Eric Jó Lopes
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Vidas
Rascunhos divinos
Apagados
Ao menor sinal de imperfeição
Desenhados
Ao menor sinal de solidão
Destino
Nuvens sopradas
Por Deuses
Distraídos demais
Para se preocupar
Com a sina de alguém
Se contagiar
Com sorrisos desconhecidos
Até estar totalmente contaminado
Para que tudo se ajeite
Para!
Que se ajeita tudo
Para quê ajeitar tudo
Se para tudo ajeitar
Separa
Para e não tem mais jeito?
Só sosseguei
Quando ceguei-me
Para o que não vale a pena
Apenas
Tomei café com você
Durante anos
Na mesma xícara
Quando ela partiu
Não foi só a xícara que ficou em pedaços
Entre um destino e outro
Seguro nas suas mãos
O ônibus completa a viagem
E eu nunca tive coragem
Só me mudo
Se for pra dentro de você
Pois não sei empacotar as minhas coisas
Não sei empacotar as minhas coisas
Só me mudo
Se for pra dentro de você
Alimente os pássaros
Quando for migalha
Sopre!
Queimar
Iluminar as trevas alheias
Eis o altruísmo das velas
Ontem
eu até queria
mas hoje
é outro dia
Ei passarinho
Já não te ouço
Faz um tempinho
Se em outra árvore
Fez seu ninho
Sei que não cantas
Mais sozinho
Às vezes
Regar pouco
É mais amor
Do que encharcar
Ser beija-flor
Reconhecer sua rosa
Em qualquer roseiral
Não tenho nada
Mas divido quase tudo o que tenho
Ninguém sabe o dia de manhã
Saudade
É quando enche de poeira
A marca do seu abraço
Escravos de Jó
Não são mais escravos
E nunca foram de Jó
São homens livres
Mulheres incríveis
Sabem que a vida é luta
Que estar sozinho assusta
Por isso fazem
Todo esse
Zig-zig-Zá