Felipe Renfro
Não sou muito de me apegar à religião, mas sei que existe um Deus poderoso trabalhando na minha vida. É ele que me blinda de todas as armadilhas do inimigo. Eu vou dar a volta por cima e calar a boca de muita gente que duvidou e subestimou da minha capacidade de vencer.
Eu estou me esforçando ao máximo pra dar o melhor de mim no que eu me propus fazer. Eu sei que existe amadorismo da minha parte, mas eu vou fazer valer minha arte e o meu trabalho. Não há limites quando o sonhador se propõe a realizar seus sonhos.
Demorei a entender que não sofremos por pessoas, mas sim pelo que elas nos fazem sentir. No final das contas, é tudo sobre nós mesmos.
Estar preso ao passado é como um transe, acordar dele é difícil, mas não impossível, planeje um futuro, coloque-se a frente do passado e logo irá florir uma nova vida a sua frente.
Enquanto algumas pessoas sonham em conquistar o mundo e ter tudo, meu sonho é aparecer alguém que tenha vontade de conversar sobre qualquer coisa simples do nada, que lembre meu número de telefone simplesmente quando der vontade de conversar ou quando a solidão aparecer...
Eu queria ser diferente, mas não sei ser outra coisa se não assim: entregue. Eu largo meus problemas pra ajudar os outros. Eu engulo minhas lágrimas pra secar as dos outros. Eu me calo pra não magoar. Eu concordo pra não brigar. E mesmo assim, eu sempre acabo me ferrando no final.
Foi uma dor profunda ao me deparar com o vazio que habitava minha alma, mas também foi como emergir de um sonho sombrio. Se pudesse retroceder no tempo, talvez repetisse os mesmos passos, porém com um olhar renovado, embora seja árduo retornar à luz após mergulhar na escuridão.
É desafiador compreender o que leva alguém a tentar decifrar os outros; talvez seja o mistério que instiga as pessoas a desvendar o que nem elas mesmas conhecem. Ou talvez essa pessoa, negligenciando seu mundo interno, busque através do mundo externo dos outros uma maneira superficial de viver.
Talvez a vida me mostre que a dor não dura pra sempre. Quero acreditar que sim. Ela passa. Passa como todas as outras coisas. Tudo passa. Dificilmente algo é o mesmo sempre. Então, a dor também passa. Ou ameniza ou se esconde, fica quieta sem fazer muito barulho. Contanto que eu não sinta. Que passe tudo que não me cabe mais. Passe. Ou não se faça sentir mais.
Começou como uma leve tristeza (2011), depois veio as crises de pânico (2016), em seguida a ansiedade e finalmente a depressão(2017). Depressão *riso irônico* sempre que digo essa palavra me imagino em queda livre e não tem nada lá em baixo pra evitar o impacto, eu tento abrir meu paraquedas, mas percebo que não tenho um e eu queria gritar por socorro, mas eu sinto que não seria compreendido, então continuo indo em direção ao fim.
É tão contraditória a forma que o meu cérebro funciona. Eu quero muito que você me veja e me reconheça por quem eu sou, que entenda que meus medos e traumas vieram de um passado difícil e que eu estou trabalhando para melhorar. Ao mesmo tempo, que não quero que você saiba das minhas vulnerabilidades pra não me achar problemático, difícil, não-amável ou pior, usar minhas dores contra mim. Como se abrir sem se abrir demais?
Às vezes me pergunto porque nós nos sabotamos tanto por coisas tão pequenas e fúteis, nos escondemos e nos diminuímos por medo. Medo do que as pessoas que estão a nossa volta irão pensar, se irão gostar e isso me faz perceber que tentamos sempre agradar a todos, menos a nós mesmos, é um pouco preocupante a pessoa viver se esquivando de amar, de viver só por pensar na opinião de gente que não vive, não ama e se limita ao ponto de querer impor seus limites nos outros.