Elizabeth Gilbert
O medo é um ferro-velho abandonado onde nossos sonhos são largados para definhar sob o sol escaldante.
Faça aquilo que o estimula. Siga suas fascinações, obsessões e compulsões. Confie nelas. Crie aquilo que faz seu coração bater mais forte.
"O vício é a marca registrada de cada história de amor baseada em paixão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração concede a você uma dose inebriante, alucinógena de algo que você nunca se atreveu a admitir que você queria - um speedball emocional, talvez, composto de amor estrondoso e turbulenta excitação. Logo, você começa ansiando por atenção intensa, com a faminta obsessão de qualquer viciado. Quando a droga é negada, você prontamente torna-se doente, louco, e empobrecido ( para não mencionar ressentido do fornecedor que encorajou esse vício em primeiro lugar, mas agora se recusa a desembolsar mais da boa porcaria, apesar de você saber que ele tem escondido em algum lugar, droga(!) , porque ele costumava dar a você de graça). A próxima fase o encontrará esquálido e tremendo em um canto, certo apenas de que você iria vender sua alma ou roubar seus vizinhos apenas para ter "aquela coisa" pelo menos mais uma vez. Enquanto isso, o objeto de sua adoração agora rejeita você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca conheceu antes, muito menos alguém que ele amou uma vez com grande paixão. A ironia é que dificilmente você poderá culpá-lo. Quero dizer, examine-se. Você é uma bagunça patética, irreconhecível até mesmo para seus próprios olhos. Então é isso. Você já chegou ao último destino da paixão - a desvalorização completa e impiedosa de si mesmo." - Elizabeth Gilbert -
A tristeza profunda é quase um local específico, uma coordenada em algum mapa do tempo. Quando você está nessa selva de tristeza, não consegue imaginar que um dia conseguirá encontrar a saída para um lugar melhor. Mas, se alguém lhe garante que também já esteve nesse mesmo lugar, e conseguiu sair dele, isso às vezes traz alento.
Tenho um histórico de tomar decisões muito rápidas em relação aos homens. Sempre me apaixonei depressa e sem avaliar os riscos. Tenho tendência não somente a ver apenas o que há de melhor nas pessoas, mas partir do princípio de que todo mundo é emocionalmente capaz de alcançar seu potencial máximo. Já me apaixonei pelo potencial máximo de um homem mais vezes do que consigo enumerar, em vez de me apaixonar pelo homem em si, e em seguida agarrei-me ao relacionamento durante muito tempo (algumas vezes, tempo demais), esperando que o homem chegasse à altura de sua própria grandeza. Muitas vezes, no amor, fui vítima do meu próprio otimismo.
Estou aqui. Eu amo você. Não me importo se você tiver de passar a noite inteira acordada chorando, eu fico com você. Se você precisar dos remédios de novo, não tem problema, tome – eu vou amar você do mesmo jeito, se fizer isso. Se você não precisar dos remédios, vou amar você do mesmo jeito. Não há nada que você possa fazer para perder o meu amor. Vou proteger você até você morrer, e depois da sua morte vou continuar protegendo você. Sou mais forte do que a Depressão e mais corajosa do que a Solidão, e nada nunca vai me desanimar.
Ultimamente, quando me sinto sozinha, penso: Então fique sozinha, Liz. Aprenda a lidar com a solidão. Aprenda a conhecer a solidão. Acostume-se a ela, pela primeira vez na sua vida. Bem-vinda à experiência humana. Mas nunca mais use o corpo ou as emoções de outra pessoa como um modo de satisfazer seus próprios anseios não realizados.
Ser totalmente visto por alguém, e, então, ser amado de qualquer forma - esta é uma oferta humana que pode beirar o milagre.
Algum dia você vai olhar para trás, para este
momento da sua vida, e pensar que época deliciosa de luto foi. Vai ver que estava lamentando a sua perda, e que o seu coração estava despedaçado, mas que a sua vida estava mudando.
As pessoas sempre se apaixonam pelos aspetos mais perfeitos da personalidades do outro. Quem não gostaria? Qualquer pessoa pode amar as partes mais maravilhosas de outra pessoa. Mas esse não é o truque inteligente. O truque realmente inteligente é este: você pode aceitar as falhas? Você pode olhar para as falhas do seu parceiro de forma honesta e dizer, "eu posso trabalhar em torno disso. Eu posso fazer alguma coisa com isso."?
Há tanta coisa sobre o meu destino que eu não posso controlar, mas existem outras coisas que estão sob a minha jurisdição. Eu posso decidir como eu gasto meu tempo, com quem interajo, com quem partilho o meu corpo e vida e dinheiro e energia. Eu posso escolher o que eu posso ler e comer e estudar. Eu posso escolher como vou encarar as circunstâncias infelizes em minha vida, se eu vou vê-las como maldições ou oportunidades. Eu posso escolher minhas palavras e o tom de voz em que eu falo com os outros. E acima de tudo, eu posso escolher meus pensamentos.
Quando você está perdido naqueles bosques, às vezes leva um tempo para perceber que está perdido. Durante muito tempo, você pode se convencer de que você acabou de se afastar do caminho, que você vai encontrar o caminho de volta para o início da trilha a qualquer momento. Em seguida, a noite cai de novo e de novo, e você ainda não tem ideia de onde está, e é hora de admitir que você se desviou para longe do caminho e que você nem sequer sabe mais em que direção o sol nasce.
Na maior parte do tempo, as pessoas só estão pensando em si mesmas. Não têm tempo para se preocupar com o que você está fazendo ou se está fazendo bem, porque estão absortas nos próprios dramas. A atenção das pessoas pode se voltar para você por um momento (se você tiver um sucesso ou um fracasso público fenomenal, por exemplo), mas logo se voltará para onde sempre esteve: nelas mesmas. Embora a princípio possa parecer terrível e solitário imaginar que você não é a prioridade de ninguém, essa ideia pode ser incrivelmente libertadora. Você é livre, pois todo mundo está ocupado demais consigo mesmo para se preocupar com você.
Estou escolhendo a felicidade em lugar do sofrimento, eu sei que estou. Estou criando espaço para o futuro desconhecido encher minha vida com surpresas que ainda estão por vir.
A vida foi-lhe dada; é seu dever (e também seu direito como um ser humano) encontrar algo de belo na vida, não importa o quão pequeno.
Nunca se esqueça de que, um dia, em um instante de espontaneidade, você reconheceu a si mesma como uma amiga.
Nós buscamos a felicidade por toda parte, mas somos como o mendigo da fábula de Tolstói, que passou a vida sentado em cima de um pote de dinheiro, mendigando centavos a de todos os passantes, sem saber que sua fortuna estava bem debaixo dele o tempo todo. O seu tesouro - a sua perfeição - já está dentro de você. Porém, para acessá-lo você precisa deixar pra trás o frenesi da mente e abandonar os desejos do ego, e adentrar o silêncio do coração.
Em algum momento, você tem que se libertar e ficar quieto e permitir que o contentamento chegue até você.
Desejar outra pessoa é talvez o esforço mais arriscado de todos. Assim que você quer que alguém realmente te queira, é como se você tivesse pegado uma agulha cirúrgica e suturado sua felicidade na pele daquela pessoa, de modo que qualquer separação agora provoque um ferimento lacerante.
Nós não percebemos que, em algum lugar dentro de todos nós, existe um eu supremo que está eternamente em paz.