Filipe Couto
Sonho que tanto espero, que não tem espera alguma, de que vale sonhar, sem primeiro errar e depois me perdoar.
"Nós", somos uma insignificância no espaço, porquê que nós existimos, se não existem objectivos nenhuns?
Porquê que precisamos de viver neste "vazio" quando tudo podia ser diferente?
O que existia antes deste vazio pergunto-me eu?
Por alguma razão têm andado a nos esconder, para nós seguirmos a vida como planeado, como se tudo fosse um jogo.
Realidade ou não, se existe ou não, não pode simplesmente existir o "vazio".
Nós apenas "existimos".
Ao longo da minha vida posso ter sofrido, chorado e perdoado o amor.
Perdoei-me por acreditar nas falsas aparências que me davam, um abraço queimado transformado em cinzas, que negligenciaram as montanhas feitas ao meu tamanho e as fizeram ao seu tamanho, que se sentiram inteiramente perturbados pelo simples fato de eu ser eu.
Mas ainda cá estou, sendo eu próprio, trepando as minhas montanhas e ainda acreditando no amor.