Eliézer Aguiar

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Vivo sem fazer de conta
Que o que conta não importa
Que o passado é letra morta
Pro futuro que desponta.
Por isso nada amedronta
O traçar da minha lida
Na descida ou na subida
Não falseio os passos meus.
Tá pendurada com DEUS
A conta da minha vida.

Glosa: Eliézer Aguiar
Mote: Cidoval Morais de Sousa⁠

Inserida por eliezeraguiar

⁠Esporei o cavalo do destino
A procura de alguém leve e singela
O achado deixou grande sequela
Me fazendo de novo um clandestino
Eu pensava não ser mais um menino
Porque tudo na vida eu aprendia
Mas a aula que me falta fazia
Recebi como um chute na canela
Que a pior solidão é sempre aquela
Que vivemos em falsa companhia.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Eu sou hóspede do mundo
Minha casa é a floresta
O céu é pequena fresta
Onde do luar me inundo
No espaço dum segundo
Tenho um belo espetáculo
Quando o sol no seu pináculo
Traz a lua pruma dança
E meu coração balança
Sem encontrar obstáculo.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Ouvindo o som dum baião
Meu viver eu retempero
Pois na falta de quem quero
Pra aquecer o coração
Ouço a voz da solidão
Me tratando com bondade
Embalando a mocidade
Num caminho só de ida
Na serenata da vida
Só tem canção de saudade.


Mote: Cidoval Morais
Glosa: Eliézer Aguiar

Inserida por eliezeraguiar

⁠Quando vou partilhar conhecimento
O respeito é sempre o primeiro passo
Para evitar perder o compasso
Nessa lida eu não tomo assento
E no palco da sala apresento
Coisas boas que podem agregar
E a força que tenho para mudar
Eu entrego a todos com carinho
Não pretendo a aluno dar caminho
Quero apenas faze-lo caminhar!

Inserida por eliezeraguiar

⁠Eu evito alta velocidade
E não curto cantada de pneu.
Se alguma ação minha ofendeu
Eu recuo em prol da civilidade.
Prezo sempre pela fraternidade
E a mensagem do bem irradiar,
Mas se houver um trem pra descatitar
Eu amolo a peixeira com lambida
São nas curvas estreitas dessa vida
Que às vezes é preciso acelerar.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Se a física é a força validada
Temos quatro que ganharam Nobel.
Se insistem em negar-lhes um papel
A escrita não será apagada.
Se lhes tiram espaços na jornada
Procurando anular a natureza
A história nos dá uma certeza
Que ninguém priva sua liberdade.
Se alguém nela ver fragilidade
Nela é onde encontro fortaleza.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Se eu lembro da banda Roupa Nova
Te cantando pra ser a minha Dona,
Meu esforço você não sanciona
E de pronto a ação você reprova.

Eu sou visto tal qual um Casanova
Ou alguém de atitude fanfarrona,
Mas te quero pra ser minha madona
Se quiseres a ti eu mostro prova.

Se me deres um pouco de espaço,
Te devolvo-o dobrado em doçura
Embrulhada em pacotes de abraço.

Abra mão dessa sua armadura
Que sequelas não deixa meu amasso
Pois o laço que faço é com ternura.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Um buquê só é clichê
Quando for mal empregado
Mas contextualizado
Surpreenderá você.

E mostrar um bem-querer
Muito bem elaborado
Com cuidado e resguardado
Para então te oferecer.

Como se fosse semente
Eu quero na sua mente
Os meus atos fazer lavras

Também quero ter contexto
Pra te mostrar que meu texto
Tem bem mais do que palavras.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Não tem nome nem pronome
Pra minha disposição
Pode enfileirar o cão
Que num croque tudo some
Se precisar que eu tome
Uma jarra de coalhada
Pode ser de colherada
Também tomo de canudo
Quem não tá pronto pra tudo
Também não serve pra nada.

O movimento da vida
Depende do coração
E o fruto da nossa ação
Dá qualidade à partida
Então não negue guarida
A alguém na sua jornada
Tenha a alma preparada
Pra azarado e pra sortudo
Quem não tá pronto pra tudo
Também não serve pra nada.

A vida é um sobe e desce
Nos caminhos do destino
Por isso meu peregrino
Evite o que te enfurece.
Não tema o que te padece
Tenha a alma animada
Se prepare pra risada
E não fique carrancudo.
Quem não tá pronto pra tudo
Também não serve pra nada.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Sou um cara da paz e não faço guerra
Dou uma boiada para evitar briga
Eu fujo ligeiro de qualquer intriga
Na tranquilidade o meu passo não erra
Quem quer fuleragem comigo se emperra
Pois essa semente não vai semear
Na minha lavoura só deixo plantar
Semente de amor, de paz e de bem
E que dê bons frutos no peito de alguém
Nos dez de galope na beira do mar.

Inserida por eliezeraguiar

⁠Eu garimpo e lapido para ti
O que há de melhor em nosso mundo.
Eu evito o raso e piso o fundo
Oferecendo o que de melhor vi.
Analisando os fatos descobri:
Eu pergunto, mas não sou perguntado;
Sempre lembro, mas nunca sou lembrado
E a incerteza o meu peito tumultua
Se eu morrer de saudade a culpa é tua
Que nem mesmo um bom dia tem me dado.

Inserida por eliezeraguiar