Emília Bôto
O pôr do sol anuncia o fim de um lindo dia. Avistamos no horizonte esse desenho de cores vibrantes e misturadas com a cor alaranjada.
A fidelidade é algo muito sutil. Ela se mostra nas pequenas coisas, pequenos gestos, pequenas atitudes. Vai além da ação. Se reflete nas entrelinhas das palavras e das ações.
Se você quer ser salva ou se sentir salva existem saídas. Mas se não quer, mesmo que esteja na sua frente não vai adiantar.
2022, vivi bastante, graças a Deus, infelizmente, para ver certos absurdos, o mais recente foi ver brasileiro torcendo contra a sua própria seleção por questão política.
Há um segmento social na política brasileira que é absurdamente perverso, indiferentes, de cunho verbal nocivo, maldosos para com os seus contrários.
Quando olhamos uma pessoa bonita a primeira vez é uma lindeza sem fim. E ao ver uma pessoa feia a achamos horrorosa. Ambos com o tempo passam por uma alteração da percepção que na ausência do elemento surpresa, a pessoa linda não é mais essa visão toda e o feio não é mais tão feio. A proximidade relativiza a percepção.
Tenho um insigth assistindo a história de Bruce Jenner e vejo o quanto eu me identifico com o modo competitivo dele. Eu sou competitiva. Mas há muito que tenho deixado esse lado guerreiro de lado. Após tantos acontecimentos, como a morte do meu filho. Me fez ver as coisas de uma outra forma. Por isso, minha garra, minha competitividade foram sublimados pela energia em me manter de pé. Talvez esse seja minha verdadeira competitividade. Combater a mim mesma. Acalentar a mim mesma. Querer sentir paz.
Se eu tivesse o discernimento que tive meia hora depois não teria te deixado e ido embora. Não compreendi que me pedia para ficar. O fato de me dizer que se fosse nunca mais pisaria em sua casa , me soou como ameaça e não lido bem com isso. Sem olhar para trás fui embora. Depois caiu a ficha de que tinha te feito muito mal. Gostaria de voltar e pedir perdão, mas suas palavras radicais me mantiveram distante.
Ando sem paciência com coisas óbvias ou fatos concretos que as pessoas não conseguem enxergar ou não querem ver.
Tenho raiva de contas e impostos para pagar. Sempre tem alguém ou algo para levar o tão suado dinheiro dos meus dias.
Sair e chegar. Ir onde der vontade. Não ter que dar satisfação a "seu" ninguém. Chamava isso de liberdade.
Tem hora que a energia diminui, o ânimo despenca, surge a irritação e a impaciência. São momentos que desejo ficar sozinha no meu canto. É uma forma de recarregar o que foi perdido. Se livrar desse nível alto de estresse.