Ninguém está inteiramente perdido enquanto puder lisonjear.
O amor, para durar, reclama incerteza.
Um mérito se deve reconhecer na hipocrisia: aprendeu a falar com sinceridade.
A avareza chega sempre tarde de mais, quando o supérfluo tem já chegado.
A lei protege maior número de danos do que castiga.
A calúnia nunca se farta.
Somente a curiosidade não envelhece conosco e fica sempre criança.
Só depois de praticadas, é que as faltas nos ensinam como podiam facilmente ter sido evitadas.
Não é somente das más ações que mutuamente nos arrependemos; é também das boas.
Os grandes são os mais persistentes sustentáculos da imoralidade e da religião.
Aquele que a si próprio censura, espera que o contradigam.
Somente o gênio tem a coragem de não tentar ser agradável a todos.
O idealismo é a virtude da inexperiência.
O lisonjeiro mente, até na maneira de ouvir.
Quando um louco nos louva, já não é louco.
A compaixão ocupa-nos tão exclusivamente que nada resta para socorro.
A ambição parece sempre começar onde devia acabar.
O arrependimento sincero é geralmente resultado da oportunidade perdida.
Cumprimos mais conscienciosamente o dever que não requeira consciência.
Nenhum animal entende tão pouco a natureza humana como o cão.
Muitos escritores seriam mais lidos, se tivessem escrito menos.
Há gente que concede que lhe roubem seja o que for, com excepção daquilo que não possui: honra.
Os nossos desejos ocupam maior espaço do que as nossas necessidades.
Os bons impulsos do coração são mais raros ainda que os da cabeça.
Nunca há suficientes circunstâncias atenuantes para os crimes dos pobres.