Enny Silva
Quem és tu ó morte?
Quem és tu ó morte?
Que faz olhos chorar
Boca a gritar
Sonhos a dissipar
Quem é você ó morte?
Que aterroriza a vida
Que faz aumentar a dor
Causando imenso temor
Quem é você ó morte?
O desconhecido inesquecível
O desejo que consome
O choro sem consolo
Quem és tu ó morte?
Da doença a podridão
Que não há abraço que acalente
Nem palavras que alimente (o coração)
Chego a conclusão ó morte!
Não há o que dizer por exatidão
Só o silêncio em meios a tristeza
O caos na dor da perca
Que consumirá toda nação.
Ajuda-me
Eu quero calar o meu ego
Eu desejo tomar decisões
Não quero ficar em cima do muro
Por favor não me tire a razão
Preciso de repostas
Para acalmar o meu coração
São tantas incertezas
Sufocando as emoções
Olhos lacrimejando
Palavras vazias
Dores no peito
Sem alegria
Doença da alma
Parando o meu ser
Só desejo nesta vida
O direito de viver
Não me cale a boca
Não me negue o meu falar
Gritar liberta a alma
A prisão não é o meu lar
Componho na noite
Nada mais faz sentido
Se não te trago comigo
Como noite sem luar
Meus olhos vivem para te amar
Como o dia sem sol
Os meus pés
Correm para te encontrar
Como o raiar do dia
Teus sorrisos
Me causam alegrias
Oh doce canção
Que componho sem cantar
Minhas mãos em punhos recitam
Sem parar
Como tortura sinto no corpo
A ausência do seu calor
Desejo que sinta também
O desespero desta minha dor
Grito e ninguém escuta
A solidão me atormenta
Só quero os seus abraços
Para me abraçar
Carinhos para completar
O doce mistério que é te amar
A falsa felicidade
Sorrir o tempo todo
Enganar a si mesmo e aos outros
Sabendo que tudo é passageiro
O silêncio é o segredo
Sempre esperar a noite chegar
Para que no quarto escuro
Seus olhos possam desaguar
São lágrimas oceânicas
Que teimam a rolar
A dor é tremenda
Que emenda neste chorar
Nada é tão triste do que
A certeza do lamentar
Ninguém irá te escutar
Sozinho seus anseios vem lhe importunar
Caindo na velha rotina do viva para amar
E quem ama a esse ser
Que todos notam sem perceber
Que o acalento do choro
É o abraço de quem sozinha está a padecer
És o breu que transmite o caos
És a dor que transborda no carma
És o segredo que paira no silêncio
És o apogeu que sangra da alma
Não quero falar só das minhas dores
O mundo tem derramado lágrimas demais
Chorando pelas suas percas
Talvez eu seja romântica
E amando só por desejos
Porém trago comigo uma certeza
De seguir amando-me primeiro
A vida me ensinou
Que todos passarão
Pela metamorfose da mente
Mas devemos lembrar
Que não alcançaremos a perfeição
Por sermos imperfeitos
Lembre-se
Somos humanos
E não deuses
A dor aprendizado
Dos que temem
Povo rico em cultura
Traz nos braços sua bravura
Canta na chuva ou no sol
Canta até na sepultura
Canta para não viver só
Canta versos e canções
Canta para espantar os males
Canta para ter imaginação
Povo rico em emoção
Não esmorece na destreza
Trazendo no rosto o sorriso
És o gatilho da leveza
Não quero ouro
Nem a prata
Só a certeza de viver
Cada minutos e segundos
Como se fossem os últimos