fatima j zuanetti
morro
em haver um quase,
morro
por saber mais ou menos,
morro
em ouvir nem tanto assim.
morro
quando me tocam as palavras
eu tambem
tô viva
só se for para
virar
meu mundo de cabeça para
baixo.
e deixar derramar
escorrer
pelo chão o que havia
de dentro
mesmo sem
saber
o que queres
então....
e essa
estranha vontade de
escancarar
mas falar o quê?
eis meu
abismo
abusar em palavras
e nada dizer
seria
tão mais fácil
se eu
pudesse dizer
- te dizer
tudo -
com o silêncio...
só
olhando em
teus
olhos....
desejos
não
escritos
pintados na
noite
entre lençóis e
solidão...
segredos
vagando sedentos
tingidos em devaneios
nas linhas
nas
letras
apenas ilusão
explodindo
nada serenos
desejos
mão
que percorrem
suor
que escorre
mão pedidas nas curvas do
pensamento
solta
invadiam o dentro das
coisas....
mas faltava
você....
vem ficar
comigo....
Há algum tempo já que me sinto assim... Cansada... Um cansaço fora do normal... No verdadeiro sentido da palavra! Um cansaço de pensamento que atormenta minha alma e me dificulta a respiração... Aquele mesmo cansaço que chega a provocar dor... Aquela dor que ninguém consegue ver, mas que é bem real... É possível que seja minha alma querendo me deixar? Ou sou eu que não consigo ver mais nada além do vazio?...
tudo
aquilo que não
pode
ser
ouvido
mas tem de ser dito
e foi ...
tudo aquilo que
parece
ser
simples
mas
só dificulta. ...
e na distancia permaneceu....
tudo
aquilo que nunca
precisei
mas
se fez necessário
eu não indaguei
enfim,
tudo
aquilo que
eu
sou
ou que me
fizeram
ser...
eu fiz pelo nosso
amor....
o ridículo em
mim...
a marca registrada...
a cicatris
tatuada
molhada pelos espasmos
é que gosto de
amar....
amo amar
mesmo sofrendo. ...
porque
alguns nasceram
para
se
render...
chorar
fincar a cabeça no chão e
calar a voz....
eu ...
estou aqui para
viver
para equilibrar a
balança
mesmo na beira da realidade
quero sonhar
lutando com a
morte
desse amor....
sangrando lagrimas
que me
fazem sentir a alegria
de ser o que
sou....
sou
deveras humilde
mas
defeitos no meu
avesso
acredito na realidade do
dia a dia
mas
não me atrevo os olhos
fechar
minha alma em devaneios
anda
perdida
como poder sonhar
sonhos
maiores que
eu...
o que eu
sonho
me leva nas alturas
a entrar
em mares junto ao mar
não
se cansam de
voar
eu gaivota
num bater de asas
ousam alcançar
lado de
la....
e já
não basta para
mim
o óbvio
quero o avesso
quero externar aquilo que
arde
em mim
quero
aquilo que esteja
além
da minha compreessão
quero aquilo que
extravasa
nas entrelinhas
subtextos e
indiretas
que analiso na realidade que é
minha vida...
quero
o dentro do teu
silencio...
quero calar esta
dor...
eu
nasci livre
em passadas largas
minha
liberdade gritava
e em voce encontrei um
caminho
andamos lado a
lado
em voce minhas asas
dançavam
embora amarradas pelas suas
ausencias cortantes
quando
presente eramos um
ser
em dois corpos
mas a
distancia
calou minha face
e em
determinadas
circunstancias o silêncio
mesmo
não dizendo nada
é a
melhor
resposta....
e o
tempo
o melhor
caminho...
ate
a saudade
matar a distancia
em voos
outra
vez....
não
se preocupe
aqueles
que se amam de
verdade
nunca
se separam,
apenas
andam juntos por
caminhos
diferentes.....
pois o amor
ahhhh
o amor não morre
jamais
ele simplesmente
muda de forma
de lugar
de estado
um passarinho me
cantou
que os caminhos...
nossos passos
eles
em algum lugar
independente do tempo....
eles
se cruzam....
é só
esperar....
e
quando
falamos em amor...
não
há último
adeus
senão aquele
que
não se
diz....
e a espera
doi
machuca
sangra
dilacera
e vai
definhando aos
poucos....