ciúme, com um futuro incerto (ou certo que eu teimo em achar que é incerto, talvez seja uma paranoia também), e com pensamentos. Paranoias que eu me dou ao luxo de ter somente (ou quase sempre) sobre ela. Não deveria sentir, mas sinto. Não deveria pensar, mas penso. Não deveria ser quem sou, mas sou. Se ela diz "até mais", eu já acho que é uma despedida. Se ela diz "um dia vou", eu já acho que vai ser agora. Se me digere a palavra, acho que está querendo disfarçar algo. Se não me digere, acho que está me evitando. Se ela me olha torto, já acho que vai me expulsar. Se me olha, acho que vai me julgar. Se não me olha, já acho que fiz alguma besteira. Tudo! Extremamente tudo eu vejo um lado ruim, uma coisa estranha... Uma paranoia. Às vezes tento disfarçar, tento sorrir, tento desviar o olhar, mas ela percebe (e como não poderia?), ela sabe, e sabe até do que eu senti paranoia. Sabe qual foi o motivo, mesmo ela não dando motivo algum. Eu sou o problema. Talvez eu nunca deixe de ser.
F: Vou sair.
G: Também.
F: Vai aonde?
G: Sair, ué.
F: Pode me contar não?
G: Sei lá, pra lugar algum. Vou só sair.
F: Não quer me contar, né?
G: Contar o que?
F: Aonde vai.
G: Mas eu não vou.
F: Sempre vai, sempre diz que não vai, mas vai.
G: Não tenho aonde ir. Você sabe.
F: Me desculpe, mesmo. Sou tão Paranoico.
G: Um paranoico que faz falta.
F: Um paranoico que sente falta.
A cada dia sem você eu vou enlouquecendo, enfraquecendo, sumindo. E junto com isso, vem sentimentos complicados: Saudade, ciúme, paranoia e saudade. E repito saudade, por ser algo muito forte, mais do que os outros sentimentos que citei e que já senti. E essa saudade vai me correndo por dentro. E é por ela que os outros sentimentos (ciúme, paranoia) aparecem. É uma saudade, misturada com ciúme, misturada com paranoia, misturada com um medo extremo de te perder. E essa mistura dói. A verdade é que eu quero sumir, ir pra um lugar onde só esteja eu, e você.
Eu tenho nojo de pessoas. No fundo, é até mais do que isso. Não sou muito bom em conviver com excesso de calor humano. Eu me sinto sozinho no meio dessa bagunça toda. Você está no meio de pessoas, e é como você tivesse a obrigação de falar com elas, de tratá-las bem. Não, não tenho. Mas no fundo, preciso fingir, porque... Afinal, o que seria do mundo sem um pouco de hipocrisia?
F: Ai, ai.
G: Porque não se aproxima?
F: Porque já tenho o que quero.
G: E o que você tem?
F: Desprezo.
F: Foi Paixão.
G: Foi amor.
F: Foi tristeza.
G: Foi muita tristeza.
F: Foi raiva.
G: Foi ódio.
F: Foi saudade.
G: Foi muita saudade.
F: Foi preto.
G: Foi branco.
F: Foi tu.
G: Fomos nós.
F: Foi tudo.
G: Foi.
Eu acho que sou o que as pessoas chamam de "louco apaixonado." Afinal, amar tem as suas loucuras racionais.