Eneio Pereira
A minha vida se resume em pequenos gestos, pequenos questionamentos, pequenas palavras, porque não há espaço para muitas coisas a não ser a conformidade.
O roteiro da minha caminhada já foi escrito, e vivo cada dia capítulos, mas espero que o término do meu roteiro tenha paz e muita harmonia.
Te perdi para perceber quão burro fui, mas peço para voltares de forma a receberes o seu devido valor.
Um belo dia o sol antecipou o seu horário, pensando que a chuva jamais o alcançava. Mas esteve errado, uma vez que a chuva não precisa de hora para chegar, enquanto o sol precisa de um tempo para brilhar.
Esperei tanto para te conhecer, e a cada dia me surpreendes. Mas quem realmente és, se a maioria te chama de futuro?
sempre fui um roteirista,até que a vida passou a escrever a sua própria história, dai passei a fazer parte do elenco.
I
A luz se confundiu,
A hora sucumbiu,
Dos pássaros escuto os assobios
E a natureza os arrepios.
II
Vi passar a fala que reluzia,
Mas a minha mente te conduzia
Tudo fiz, mas no final, se desfazia.
Onde está a paz que trazia?
III
Aquela que foi atropelada pelo destino
Aquela que morava naquele cantinho
Aquela, que cuidava como um filinho
Aquela que a garra parecia de um felino.
IV
Aquela? Sim Aquela. Aquela desceu
A sua cor desapareceu
E a sua luz aos poucos enfraqueceu.
Naquele riacho onde tudo aconteceu.
V
Pena, muita pena
Pensava que que a sua luz era plena
E quando olhava parecia que valesse a pena.
Não, não, tudo era uma farsa, apenas uma milena morena.
I
Caiu do nada.
Do nada surgiu
Aquela luz que emergiu
Tão branca como uma fada.
II
Os olhos contorceram que lhe ver
A mão esticou-se para poder a ter
Os pês sumiram em saltos para conter
E a alma abandonou o corpo para suster.
III
Mas nada, nada a impediu
Que ser trajeto fosse traçado,
Cedo ou tarde refletiu
Aquele desejo forçado.
IV
A vontade atou o desespero
Lambuzou com sabor do tempero
Aquele sobejo áspero
Como a granula do enterro.
V
Mas do outro lado, via torrentes
Com raízes de capilares
Com batimento apertado naquela estrada,
Onde a sua marca jamais será sarada.
@epereira 06/12/16
I
Vista aquela langerie transparente
Que hoje vou aparecer de repente.
Erei enrolar-me a ti como serpente.
Pois a meta é levar ao surpreendente.
II
Seu corpo será queimado ardentemente
Com as minhas mãos penetrante.
Não fujas, permaneça loucamente,
E Lute suavemente…
III
Não deixe seu folego sucintamente
Solte-o, és o meu presente.
Meu palpitar cresce lentamente.
Sinto a luz vermelha, perigo iminente.
IV
Meus olhos só te enxergam, dificilmente
Desisto quanto me tiram atenção. Francamente
Vais ficar partida, isso está escrito na minha mente.
Os afazeres, nosso inimigo. Suavemente
E o transpiro me abandona radicalmente.
Ausente, diferente
Nada é tão implacável agente
Como um sonho derramado.
Aquele que soltas, mas esta amarado.
Aquele que foges, mas te persegue.
Aquele que evitas falar, mas alguém fala e segue.
Aquele que esqueces, mas alguém te lembra.
Aquele que parece preto e branco, mas não é zebra.
Você entrou na minha vida e plantou a sua haste,
Você mudou de direção e foste para o leste.
Será que virá algum pirata para roubar essa lembrança de mim?
Acredite, se isso acontecer será o fim.
O fim de uma presença como a ferra.
O fim de uma era, fértil como a terra,
Onde chovia, onde plantar e colher
Era um dom, já não quero sofrer.