Anseio o seio que me deleite.
O agora não vê a hora de ir embora.
Não existe e nunca existirá prova que prove aquilo àqueles que não querem ver.
O que vejo não é mais nítido, quando entre mim e o mundo há este líquido.
O que mais angustia é as mãos negarem-se a escrever o que já está escrito na alma.
A vida está do avesso. E o que sei é que não há fim, nem há começo.
O despertar de um novo pensamento surge com o adormecimento de um velho rabugento.
Degusto um desgaste e um desgosto.
A dor bate no peito quando você colide de frente comigo.
A impressão que tenho mostra que o toner acabou.
Na escuridão da noite eu vejo claramente uma mente iluminada.
A única pessoa que gosta de ficar de saco cheio é o Papai Noel. E olha que ele nem existe.
Entre mim e ti há uma ligação. Não é carnal, mas é conjunção. É gramatical.
Tento um tinto e tonto um tanto.
O mundo dá voltas, mas nunca volta onde estava.
O que de mais belo existe, se não o singelo e forte elo que em mim insiste?
Seu esforço para acertar nunca será suficiente àqueles que nunca erram.
Voe alto, mas não tão alto a ponto de faltar oxigênio.
Pensar é tão ileso como escrever uma história: você pode matar, não ir preso, e se encher de glória.
Minha cabeça dói um tanto e meu corpo também. Enquanto não houver dor no coração, estará tudo bem.
Uma folha levada pelo vento é como um leve argumento: flutua, flutua e depois cai por terra.
Entre mim e ti há tanto. Entretanto, há eu e você.
Não há como ser sempre forte, do nascimento à morte.
Ainda que leve, a pena machuca quando cai sobre o justo.