Érwelley C. de Andrade ALBDF
Sabe quando você não se importa se as pessoas estão ou não te olhando, quando você está tão bem consigo mesmo que anda de cabeça erguida sem medo de errar, porque quando errar sabe bem como consertar? ... É... Este é o sinal mais claro de que você está vivendo para si e por si, não vivendo para outros e se deixando mover por opiniões alheias.
É a prova de que amar os outros não significa deixar de amar a si mesmo"
E.C.A (é, sou EU")
Saudade do vento, da brisa no rosto, do amor sobreposto, do cheiro do mato, do amor que se foi, que matou o sorriso, arrancou a alegria, tornando meus dias nada mais que agonia...
E.C.A
Entrelinhas
Meu refúgio é escrever, sei chorar não é o bastante, ponho-me então a rabiscar.
Minhas horas são cruéis, os meus dias tão penosos, passam lentos, vagarosos, posso até a cor contar.
As lembranças me invadem, meu sentir me faz penar, pouco a pouco me recordo dos momentos lindos todos, que contigo segredei.
Olhos vêem a minha falta, me perguntam quem sou eu, logo sentem a saudade de alguém que em mim nasceu.
Minha face amarga e triste me entrega aos homens maus, me retratam de alma pobre, por amar o natural.
Se me nota logo a vista, que dizer do meu lugar, minha cama, meu sossego, meu colchão, meu lamentar.
Tem o cheiro da tristeza que comovem até os anjos, todos ficam assombrados, tantos gritos de socorro, voz alguma ouve ao lado, ninguém pode me ouvir.
Quem me pode ajudar? Meu socorro há de vir.
Cada linha rabiscada, cada letra torta e feia, diz de mim, do meu tormento, me entrega aos malfeitores, dos que odeiam sentimentos.
As palavras me denunciam me definham, me envolvem, me deparo com a arma, que me mata, me devolve.
Não adianta mais mover, não me deixa encontrar-me, o meu ego, minha falta, sou do medo, sou do nada, sou as letras, entrelinhas, vagarosas mal lembradas.
Érwelley C. de Andrade ALB/DF.
...E eu, quem sou?
Pra onde vou, porque restou de um grande amor, tamanho horror?
Sim meu senhor, não sou ninguém, sou nada além, de um perdedor.
Por onde vou, porque sangrou meu coração, por tal lembrança, por esta herança de solidão?
Não sei dizer, se sou o amor, quem sabe a dor, de maquinar, a ilusão.
E eu, quem sou?
Deitado aqui, nas folhas secas, em frente o lago, sentindo frio.
Serpente escura, anjo de luz, fagulha e cruz, um arrepio.
Por quantos sou, se sou por quem, sou nada além, do ar sem som.
Planejo ver, me ouço ler, começo a ir, convoco o dom.
A brisa grita, meu olho irrita, me faz chorar, meu céu se esconde, a alma invade,
meu caminhar.
E eu, quem sou?
Sou vida e morte, a sina, o corte, ferida aberta, a maldição.
Conciso e seco, repleto e oco, refém do medo, do coração.
Refaço o mapa, revejo as falas, a conclusão!
Foi planejado! Fui rabiscado, e não nascido, fui iludido pensando ser... Sofreguidão.
Eu,
Falo porque sei dizer, digo por que sei fazer,
Faço porque sei andar, ando porque vou chegar.
Chego à beira do mar, nado sem saber nadar,
Grito até Deus me olhar, oro pra Ele me escutar.
Ouço o que o mundo diz, vivo tentando infeliz,
Rio, pois já sei chorar, choro, pois já sei sangrar.
Corto minha dor em ódio, amo porque sei amar,
Peço pra me libertar, prendo pra me apaixonar.
Queimo de paixão doente, morro de tanto sonhar,
Sonho virou pesadelo, susto corro atrás do espelho.
Vejo o meu rosto triste, penso como posso vê-lo,
Peço, não se vingue mágoa. Não! Não quero mais chorar!
Escrevo tudo na calçada, piso só pra esmagar.
Caio me levanto limpo, firme pra continuar...
"Eternos...
"Que a noite seja clara como o dia,
que seus olhos sejam brilhantes como o sol.
Que o dia realce tua beleza,
Eternizando tua face num farol.
"Se para sempre eu pudesse contemplar tamanha paz,
eu seria o mais abençoado dos seres.
Pois levaria comigo, a doce lembrança que me traz,
esta alma que emana alegria e envolve com teus poderes.
"Que meus dias algum dia faça sentido,
para que quando chegar a hora, eu possa dizer:
Conheci o mais belo do amor permitido,
Assim, poderei seguir minha viagem, sem mais sofrer.
"Outrora pudesse fazer apenas um pedido,
pediria para que fossem eternizados os meus sentimentos,
que fossem passados de um à um que se dispusesse a senti-los.
Seria minha trajetória tamanha, envolvente, pois saberia que doei um antidoto.
Érwelley C. de Andrade ALB/DF.
Alma
A alma conversa,
Diz-me e expressa.
A alma aflora,
Dependo do agora.
A alma reclama
Da dor e da fama,
A alma replica
E comigo grita.
A alma ignora
Passado e futuro,
A alma é presente,
A alma é a hora.
A alma labuta,
A alma reluta,
A alma invade,
A alma alarde,
A alma covarde.
A alma me assusta,
A alma me ofusca,
A alma me empurra,
A alma me busca.
A alma é a dor,
A alma é o amor,
A alma é a força,
A alma é o terror,
A alma é a morte,
A alma é a sorte.
A alma é o fogo
Que queima meu ser,
A alma é o medo
A alma é o querer,
A alma é a face,
A alma é você.
Um dia, um momento, uma chance.
É a brisa que me toca, é o sol que me ilumina,
E o céu que me recobre com seu manto me fascina.
É o cheiro desta terra, é o sopro deste vento,
É o canto da ave branca, é a voz que por mim chama.
É o dia, novo dia, renasceu a esperança,
Viverei cada momento, correrei feito criança.
Olho ao longe vê claro, vejo branco como a neve,
Abro um sorriso, pro teu sorriso que verei quem sabe em breve.
Dia claro, dia belo, de falar do que é meu,
De dizer do amor que sinto, de falar do que sou eu.
Viva o dia que rebenta, viva o momento qual estou.
Dia com cheiro de perfume, momento agora, oportuno.
Se vierem as dores deste instante, não quererei então chorar,
Enxugarei as lágrimas antes mesmo que venha aos olhos e...
Correrei “pra” encontrar....
Meu amor que se aproxima, com seu cheiro de romã,
Com seu jeito de me olhar.
Admirado feito fã!
Tudo em volta é outra imagem,
O que é feio belo será.
Este dia que me jogo, em teus braços para amar.
Inesquecível, inebriante, envolvidos e tontos de amor,
A bebida deste dia será forte para lembrar.
Viva o dia que hoje vivo,
Vivo a hora o momento,
Vivo o agora, vivo a vida,
Vivo o dia que é “pra” sempre.
(a relembrar o filme “A sociedade dos Poetas Mortos”)
Hoje só quero Te agradecer, Senhor!
Por tanto amor, tanta dedicação e paz.
Por tantos milagres diários, tantos amigos,
Tantas realizações.
Um certo tempo atrás, eu cria que vitória estava ligada
a um grande acontecimento.
Hoje sei que vitória é como uma cortina, que tecemos ao longo da vida...
Com dedicação, fé, determinação, amigos" amor e lealdade.
Mas por vezes agimos de forma impensada e apenas reclamamos quando algo
Não funciona, batemos, nos irritamos, choramos...
Mas, e todo o conquistado? E toda a parte tecida? Não conta?
Sim! É preciso erro para que haja acerto, não somos perfeitos.
Somos humanos, somos coração e Deus nos ama seja como for,
Ele nos segura nos braços, mesmo quando não sentimos,
É bem naqueles momentos que mais reclamamos, nos irritamos e choramos,
Estamos sendo carregados nos braços do Pai.
Ele nos aconchega, nos repreende porque nos ama, nos alimenta porque necessitamos do Seu Amor Imenso.
Por tudo e por sempre. Obrigada, Senhor!
Deus seja louvado!
E o que vale a pena?!
Lutar pelos nossos direitos, mesmo que tenhamos que gritar muito, rasgar o verbo na direção do obsoleto, do autoritarismo barato!
As súplicas por socorro são estridentes. O véu da intolerância está sendo rasgado.
As máscaras caindo e o povo sentindo o fedor da desonestidade, da falta de verdade na hora de vender o peixe podre, cheirando a âmbar gris.
Os romeiros da sabedoria, falando bonito recitando versos retrógrados.
E o que vale a pena?!
Dar um basta em imposições ridículas de elefantes brancos e mortos de fome, surrupiando direitos e deveres para com a população.
Culpados?! Eles existem?! É inviável o reboliço no banco dos réus, onde a lei é para todos e os crimes são respondidos em liberdade se reparados com fianças a preço de benefícios fajutos!
País do futebol, e também da ironia, país da alegria, e também da agonia!
Lugar de gente alegre, gente trabalhadora, lugar de cemitérios hospitalares, escolas mal acabadas!
Uma mão de tinta e pronto! Estamos prontos para receber os turistas!
E o que vale a pena?!
Érwelley C. de Andrade ALB/DF.
"Bom, chega uma hora em que é mais fácil calar do que proferir pensamentos irrepreensíveis e de possível arrependimento... "
Acima de todas as batalhas, a mais difícil de se vencer, é a que enfrentamos dentro de nós mesmos. O nosso medo e a insegurança do que e quem somos exatamente. Existe uma linha muito tênue entre humildade e hipocrisia! Poucos conseguem decidir sua própria sentença!
Escritor,
Mãos mágicas,
Imaginação fértil,
Sentimentos distintos,
Coração de tinta,
Escritor.
Escreve do amor,
Da dor,
Do querer,
Do sentir,
Do não saber,
Do fechar os olhos,
Do abrir da alma,
Do sentir-se livre,
De libertar o amor.
Escritor,
Dom de Deus,
Saber dos céus,
Não há explicações,
Apenas emoções,
Amor e véus.
Escritor,
Indaga ideias,
Reflete o mundo,
Respira a vida,
Tempera o amor...
Escritor.
Eu sofri, chorei, sorri, esfriei, gelei, sequei...
Quase morri, mas sobrevivi, e estou aqui, porque sei que amei!
Não suporto, não aguento mais...
Visíveis monstros traiçoeiros,
Lobos em pele de cordeiros.
Astros da mediocridade ligeira, vorazes.
Olhos famintos, mãos geladas, mortas, desfalecidas,
Vidas envolvidas na glória do medo, do “eu” poder fantasioso.
Queixas sem doenças, malefícios encarnados na alma, no coração, nas feridas,
Não aguento mais... Apenas ver, se como tal mortal não posso ser,
Pai, quem sou? Por que sou?! Pois nada quis viver!
Um bicho do mato, perdido na trilha, secando feito folhas no cerrado
Cigarra velha num último cantar, medos insanos!
Rostos mascarados, peles cheirosas, roupas limpas, o mundo não para.
De dentro das veias escorrem cera, a cola da maldade, a febre do ódio, o encalço do mal.
Deveras a vida foste dada para ser vivida?! Tal qual uma criança que não sabe ler!
Meus braços já não podem levantar, não quero mais chorar, não aguento mais o ver!
Os olhares estão por toda a parte, as vozes soam feito gralhas no alto da montanha,
A surdez não me é suficiente, preciso também fechar os olhos, pois, não aguento mais...
Mais uma vida saturada pela fadiga da desigualdade psicológica, a moral é imoral,
A faca está cega, Pai! Quem há de ouvir os gritos do norte?!
Ouça! São os gritos da morte! Desta vez, ninguém teve sorte!
De sorte que não existe jogo da vida, ou se tem ou não se pode comer!
A vida é incapaz de viver?! Não! Já não aguento mais...
Até onde seguirei com meus farrapos sendo arrastados pelo altruísmo dedicado à miséria geral?
Pensamentos nefastos enraízam-se dentro do meu ser, o sono vem, cerram-se os olhos,
O dia chegou!
Todos estão deslumbrantemente impecáveis!
Nêga tosca de cabelo comum, mulher menina, simples, que acha graça em coisas bobas.... Risonha, bocó, sem jeito, falante tímida (rs), sem muitas frescuras com cores e oscilações de humores... Mas que sempre vive cada momento, como se fosse único. Sou assim, feliz assim, por mim, enfim... Feliz com coisa a toa!!! Sendo apenas, mais uma"pessoa" ....
Obrigada Deus, pela vida que segue!>>>
Me perdoa pelas vezes que te enchi o saco a toa,
por carências sem sentido, mas só Tu sabes,
exatamente como ser meu abrigo.
Te amo {s2 }
Pobre do poeta que tenta relutar contra sua natureza, repele-se em sua sabedoria insana, contudo, depende das linhas de sua própria expressão para definhar-se de fato, entre vida e morte.
... Eu quero é viver, da maneira mais intensa e verdeira que for possível... "
Eu quero é sentir, do jeito mais profundo e absoluto, cada sentimento que eu desejar..."
Eu quero é ser feliz, com todas as forças do meu coração, até ele bater bem alto, no compasso do amor por inteiro..."
Eu quero... É ser "humano" verdadeiro!
Eu quero é rir bem alto e com muita alegria, até sentir a barriga doer... Eu quero é viver!
Eu quero é ficar em casa, sem fazer nada, deitar na cama, olhar para o teto, fechar os olhos e... Ouvindo minha música predileta, chorar de saudade, porque é bom saber, que sentir saudade também é viver!
Eu quero é erguer os braços bem alto e agradecer a Deus, cada minuto que posso respirar e sentir a dádiva da vida, porque muitos passam pela vida sem sequer desconfiar do que é viver.
Eu quero é saber participar, me doar, fazer sentir, me orgulhar de ser gente, gente como a gente que sai pela rua do jeito que bem entende, sem se preocupar se outros vão reparar, eu quero é autenticar!
Eu quero é acompanhar a vida, as mudanças, com nexo, compreensão, sabedoria para refazer, completar, discordar se preciso for, mostrar quem sou, e sou, porque eu vim foi para viver!
Eu quero é descansar de mim, me resguardar do não e repelir o sim, pois bem, sou humana também!
Não quero é ter que passar em branco num espaço infinito, que pede para ser rabiscado, que grita para ser moldado, e refeito quantas vezes for preciso... Isso!
Sem querer ser
Não sei ser mais que eu mesma, não me permito ultrapassar as barreiras do meu eu, e atropelar quem quer que seja. Sou deveras um pingo de chuva durante a tempestade, a faísca que vai se apagando em meio as labaredas de um incêndio.
Ser tão insignificantemente dolorido, que os ossos rangem com os passos ainda que lentos em direção ao quarto escuro e sombrio.
Que sou então, se nem mesmo sei sofrer?!
Pelos quais tantas vezes sorri, abracei, acreditei, me permiti.
Galhos secos em busca de sombra? Almas vazias derramando solidão?
Quem são? Esta não sou eu, não! Um ponto e vírgula;
Em novas histórias de fé, desprezo e frustração!
Porventura deveria comportar-me feito cobra, revirando-me na areia, para que alguém pise sobre minha cabeça e já esmagada pela maldição de ter que rastejar sobre minha própria sorte, busque apenas sobreviver?
E jaz... A natureza segue, é preciso existir. Cá estou, não conseguindo ser, apenas não mais do que sou.
Érwelley C. de Andrade ALBDF.
O ser humano é causador da sua própria ruína, colunista da sua própria história, maquiando suas mentiras, mendigando piedade de um bem que não conhece, não cumpre. Sua alma é revestida de medo e fraqueza, seu coração maquina o mal, seu corpo é recoberto de hipocrisia e seu alimento é o egocentrismo!
É da fraqueza que nos alimentamos, e é justamente nessa hora que esquecemos de onde vem as migalhas que sustentam nossa alma e cruelmente viramos as costas.
Quantas pessoas já não passaram por aqui, tentando semear um sentimento de misericórdia entre os homens. E tudo que recebemos em troca é sempre a mesma resposta: um conjunto de boas intenções, memórias de vidas que se foram sem convicção de terem alcançado seu objetivo. Meus braços estão cansados do plantio, espero que meu coração não se canse de acreditar...