Fabricio Canalis
Preciso desesperadamente de alguém para amar.
Tenho que direcionar esse sentimento poderoso a alguém.
Alguém que não me abandone.
Alguém que não me deixe.
Alguém que seja minha, completamente.
Que saiba da imensidão do meu amor e que dele sinta orgulho.
Que dele se apodere.
Que dele sinta toda a força e poder de ser amada.
Que se deixe amar.
Que se deixe idolatrar.
Que se deixe adorar.
Que se permita ser deusa dos meus sentimentos e do meu viver.
Que receba minha vida em suas mãos
E que dela cuide bem e carinhosamente.
Tenho medo!
Medo de ficar louco.
Medo de ficar sempre são.
Medo de enfrentar o medo.
Medo de não enfrentá-lo.
Medo de perder a memória.
E de ficar com ela pra sempre.
Medo de cair.
Medo de andar.
Medo de pensar.
Medo de sentir medo.
Minha mente corre à mil.
Já não posso acompanhá-la.
Ela ferve, anda e voa.
Coloquei o velho companheiro
Rivotril embaixo da língua.
Coloquei logo três.
Pra ver se acalmo ou se consigo parar essa mente tão veloz.
Pra ver se amenizo essa dor atroz.
Pra ver se paro esse tremor.
Se volto a ter pudor.
Quero sentir a leveza.
Sentir a certeza.
De não magoar mais ninguém.
De não ferir alguém.
Como disseram os poetas: eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo, a não ser a mim.
Quero crer nisso!
Quero sentir isso.
Quero viver isso.
Mas não posso.
Quero mas não posso.
Queria poder.
Queria querer,
Eu quero.
Quero querer,
Ou quero, eu quero.
Quero sim.
Quero morrer!
Quero viver, sem morrer.
Quero morrer pra consertar as coisas.
Para endireitar.
Para desamarrar.
Para encaminhar.
Quero morrer para dar uma nova chance.
Para dar um recomeço merecido.
Para quem sabe fazer alguém feliz de verdade.
E na morte saber.
Na morte ver.
Na morte entender.
Na morte refazer.
Na morte crer.
Na morte descansar.
Na morte aliviar
A mim e a outrem.
Na morte vingar.
Na morte sentir.
Na morte viver.
Na morte morrer.
Na morte ter.
Na morte conseguir.
Na morte sentir o fim da agonia.
O fim da tristeza.
O fim da rudeza.
O fim da vida.
O fim da morte.
O fim de tudo e
O começo também.
Na morte rir.
Na morte sorrir.
Na morte gargalhar.
Na morte morrer.
Morrer de rir.
Morrer de chorar.
Morrer de tentar.
De não mais tentar.
Morte da realidade;
Pois os sonhos já estavam mortos.
Morte da mentira;
Pois a verdade já estava morta.
Morte do ódio;
Pois o antônimo já estava morto.
Morte da indiferença.
Morte da frieza;
Pois o amor já estava morto.
Morte do feio;
Pois o belo já estava morto.
Morte do acaso;
Pois a certeza já estava morta.
Morte do mal;
Pois o bem já estava morto.
Morte de tudo que é ruim;
Pois tudo o que era bom já estava morto.
Então o que restará?
Nada.
E isso é bom. Ou não é nada.
Nada não é bom, nem mau.
Nada é nada.
Inexistência
O vazio
Como era antes.
No inicio
Vazio
Perfeito
Quieto
Calmo
Vazio
Sem dor
Nem amor
Nem pudor
Nem nada
Até o nada inexistia.
Apenas o abençoado vazio.
Abençoado seja o vazio!
Vazio
Assim como eu!
Que dor insuportável na alma!
Algo me rasga por dentro,
Com faca cega.
Meus olhos denunciam-me ao banhar meu rosto
com lágrimas tão salgadas quanto meus pensamentos.
Preciso desesperadamente de ...
De...
De que?
Se soubesse...
Talvez eu precise de...
Já sei!
Preciso me realizar profissionalmente.
Talvez assim me sinta melhor.
Talvez me sinta colocado, encaixado.
Até agora sou como um lobo
vivendo como um cão preso num canil.
Como uma águia presa num galinheiro.
Não encontro meu lugar no mundo.
E então me perco de mim mesmo.
E aí fica ainda mais difícil suportar a vida.
Na verdade não vivo. Eu tento suportá-la.
Tento viver um dia de cada vez.
E assim vou levando, caindo, levantando,
aprendendo, desaprendendo.
Aprendendo a ser falso,
fingindo que me preocupo com as pessoas.
Sorrir com a alma em prantos não é pra qualquer um.
É a velha história do palhaço triste,
Que faz todo mundo sorrir.
Essa é uma figura que me traduz.
Um palhaço com uma lágrima escorrendo pela face,
Enquanto faz todos rirem com suas palhaças.
Talvez essa seja minha próxima tatuagem.
Hoje estou chorando já há algum tempo.
Minhas filhas viram.
Minha mulher também.
Até ficaram preocupadas.
Perguntaram-me a razão.
Mas é impossível dizer. Então escrevo.
Escrevo sem parar.
Tento teclar sem perder nenhuma informação
Que minha mente tão rapidamente concebe.
Sinto-me perdido entre dois mundos.
O mundo encantado no qual posso ser com toda alma
O cantor que nasci para ser.
E que sou quando estou cantando.
E o mundo real, no qual tenho que trabalhar,
perder tempo com trabalho.
Correndo atrás de dinheiro para pagar contas,
Comprar meus remédios.
Esse é um tempo precioso perdido.
Eu poderia estar escrevendo, cantando,
Sonhando com novas apresentações.
Preparando novos shows, tendo novas ideias.
Ou simplesmente lendo muito e
Adquirindo conhecimento, o que adoro.
Mas, não é assim.
As contas chegam, meus remédios acabam,
Cortam a luz, a água e o telefone.
Desligam a internet e a comida acaba.
Antes disso tenho que sofrer ser o que não sou
Para trazer o dinheiro necessário.
Que nunca é o suficiente, diga-se de passagem.
Ainda quando consigo cantar em algum lugar
Em que minha musica e minha genialidade vocal
são reconhecidas, ainda que em partes e ganho pra isso,
Sinto-me no paraíso.
É quase o mundo que vivo em meu espirito.
insensível
Estou perdendo a noção de quão desinteressado
Estou pelos sentimentos alheios.
Isso me traz consequências no trabalho,
Além de doer em mim mesmo.
Minha bipolaridade está se tornando
Cada vez mais evidente.
Não sei até quando manterei
Esse segredo oculto dos outros.
Sinto-me um extraterrestre.
Vontade de sumir, desaparecer,
Evaporar, sem deixar rastro.
Quero parar de machucar as pessoas.
Quero pelo menos saber e conseguir
Fingir que me importo com os outros.
Se ao menos eu conseguisse fingir.
Fingir que me importo.
Fingir que sou bem-educado.
Fingir. Fingir. Fingir.
Já seria alguma coisa. Algum progresso.
Ainda que falso.
No domingo de carnaval ela estava tão feliz.
Era tanta felicidade que não cabia dentro dela.
Seu rosto lindo brilhava mais que o sol ao meio dia.
A lua escondeu-se envergonhada.
E ela refulgia absoluta na avenida.
Nos pés a herança de um passado remotamente possível
De descendência negra.
Não sei de onde vem esse swing, essa coisa de bamba
De roda de samba, de amor ao carnaval.
Só sei que ela cintilava, faiscava, esbanjava
Toda sua beleza e simpatia na avenida.
Nesse momento meu coração abriu-se
E de uma vez por todas entendi
Que o samba é algo que corre em suas veias.
E que é impossível ignorar.
Não é justo com tamanha paixão.
Há quanto foi contida?
E agora num lampejo do destino
Desaguou numa avalanche incontrolável de felicidade.
Congratulo-me por tê-la deixado desfilar.
E juro, que se soubesse disso antes
já teria tomado uma providencia.
Agora queria saber mais coisas que a faça feliz assim.
Se houvesse, se eu soubesse juro que daria a ela.
Só pra ver esse rosto tão envolto em terno esplendor
Magicamente transformado em pura alegria.
Se soubesse, juro que faria o que fosse preciso
Para vê-la assim novamente
No dia a dia, por todo o sempre.
Amém!
Quem sou eu!
Quem sou eu?
Nunca deparei-me com questão tão complexa e tão difícil de responder
Por que uma pergunta dessas está em uma pagina de relacionamento?
Tão difícil de responder
Tão difícil saber
Tão difícil pensar
Quem sou eu?
Sou um ser vivente (?)
Sou um ser
Tento ser um ser
Tento?
Sou?
Sou quem tento ser?
Tento ser quem sou?
Sou quem penso ser?
Penso logo existo
Alguém disse isso
Sabemos quem
Só não sei quem sou
Ele sabia quem era?
Sou alguém que quer ser alguém
Às vezes sim
Outras não
Outras sei lá
Outras...
Não sei
Quem sou eu?
Sou passageiro
Sou efêmero
Sou eterno
Sou eternamente efêmero
Sou efêmero e eterno
Sou eterno e efêmero
Sou verdade
Sou mentira
Sou
Não sou
Às vezes quero ser
Outras não
Quem sou eu?
Sou alguém que não sabe quem é
Sou alguém que quer saber também
Quem sou?
Por vezes sou uma mente vazia de emoções
Outras sou raiva
Amor
Saudade
Frio
Calor
Solícito
Ausente
Imaginativo
Presente
Falso
Falsamente falso
Verdadeiramente febril e valente
Covardemente vivente
Quem sou eu?
Sou treva
Sou luz
Sou meia luz na penumbra de uma existência calma e atribulada.
Sou meia verdade em uma efêmera vida de mentira e falsa vivência
Quem sou eu?
Sou paz
Sou eterno conflito interno
Sou guerra
Sou guerreiro
Sou e às vezes não sou
Outras queria não ser
Quem me pergunta quem sou?
Quem me perguntaria tal coisa?
Quem quer saber além de mim?
Sou só
Sou longe, sou perto e às vezes sou muito além
Além de mim
Além de tudo
Aquém de Deus
Aquém de quem?
Além de?
Além de tudo
Tudo o que?
Que existe?
Ou apenas tudo?
Sou nada!
Sou nada, nado em mim e me afogo em tudo
Me afogo nessa alma profunda
Que não me deixa dormir num domingo a tarde
Depois de um churrasco
Sou carne
Sou carnívoro
sou erva, serei
Serei pó
Serei verme
Mas quem sou?
Quem saberá responder?
De mim e de ti
Quem saberá responder?
Sou acaso
Sem certeza
Sem firmeza
Sem fraqueza
Sem beleza
Sem nobreza
Sem nada
Sem tudo
Sem
Cem
Cem por cento
Cem por cento?
Alguém é cem por cento?
Cem por cento é cem por cento?
Se nem um kilo é um quilo
Como pode ser?
Nem sempre foi
Alguém convencionou
Essa duvida me atormenta
Assim como quem sou
Quem convencionou quem sou?
Quem convencionou a sociedade?
Afinal um kilo não é mil
E sim mil e vinte e quatro
Mas quem sabe disso?
Quem se importa com isso?
Importa que alguém arredondou para mil
E ficou
Então quem garante que eu sou eu?
Eu sou?
Ou pareço ser?
Só o tempo poderá dizer
Será?
Será que sou ou pareço ser?
Será que o que pareço ser me define o que sou?
Quem sou eu?
Isso é pergunta que se faça em uma pagina de relacionamento?!
Não consigo responder
Por mais que pareça banal
E tratada como tal
A mim pesa muito
Mais de mil e vinte e quatro vezes um kilo.
Quem sou eu?
Isso é pergunta que se faça?!
Isso é pergunta que se responda?!
Como se fosse possível responder.
Sou duvida
Sou tristeza
Sou...sou?
Quem sou eu?!
Sou alma
Sou triste
Sou alegria
Sou triste alegria em uma alma atormentada por não saber quem sou.
Sou tolo
Sou crédulo
Ate demais
E incrédulo o suficiente para saber quem sou.
Sou meia luz na penumbra de uma existência calma e atribulada.
Sou meia verdade em uma efêmera vida de mentira e falsa vivência.
Sou triste alegria em uma alma atormentada por não saber quem sou.
Cansado de viver assim
Tem café, mas acabou o açúcar.
Parece que quando tem, acaba.
Sempre assim
Quando tem, não tem mais.
Ou seja,
tem,
mas acabou.
A gente vive assim e ás vezes até se acostuma.
Somos brasileiros, não desistimos nunca.
Quem bolou esse slogan ganhou uma grana.
Ou não,
Vai saber tal vez pode ter levado o cano também.
E não desiste nunca de cobrar os direitos que nunca recebe.
Mas para nossa alegria (sim estou me referindo ao vídeo),
As coisas mudam de vez em quando.
Nem sempre para melhor.
Mas pelo menos não ficam na mesma.
O que seria insuportável.
Mas às vezes cansa.
Canso de facadas pelas costas,
Em não saber direito em quem confiar,
Com quem contar.
Com quem chorar.
E principalmente com quem sorrir.
Sorrir
Que sentimento bom.
E leve
Mas raro
Não deveria ser.
Mas é!
Raro como a tolerância.
A misericórdia
A empatia
Eu disse empatia
E não empadinha
Se bem que uma empadinha de camarão
Ou de siri
Hummmmm
Será que alguém já pensou em
fazer empadinha de carne de siri?
Tá, mas o que isso tem a ver com o texto?
Desde que este se mantenha desconexo.
Esta valendo, pois começou assim.
Como disse o Hermanoteu: “quando eu cheguei já tava assim”.
E dando continuidade ...
reticências...
Tento organizar os pensamentos.
Mas está tudo desconexo.
desconvexo
desconcavo
E estou sem celular.
Quer dizer; tenho celular
Mas estou sem.
Era do Paraguai.
E sabe, se der defeito...
La garantia soy jo!
Então a muambeira voltou lá para trocar.
Mas já faz mais de dois meses.
Será que a garantia não cobriu?
Risos
Risos amargos, mas risos.
Mais amargo do que riso.
Muito mais amargo diga-se de passagem.
Não quero rir de nada.
Nem da minha cara de otário comprando coisa de muambeira.
Mas não sabia que era.
Comprei de um amigo que estava vendendo para ela.
Mas, eu não sabia.
Achava que era dele mesmo.
Agora é tarde, a Inês é morta.
Até meu emprego.
Entrei na empresa esperando uma vaga
Na minha área, trabalhando em outra.
Agora surge a vaga e nem sou comunicado.
Para participar sequer da seleção.
É as coisas são estranhas e mais estranhas ficarão.
“Nada é tão ruim que não possa piorar”.
Isso dizia o meu professor de direito penal.
E a tendência é piorar.
Mas enquanto não piora.
Vou seguindo
Vivendo
Sentindo
Chorando de rir.
Rindo de chorar.
Chorando de pesar.
Pesando, pensando
Querendo
Querendo viver.
Viver com folga.
Com regalo.
Com alegria de viver.
De vir e ver
De sentir
Ah, sentir
Sentir
A coisa está aí nessa palavra.
Sentimento
Ô coisinha esquisita!
Muda o tempo todo.
Pelo menos em mim que sofro de transtorno bipolar.
Ou outro transtorno de personalidade qualquer.
Até isso muda o tempo todo, hahaha.
Eu também mudo.
Todos mudam.
O tempo todo.
Tudo muda.
Parece que só não muda isso:
Que tudo muda.
Isso não muda.
É sempre assim.
Mas se é assim então nem tudo muda.
Só mudam as coisas que mudam.
As que não mudam continuam como estão.
Ou seja, o mundo muda.
Mas continua o mesmo.
Nossa, que bagunça!
Então o mundo é o mesmo porque sempre muda.
Ou de tanto mudar acaba no mesmo?
Não!
Acho que não!
Acho simplesmente que o mundo muda.
As coisas mudam.
E a mesmice é essa: que as coisas mudam.
Mas nem sempre da maneira que se quer.
Pois até o que eu quero pode mudar de repente.
Ou não!
O que já é uma mudança, pois eu mudo o tempo todo.
Se parar de mudar, nesse instante mudei.
E o mundo mudou.
Muda a todo instante.
Junto com as pessoas.
As circunstancias.
O universo.
Tudo em constante mudança e mutação.
Talvez evolução.
Ou destruição.
Ou devolução, paga, salario, quitação
De tudo oque aqui se faz.
Ou não.
O tempo
O tempo é tão importante que Jesus se fez temporal.
Deus criou o mundo em seis dias.
Na verdade nem foi isso mesmo.
Mas o homem precisa do tempo para entender algo.
E como entender algo atemporal?
Talvez com metáforas temporais.
O tempo é tão importante porque nele Deus age.
Pois o homem como ser temporal
Necessita do tempo para tudo,
Inclusive ser usado e orientado por Deus.
Deus pode fazer tudo o que quiser,
Mas o homem necessita de tempo
Para entender as coisas, para ser preparado.
Deus poderia vir agora e falar comigo em grego.
Mas de nada adiantaria
Pois eu não tive um tempo de estudos
Para adquirir conhecimento e fluência no grego
Capaz de entender tudo o que Deus me falar.
Ou ele me proporciona esse tempo,
Ou ele fala comigo num idioma
Que eu tive tempo de aprender
E dominar de tal forma que tudo quanto ele queira me dizer
Serei capaz de entender perfeitamente.
Deus respeita o tempo, pois é uma ferramenta que ele criou.
E sabe que nós como seres temporais somos dependentes do tempo.
Moises foi chamado ao ministério com aproximadamente oitenta anos.
Jesus começou o dele com trinta anos.
Tudo ao seu tempo.
Às vezes nós precisamos de um tempo,
Do nosso tempo, para entender, crescer, amadurecer.
Cada um tem seu tempo definido pela sua própria existência,
Cultura, cosmovisão, intelecto, etc.
E Deus respeita isso nos humanos.
Mas nós humanos queremos desrespeitar ou pular de fase.
Demanda tempo para Deus falar
E se fazer entender ao coração humano.
Depois demanda mais tempo para que
Façamos o que ele nos mostrou ou ordenou que fizéssemos.
Uma amizade precisa de tempo para acontecer e amadurecer.
Depois de alguma briga, necessita de mais tempo.
Para que tudo possa ser resolvido por Deus
Através do tempo e pelo tempo.
O tempo é responsável por sentirmos
Falta de algo ou de alguém.
E é também responsável por aparar as arestas
Possibilitando uma nova aproximação.
E o complicado é que quanto mais pessoas envolvidas,
Mais tempo se necessita, pois o tempo tem que ser.
Instrumento capaz e eficaz na vida de cada um,
Possibilitando que em outro tempo,
Agora igualitário possam ser resolvidas as diferenças
Que pelo tempo deixaram de ser.
Disse do tempo que ele a tudo cura,
Na verdade Deus a tudo cura através do tempo.
É um instrumento criado por Deus para os seres temporais.
Querendo implodir, e desaparecer num buraco negro como uma supernova e que nem a poeira restante sirva para algo nunca e inexistir eternamente, na mente e no corpo estelar implodido pelo desejo de tornar-me nada para sempre.
E eu, de novo, sozinho, abandonado, sentindo pena de mim mesmo. Coração em frangalhos, sangrando torrentes, olhos vermelhos de chorar. Pranteando um amor que findou e que só deixou tristeza e dor. Um amor não compreendido, não correspondido, apenas aturdido pela falta de reciprocidade e respeito. E assim acabou. Um amor de vinte e um anos terminado, reduzido a nada a não ser dor e magoa. Mas ao menos acabou. Não ficou nada a se resolver. Foi posto um ponto final. Agora é recomeçar. Deus me ajude!!!
Tenho esperança de encontrar alguem que de vida ao meu coração de novo, que faça meus olhos brilharem e meus labios se abrirem em um sorriso gostoso e ingenuamente apaixonado.
Minh'alma está mutilada, meu coração dilacerado. Meus olhos sem brilho e meus lábios molhados por lagrimas que insistentemente teimam em escapulir rolando face afora. Tenho por companheira a dor e a ela dedico minha vida presente esperando por um futuro menos doloroso e mais feliz. Se possível for.
Mais uma vez sozinho
E agora oficialmente separado
Acabou
Difícil acreditar
Difícil de aceitar
Difícil de digerir
Difícil de encarar
Difícil de aguentar
Difícil
Viver sozinho é difícil
Preciso de alguém para amar
Para me apaixonar
Para me inspirar a viver novamente.
Onde foi parar o amor?
Onde foi parar o respeito?
Onde foi parar o carinho?
A tolerância?
O bem querer?
A boa convivência?
As pessoas se acham totalmente livres hoje.
Livres para fazerem o que bem entenderem.
Mas esquecem-se de que são escravos das consequências
Essa geração não tem limites
Não conhecem termos
Sofrer
Sofrer por amor
Por dor
Por rancor
Por magoa
Por nada
Por tudo
Por ninguém
Por alguém
Sofrer
Sofrer
Sofrer
Sofrer é viver
Viver é sofrer
Sofrer a perda de um amor
Mas um amor se perde?
Se se perde era amor?
Se é amor não se perde
Será?
Mas amor diminui
Ou se apaga
Se apaga?
A chama do amor nunca se apaga
Então o que acaba quando acaba o amor?
Acaba o respeito
A vontade de estar com o alguém
A vontade de se entregar
A vontade de beijar
De acariciar
De suportar
De permanecer
Quando o outro se vai
A dor fica
O coração sangra
A alma se desespera
A mente se confunde
E a dor se infunde
No mais profundo do ser sofredor
Agora os pés gelados
As mãos sem outras mãos
A boca seca
A pele já não se arrepia
Os pelos já não se ouriçam
Os ouvidos já não ouve mais palavras doces
De amor e de carinho
A cabeça roda confusa
E a alma
Ah a alma
Essa fica toda desestruturada
E vazia
Sem vida
Sem cor
Sem nada
A não ser
O nada.
O nada preenche toda a alma
E toda a existência
De quem um dia amou
E ainda ama
Mas a amada não está
Foi-se
Partiu
E com ela levou toda a vida
Queria acordar e ver que tudo não passou de um sonho ruim. Que vc ainda é minha e que ainda me ama acima de tudo e apesar de tudo. Mas quando percebo que estou acordado e que isso não é um sonho, meu coração sangra de uma forma tal que minha alma desfalece dentro em mim e tudo o que penso é que a realidade é dura e imutável, mas que um dia, possivelmente vou superar.
Foi como se eu acordasse de um sonho muito ruim e de repente percebesse que a realidade é diferente de tudo que sofri nesse pesadelo.
Como se ao abrir os olhos a luz da esperança infundisse em meu ser uma sensação de renovo, de recomeço, onde nós dois juntos em amor, respeito, sinceridade e verdade jurássemos dar um ao outro o melhor de nós. Deixando para trás todos os momentos ruins e deles esquecendo, buscamos viver o amor em sua plenitude e afirmando isso peremptoriamente um ao outro.
Foi então que percebi que tudo isso não foi um sonho, mas sim uma dura realidade que só terminou bem porque ainda existe, inexoravelmente o amor em nossos corações. E porque estarmos juntos foi e é uma decisão que tomamos para toda a vida. Dou graças Deus pelo amor, pela capacidade que nos deu de perdoar e de mudar de ideias e de atitudes.
Acabou
Ela se foi.
Nem sequer uma lagrima derramou.
Se Foi como se fosse passar algumas horas fora.
Não como se vai para sempre.
Sinto um misto de dor
E leveza.
Mais dor que leveza.
Se pelo menos ela tivesse sinalizado.
Um pequeno gesto que fosse.
De arrependimento.
Eu teria dito a ela pra ficar.
Mas não.
Nada
Nem uma lagrima.
Nem um pedido.
Nem um gesto.
Nada
Apenas se foi.
Como quem vai à padaria.
Ou ao mercado.
E já volta.
Mas dessa vez não há volta.
Se foi e levou todas suas roupas.
Seus remédios.
Seus sapatos.
Seu cheiro delicioso.
E meu coração e alma
Também levou consigo.
Nem um sinal de arrependimento
Ou de dor,
Ou de medo,
Ou de vontade de ficar.
Nada.
Agora espero um milagre.
O milagre da ressurreição.
Pois estou morto por dentro.
Penso em matar-me por fora também,
Mas, meu zelo pelas minhas filhas me impede.
Senão teria me pendurado em uma corda
Sem pensar duas vezes.
Queria ser duro como ela.
A tristeza toma conta do meu ser.
Falta-me vontade de viver.
Falta-me um enorme pedaço de mim.
Que arrancado com violência
Foi para longe
Levado por uma imensa tempestade.
Não tenho ideia de como viver sem ela.
Já não tenho vontade de viver
Só vivi por ela ate hoje.
Terei que aprender a viver por mim.
E por minhas filhas.
Mas é difícil suportar a dor.
Da vontade de gritar
Pra ver se essa dor do fundo da minha alma
Se esvai junto com meu grito.
Dia 12 de outubro de 2012.
O dia da minha separação.
Feliz dias das crianças.
Muito feliz.
Louco
Louco de dor e de sofrimento.
Estou louco.
Nossa de onde vem tantas lagrimas?
Não fico com o rosto seco nem por um minuto.
Se eu pudesse dormir.
E só acordar depois que a dor fosse embora.
De que me adianta tanta cultura?
Tantos livros lidos?
Tanta ponderação?
Tanto raciocínio?
Se não pude manter a pessoa que amo
Junto a mim?
Não foi falta de amor.
Pois a amo tanto!
Mas o respeito...
Ah o diabo do respeito.
Esse, ou melhor , a falta desse
Nos encaminhou para o fim.
E ao fim chegamos.
Simples assim!
Doído assim!
Doendo assim!
Complicado assim!
Amando assim!
Chorando assim!
Sofrendo assim!
Simples assim!
Hoje sou como um buraco negro que consome a si próprio e se aniquila implodindo sem qualquer brilho de esperança.
Triste ao ponto de ser anestesiado. O vazio é tão real e imenso como um universo pode ser. Frio, vazio, solitário ainda que em companhia de muitos. Essa é a pior solidão: a solidão acompanhada.
Um dos grandes pontos de discórdia entre mim e minha ex esposa é o seguinte: eu vivo cada dia como se fosse o ultimo. Só faço o que me da prazer. Só me entrego ao que me faz feliz. Até perguntei a ela uma vez: “oque você faria se descobrisse que tem somente um ano de vida?” Ela ficou muito encabulada e disse que mudaria tudo na sua vida. E eu lhe respondi que não mudaria nada na minha.
As pessoas hoje em dia não conseguem se realizar em nada e o estresse toma conta de suas vidas a ponto de ser impossível obter alguns momentos de felicidade.
Mas a partir de quando mudei minha vida dessa maneira?
Depois que descobri que não viveria muito tempo, por um problema renal muito grave. Decidi que se eu me curasse viveria a vida de forma diferente. E a partir de então tenho buscado isso. Não foi fácil no começo, mas hoje vivo assim: como se eu fosse morrer a qualquer momento.
Tenho vivido muito bem. Sei que sou tido como irresponsável até mesmo pela minha própria ex.
Mas viver assim me deixa em paz. E tenho tido sempre o necessário pra sobreviver. Não tenho nada em abundancia, mas tenho tido tudo o necessário para a vida.
Minha ex não suportava essa ideia. Ela corre atrás ainda de dinheiro desenfreadamente a ponto de não mais se divertir enquanto vive. Vive o tempo todo preocupada com contas, com desejos de ter, com o futuro. O futuro a Deus pertence já disseram. E é justo pensar dessa maneira. Pois o futuro depende do presente. Se o presente é uma busca desenfreada por dinheiro, nunca vai cessar e nunca permitirá que seja feliz e realizado no futuro, pois o presente (no futuro) continuara sendo a busca por dinheiro.
Não quero com isso deixar a visão errônea de que sou um vagabundo ou conformado com a situação, mas coloco em primeiro lugar tudo o que gosto de fazer e de realizar. E através dessa ideia consigo suprir as necessidades da minha família, sempre fazendo algo prazeroso.
Continuo com a mesma premissa: só faço o que me dá prazer.
O trabalho para mim não é trabalho é lazer e prazer, e ainda me pagam por isso. Adoro cantar, tocar, adoro vender. E sou tão fiel a essa cosmovisão que quando não tenho prazer em vender, não o faço. Vivo de uma forma que não sou escravo do dinheiro e nem do trabalho. E mesmo assim sempre faço alguma coisa. Sempre estou realizando algo. Sempre inventando algo novo para fazer e vivendo a vida com prazer e obtendo dela o necessário para viver.
Não me importa o que vão dizer. Se sou tomado como vagabundo, ou qualquer outro adjetivo inadequado para me qualificar.
Na verdade, as pessoas no fundo tem inveja de não terem coragem de viver assim. Por isso me criticam. Enquanto isso, vou vivendo a vida como se tivesse ganhado na loteria e fosse morrer em breve. Aproveito cada segundo da vida. Leio muito, ouço musica, canto, toco, escrevo e sempre me vem a mão o necessário para viver.
Minha mulher me abandonou. Não suportou viver comigo nesses termos. Está sempre de mau humor, estressada como trabalho, nunca ganha o suficiente, então trabalha mais e o circulo vicioso se completa.
Tenho a vida tranquila que pedi a Deus. É claro que sofro, mas meu modo de viver é tal que quando chegar ao fim da vida poderei dizer o que escreveu Pablo Neruda: “Confesso que vivi”.
Se eu morresse hoje estaria realizado.
É claro que tenho planos.
Sempre penso, planejo e executo cada plano. Viver assim não quer dizer que vivo irresponsavelmente. Não. Planejo, trabalho, estudo, leio, mas como se fosse o ultimo ano de vida.
Tenho prazer em tudo que faço. Tenho prazer em ler, em estudar, em trabalhar, em criar, em cantar, em vender, em tocar, de maneira que isso de modo algum para mim soa como trabalho. Mas sim prazer. Já disse um filosofo: “ escolha algo que você tenha prazer em fazer e não precisará trabalhar um dia sequer na sua vida”. E é uma grande verdade. É assim comigo. Mas minha ex não suportou viver assim comigo. Minhas filhas me entendem. Estão sempre ao meu lado.
O dia a dia não pode ser algo pesado. A vida não pode ser algo pesado e sem prazer. Pelo contrario. Estude o que te dá prazer. Faça o que te dá prazer. E seja feliz.
Minha filha, a primogênita, estuda Direito e toda vez quando volta da aula diz que ama Direito que se realiza estudando Direito, que ama Direito. Ela está no caminho certo. Se tem que estudar que seja algo que de prazer. Se tem que trabalhar que seja em algo que de prazer. Afinal a vida é essa.
A sabedoria da vida está em descobrir como viver, estudar, trabalhar, crescer e tudo fazer com prazer, com gosto.
Não quero deixar a ideia que sou hedonista, não o sou. Mas há que se encontrar na vida, no dia a dia, em tudo, prazer, gosto, realização.
As pessoas são covardes. E por serem covardes me rotulam de irresponsável, hedonista, ou preguiçoso ou sabe-se lá Deus mais o que.
A verdade é que desperto a inveja alheia vivendo dessa maneira. Mas isso não se apega em mim de forma alguma. Aprendi a viver assim, como se fosse partir a qualquer momento. E os covardes me julgam e me condenam, enquanto em seus corações o desejo de ser igual a mim os faz incapazes de serem felizes, e de realizarem seus sonhos e viverem de forma “irresponsável” como eu.
Tenho prazer em pequenas coisas, como abraçar minhas filhas e beija-las. Em acariciar meus bulldogs, em escovar meu rotweiller, em ler um dia inteiro se assim eu o quiser. Ou tocar e cantar profissionalmente por horas a fio. E ainda no final receber o pagamento. Nossa! Isso é demais!
Não me importa o que os outros pensam. Essa é uma decisão que tomei anos atrás e que aprendi a viver e que incorporei de tal forma em minha vida que é automático o meu viver assim dessa maneira.
Hj o dia amanheceu cinza, sombrio, tímido e sem graça como minha alma.
A apatia me faz companhia desde ontem
Melhor a apatia que a tristeza
Minha falta de fé tenta me fazer desistir
Mas com teimosa esperança tento continuar.
Minha alma está tão amarga quanto meu café, talvez um pouco mais.
Há dores pelo corpo, mas não se comparam com a da minha alma.
Não abri a janela do quarto hj. Por que faze-lo? Não há sol. Não há nada que ilumine meu dia.
Minha alma chora e meu olhos molham o meu rosto, contorcido pela dor, que já não reconheço.
A solidão me devora e a tristeza me submerge no revoltoso mar da incerteza me tirando pouco a pouco, o fôlego da vida.
Olho ao redor procurando uma mão amiga que resgate das profundezas. Mas onde ela está?
Os olhos do desânimo não me perdem de vista.
Até quando lutarei?
Até quando serei derrotado na batalha da busca da felicidade?
Já nem sei se ela existe. E se existe, por que ela não me é possível?
Olho para a vida e só vejo cinza. É a mesma cor da minha alma.
Porventura meus olhos estão cegos às cores da vida? Ou a vida é tão incolor quanto minha vontade de viver?
Ciúme
Até quando sofrerei por ciúme dos olham teu corpo perfeito?
Até quando sofrerei a inveja dos que podem ver teu corpo sendo construído pelo teu dedicado esforço físico?
Esse ciúme me faz querer me transportar até onde está. E de forma invisível te seguir por onde fores.
Sinto ciúme do teu personal que ainda que de forma profissional e respeitosa, pôde ver teu corpo quase nú e conferir tua perfeição milimetricamente.
Ai meu Deus! Até quando suportarei dividir tua presença com outros?
Saber que outros olhos famintos te vêem e te desejam?
Ai de mim que pereço consumido pelo ciúme de ti.