Edgar Fonseca
Um resto de mim, existe pensando no que seria viver sem a minha alma, mas, uma parte do ser que habita dentro do meu ser carnal, coexiste precionado e ambicionando ter um castelo de amor, que compense o meu desejo, emanado do prazer celestial
Ao sabor do vento que me alicia a ter um desejo valioso de amar, corro em busca da fiel presença do anjo do prazer, para que o meu espírito se acomode em torno do desejo de entregar-me incondicionalmente aos suspiros noturnos que me acalenta.
O silêncio se faz sublime nas tuas palavras, em jeito de oração enches o meu coração de insuflável alegria, só de saber que estás mais perto do meu corpo que o meu próprio espírito.
Recorremos a nossa mente para gravarmos todos os momentos que a vida nos permite viver, mas, num ápice descobrimos que somos apenas meras vaidades andantes.
Animados pela tempestade, nos deixamos sorrir, mesmo que o mar nos leve a temer pela nossa vida, mas, sobre a magia da lua cheia, nos deixamos embalar pela alegria de viver intensamente, mais um dia como se fosse último.
Os contos que descontam das nossas mentes, falarem da nossa vida, nos transformam em heróis ou vilões, no entendimento do mundo que com curiosidade quer saber que tipo de humano somos, mas, a verdade é que não buscam a realidade sobre nós, nas oportunidades que têm para nos interpelar.
Somos uma fala gritante na mente dos nossos carrascos e perseguidores da vida, que descontentes pelo nosso sucesso, vão se forjando na irmandade da nossa passagem pelo mundo, com a única intenção constante de nos aniquilarem na primeira chance que tenham.
A vida no corpo de um humano sofrido e julgado pelo bem que se vai propondo fazer, nos leva a sufocar a cada dia que passa, deixando-nos cada vez mais exaustos e flagelados pela escuridão que vai asfixiando a nossa mente.
Mesmo que a escuridão não passe nas manhãs preenchidas pelo sol que ilumine o dia mais belo de nepturno, tornamo-nos a expressão suave e balsâmica das famílias que buscam a estabilidade social e econômica, aí onde poucos ainda têm esperança de encontrar.
Não temos certeza que o amanhã chegará, mas, realizamos actos que tendem a nos levar para um futuro incerto, mesmo quando os motivos para traçarmos o novo tempo não são tão óbvios, nem concretos quanto podiam ser.
O sorriso que de graça nos oferecem, nem sempre está acompanhado de Graça Espiritual, por isso, tenhamos atenção em acolhermos tal simpatia, porque pode estar acompanhado com apatia.
Os raios do sol que nos envolvem, levam-nos a estar protegidos pelos males que nos vão atirando ao longe pelos nossos perseguidores inconfessos, por isso, deixemo-nos atingir pelo brilho do sol, para que a proteção Divina revele o pó do mal dos sentimentos das pessoas que nos querem ver cair.
Temos um compromisso com a sociedade e com a Nação, infelizmente, quando somos adultos já pertencemos apenas ao seio da nossa família, somos o reflexo de um Estado e tudo o nosso comportamento é deveras censurado pelo povo.
Os bons ofícios de um funcionário público, reflete a boa ou má educação recebida no seio dos seus progenitores, pois, somos relativamente resultado daqueles que nos deram as primeiras orientações para seguirmos pelo mundo.
O dever patriótico de cada cidadão, começa ao acordar, quando este se enche de motivação e de intelecto para dar o seu melhor em prole do Estado e do povo, que seguramente tem em cada angolano a certeza de um futuro próspero.
O sangue que derramamos nos treinos será o sangue que pouparemos na guerra, por isso, não nos esqueçamos, que todo o sacrifício que consentimos numa vida presente, será o reflexo da nossa satisfação numa vida futura.
Gerir a máquina pública, não é gerir um bem privado, por isso, a nossa gestão tem de ser feita, tendo em conta a satisfação dos anseios da coletividade, pois, o povo é a base e o fundamento da gestão de um gestor público HONESTO.
O seminário preparou-me sabiamente para a vida, realizei nas paredes espiritanas, dois anos de propedêutico a filosofia, tendo rumado para ULA onde fiz um ano propedêutico para início do Direito, hoje somo e sigo em busca de bem estar para o povo, desagradando gregos e troianos, mas, sigo como cavalo de batalha, para a vida de alguns angolanos que nos confiam a sua sede de justiça.
O povo choro e clame por um prato de comida a mesa, a insensibilidade dos Governos no mundo, levam-lhes a simular a busca de solução por intermédio de realização de galas de doações, mas, estas doações satisfazem os interesses dos seus promotores.
As dívidas contraídas pelos Estados junto do FMI, não satisfazem os anseios da Nação devedora, pois, ninguém se endivida com intenção de enriquecer o seu credor, nem mesmo o credor tem de exigir o devedor a gastar o dinheiro requerido com base na sua vontade.
As medidas de austeridade impostas pelo FMI para as Nações, suas devedoras, não passam de manipulações insípidas, pois, quanto mais os Estados devedores sufocam econômica e financeiramente, mas, o Fundo lucra e os Estados devedores entram em ruína.
Os Estados que muito se endividam, pouco ou nada prosperam, pois, todos os programas feitos para o suposto progresso social e econômico dos seus povos, são sempre impostos pelos seus devedores, daí que, nunca atingirão as metas da estabilidade macroeconômica para o bem das suas Nações.
Os maiores finaciadores do FMI são os Estados ditos RICOS, que num jogo de inteligência aceitam nos seus territórios, dinheiro proveniente dos Estados com um grande índice de corrupção, tráfico de droga e outros males, que a seu tempo accionam o mecanismo de suposta denúncia de fraude financeira e ficam com o dinheiro que eles mesmos emprestaram.
A dívida contraída pelos Estados africanos junto do FMI, são em regra impagáveis, pois, muitos governantes em África desviam o dinheiro financiado e, de forma engraçada e quase que de forma mágica, o dinheiro volta para o seu dono inicial, que é o FMI.
A forma mais eficaz dos Estados conhecerem a sua estabilidade macroeconômica, passa necessariamente pelo árduo trabalho, pela busca da auto-suficiência do seu povo, que garantirá a sustentabilidade dos seus orçamentos.