Fernando Guifer
Pai que é pai deve ser integralmente dedicado à troca de fraldas, ao carinho, a dar o "tetê", a levar ao médico, a proferir broncas, a levantar de madrugada e, obviamente, a não ter vergonha de fazer cara e voz de bocó só para ver aquela boca cheia de dentinhos minúsculos gargalhando.
Pessoas admiráveis geralmente valorizam o fato de ser o primeiro amor de alguém, e mais do que isso, entendem que essa não é uma tarefa que mereça rejeição ou ausência no momento em que mais se deve emanar reciprocidade.
O longo caminho que trilho diariamente como pai tem como foco fazer com que essa incrível relação transcenda o "genitor x cria". A real busca é para que eu possa me tornar o melhor amigo, espelho, referência, irmão, ídolo e herói.
Eu a ensino coisas básicas, como bater palminhas, e ela me ensina coisas básicas, como tentar ser uma pessoa melhor a cada dia.
Não importa o motivo pelo qual seu telefone toca. Quando estiver com o filho se doe por inteiro e desligue essa porcaria de celular, pois ele não merece um 'meio-pai' ou uma 'meia-mãe'.
Ele é todo seu, então, seja todinho dele também!
A dádiva maior de ter alguém para chamar de seu é o poder retornar à fase mais incrível da vida humana, que é a infância.
É a possibilidade de estar ao lado de um alguém sem preconceitos e sem maldade, que transborda amor, pureza, verdade e coração.
Ter uma criança e ser de uma criança é, definitivamente, fugir do perigoso e pernicioso mundo adulto por alguns instantes.
Deus nos presenteou com filhos na base da confiança por acreditar que cuidaríamos e exalaríamos o amor que Ele próprio emana à humanidade.
Então, como assim quebrar a confiança de Deus? Filhos são sagrados.
Não existe irresponsabilidade maior na vida de uma pessoa do que você ter um filho e fingir que nada aconteceu, ou seja, não mudar uma vírgula em sua rotina diária.
Todos os dias VOCÊ levanta com um propósito, e por mais cansativa ou dolorida que seja tua rotina, existe algo muito maior que o faz sorrir e lhe permite vislumbrar ser um alguém que fará a diferença naquelas próximas horas.
A vida é o espelho de nossas decisões e atitudes. Desta forma, se ela não tem nos devolvido bons reflexos, vale analisar o que tem sido projetado por nós dia após dia.
Seja logo quem se é, até porque o tempo voa e quando ver, puff… viveu-se a vida na pele de um alguém desconhecido simplesmente para sentir-se notado e bem visto por uma sociedade que faz igual, ou seja, onde nenhuma pessoa é ela mesma.
A crise na relação nos cega para as qualidades e nos desperta para os defeitos do parceiro. Cuidado, nenhuma decisão deve ser tomada durante um transtorno de convivência.
Somos um diamante bruto que no caso de uma relação afetiva precisa ser lapidado por nós mesmos.
Primeiro: porque ninguém é capaz de nos mudar;
Segundo: porque ser feliz é uma alternativa que deve partir sempre do maior interessado (ou seja, nós mesmos).
Muito mais do que ser única, ser mulher é carregar diferentes vidas na mais profunda pureza da alma.
Quando pequenos, somos os grandes professores da humanidade; quando grandes, nos apequenamos enquanto alunos da própria espécie.
‘Morrer’ é uma coisa, e ‘perder a vida’ é outra (bem diferente):
1- O ser humano é considerado morto quando suas atividades cerebrais decretam falência perante as leis da medicina;
2- O ser humano, porém, perde a vida, quando deixa de sonhar, de amar, de acreditar, de se expor, de sentir prazer com pequenos gestos, ou quando até mesmo o brilho do sol ao meio dia passa a lhe causar incômodo.