Fabricio Canalis

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Escrevo estas lamuriosas linhas
Na esperança de nunca ter que lê-las
Ou entrega-las a ti.
Sinto minha alma fatigada em esperar de ti
Alguma reciprocidade em relação ao que sinto.
Vejo-me como um miserável mendicante
A suplicar por um pouco de carinho de ti.

Essa fadiga me gangrena a alma,
Destruindo-me pouco a pouco,
Bem lenta e dolorosamente.

Meus olhos se iludem,
Mas meu coração vê que minha morte é inevitável
Com o partir de nossas almas.

Como gêmeos siameses que fomos durante anos,
Nessa cisão um terá de ser sacrificado.
E serei eu.
Pois não poderei sobreviver fora de ti
Ou com você fora de mim.

Quero muito estar errado.
E espero em Deus que isso nunca venha nos suceder.
Foi pelo temor desse dia chegar
Que me mantive sempre inalcançável
Ou inatingível todos esses anos.
E agora que aprendi a ser tudo o que queria de mim,
O resultado final é o fim.

Onde foi que nos perdemos?
Em que parte do caminho seguimos por lados opostos?

E como pudemos prosseguir por tão longo tempo
Na ilusão de estarmos ainda caminhando juntos?
Meus olhos se abriram
E vejo que tua imagem a meu lado é só uma miragem desesperada
De quem não aceita admitir que esta só.
O sonho acabou?
Para onde iremos?
Reúno os fios de orgulho e de amor próprio
Que ainda me restam escondidos e esquecidos
Em um canto qualquer de minha alma e deixo-te.
Sim me vou embora.
Sei que morrerei sem ti,
Mas tenho esperança de que um dia
Eu possa renascer em um amor talvez não igual ao teu,
Mas apenas o suficiente para me trazer de volta a vida,
E me fazer novamente sonhar com um amor
Igualmente correspondido e devotado.
Peço-te que ao menos me deixe ficar com as crianças.
Pois seria menos penosos para mim,
Tê-las como parte de você que um dia me pertenceu por completo (?).
Finado...Fabricio

Inserida por FabricioCanalis

Gostaria de valorizar meu corpo
Na mesma intensidade
E com a mesma seletividade
Com que valorizo e alimento minha mente.

Inserida por FabricioCanalis

Meu corpo é algo
Extremamente inferior
A minha mente.
É quase um insulto!

Inserida por FabricioCanalis

Não se pode fazer um diagnóstico
Ou traçar um perfil de alguém
Simplesmente pela sua aparência.
Não no meu caso!

Inserida por FabricioCanalis

É tão infinitamente incompleto
Julgar que minha mente se resume
Ao que se pode ver
Através da minha aparência física.

Inserida por FabricioCanalis

É difícil vincular minha mente
A essa figura patética
E obesa qual reflete a lâmina.

Inserida por FabricioCanalis

Parece que a imagem que vejo
Não condiz com o eu interior.

Inserida por FabricioCanalis

Como me é penoso viver!

Arrasto-me o dia todo em um interminável caminhar,
Vigilante, mas adormecido pelo torpor da minha alma
Solapada pela angustia e solidão.

Sim o que sinto é vazio.
Solidão gelada, densa e escura.
Em minha alma há furiosa tempestade, onde o norte se perdeu
E não sei nem onde me encontro nem que rumo seguir
Meu corpo sente o peso da alma
e se torna lento, pesado e doente.

Sinto meu corpo fraco
Uma fraqueza que brota da alma.
E muito, muito sono.
Parece que há paz no sono.
Quero dormir, sim, dormir, dormir, dormir.
E quando acordar encontrar um mundo diferente e maravilhoso.

Inserida por FabricioCanalis

Meus olhos se abriram
E vejo que tua imagem a meu lado é só uma miragem desesperada
De quem não aceita admitir que esta só.

Inserida por FabricioCanalis

Onde foi que nos perdemos?
Em que parte do caminho seguimos
por lados opostos?

Inserida por FabricioCanalis

E agora que aprendi a ser tudo
o que querias que eu fosse,
O resultado final é o fim.

Inserida por FabricioCanalis

Como gêmeos siameses que
fomos durante anos,
Nessa cisão um terá de ser sacrificado.
E serei eu.
Pois não poderei sobreviver fora de ti
Ou com você fora de mim.

Inserida por FabricioCanalis

Meus olhos se iludem,
Mas meu coração vê
que minha morte é inevitável
Com o partir de nossas almas.

Inserida por FabricioCanalis

Essa fadiga me gangrena a alma,
Destruindo-me pouco a pouco,
Bem lenta e dolorosamente.

Inserida por FabricioCanalis

Sinto minha alma fatigada em esperar de ti
Alguma reciprocidade em relação ao que sinto.
Vejo-me como um miserável mendicante
A suplicar por um pouco de carinho de ti.

Inserida por FabricioCanalis

Hoje me peguei olhando
Minha imagem refletida num espelho.
Que estranho! Esse não sou eu!

Parece que a imagem que vejo
Não condiz com o eu interior.

É difícil vincular minha mente
A essa figura patética
E obesa qual reflete a lâmina.

É tão infinitamente incompleto
Julgar que minha mente se resume
Ao que se pode ver
Através da minha aparência física.

Penso que a todo instante,
No mundo inteiro
Somos classificados
Pelo que podem ver de nós.
Ou seja, nossa aparência física.

Não se pode fazer um diagnóstico
Ou traçar um perfil de alguém
Simplesmente pela sua aparência.
Não no meu caso!

Meu corpo é algo
Extremamente inferior
A minha mente.
É quase um insulto!

Entendo um pouco da filosofia
Greco-romana quando penso nisso.
“mens sana in corpore sano”.
Li essas palavras quando pequeno
Em um adesivo colado em um veículo qualquer
E ficou gravado em minha mente.

Gostaria de valorizar meu corpo
Na mesma intensidade
E com a mesma seletividade
Com que valorizo e alimento minha mente.

Penso que devo ter um firme propósito
Em mudar essa realidade do meu corpo físico.

Preciso ficar mais parecido por fora
De como sou por dentro.
Penso: quantas pessoas já se sentiram como eu?
E quantas já fizeram a mesma pergunta?
Será que sou o único?

Devo tomar uma decisão a respeito disso.
E imediatamente!
E manter-me firme no propósito
De melhorar meu físico e deixá-lo mais saudável.
Passado alguns instantes,
Isso já não me parece possível.

A minha força e determinação desapareceram.
Parece-me perda de tempo
Sair caminhando só por caminhar,
Malhar, suar e tudo sem nada construir.

Apenas para melhorar a aparência física
E ser mais fácil de ser sociável
Ou ser aceito numa sociedade essencialmente hipócrita,
Egoísta, e superficial.

Às vezes penso ser melhor e mais fácil
O relacionamento com animais do que com seres humanos.

Vemos claramente isso nos animais de sem tetos.
Eles os amam mesmo estando nojentos,
Fétidos, sujos e quase sempre sem comida.
Eles não ligam.

Querem a companhia deles e os seguem e os defendem até.
A aparência física, para eles, é o que menos importa.
E entre eles vemos companheirismo,
Partilha, carinho, sinceridade.
Uma relação sincera de cumplicidade.
Devo estar viajando!

Inserida por FabricioCanalis

Quanto mais o tempo passa
mais independente de mim elas ficam
e eu delas me torno mais
terrivelmente dependente.

Inserida por FabricioCanalis

Não consigo encontrar coragem para escrever
O que está pesando em meu coração.
É como se eu não quisesse encarar ou admitir
E deixar aflorar o sofrimento que me machuca.

E tenho medo também de não
conseguir conter as lagrimas.
Por que nos homens temos esse
medo idiota de chorar?

Hoje estou triste, depois de
um fim de semana prolongado
O qual passei com a felicidade .

Estávamos lá a trabalho claro!
Mas foi maravilhoso mesmo assim!

Ontem à noite, quanto mais se aproximava
A hora de nos separarmos,
Mais a angustiava, me apertava
e maltratava o coração


Olho a menininha passeando com seus pais,
e ela com a doce e inexorável autoridade
que são peculiares a todas as crianças,

Faz deles grandes escravos felizes,
de seus pequenos desejos e
dos seus grandes caprichos.

Lembrei-me com saudades dessa época.

Agora minhas crianças já não são mais crianças.
Não são tão caprichosas e nem
me fazem mais escravo de seu ego.

isso me faz sentir uma onda de nostalgia
inundar meus olhos já marejados.

Quanto mais o tempo passa
mais independente de mim elas ficam
e eu delas me torno mais terrivelmente dependente.

Inserida por FabricioCanalis

Quem está causando esta agonia?
Serei eu?
Por que não sossegas e se deita
em um leito de paz e quietude?

O que te aflige ó existência minha?

Inserida por FabricioCanalis

Por que tanta agonia ó minha alma?
Por que definhas e desfaleces
Trazendo-me tal desconforto e
Descompassando-me o coração?

Inserida por FabricioCanalis

Não sei o que fazer,
Sinto-me tão cansado, confuso,
Mais confuso que cansado ou o contrário.
Não sei.

Inserida por FabricioCanalis

O cortante azorrague da impossibilidade de estar agora contigo,
Rasgou-me os tímpanos ao ressonar de tua doce e alegre voz.

Inserida por FabricioCanalis

Anseio em tocar-te o corpo,
Sentindo teus lábios nos meus,
Meu sangue fervendo,
Coração acelerado,
Respiração ofegante.

Inserida por FabricioCanalis

Se soubesse o quanto a desejo.
Entregar-nos-íamos um ao outro
Como alguém sedento sorve a agua fresca de uma fonte.

Inserida por FabricioCanalis

Por que tanta agonia ó minha alma?
Por que definhas e desfaleces
Trazendo-me tal desconforto e
Descompassando-me o coração?

O que te envenena, diga-me?
Será que vês algo invisível a mim?
Ou pressentes de alguma forma imaterial
Algo do qual tentas avisar-me ou proteger?
Quem está causando esta agonia?
Serei eu?
Por que não sossegas e se deita
em um leito de paz e quietude?

O que te aflige ó existência minha?
Até o apetite me foge.

Alimento-me o suficiente pra manter vivo este corpo
Já que minha alma definha de tristeza.
Nem o alimento me é prazeroso como foi outrora.
Ó Deus ouve-me este lamurioso clamor e ajuda-me.
Tu que sondas o profundo do meu ser
E conhece-me melhor que eu próprio.
Socorre-me!
Dá-me remédio que revigore esta minha alma desfalecida,
Pois encontro-me entre a vida e a morte.
Vivifica-me a alma.
Veni creator
Veni ruah.

Inserida por FabricioCanalis