Edgar Fonseca
O difícil no mundo não consiste em vivermos, consiste antes, em sabermos quem somos e, qual é o fundamento da nossa existência.
A tranquilidade para nossa alma e para nossa mente, encontra-se na ignorância do nosso agir, mesmo quando conhecemos a solução concreta para uma situação de pressão psico-emocional.
Somos seres complexos por natureza, mas, a natureza complexa onde habitamos, nos dá a possibilidade de sermos melhores do que pensamos ser.
Nada do que possamos fazer na vida, será suficiente para que não nos olhem como culpados pelo sofrimento de muitas pessoas no mundo.
Ainda que busquemos motivos para trilhar o caminho do bem, muitos nos irão pressionar para que sejamos parte do mal que assola o mundo.
Os passos dados com honestidade, num mundo onde todos gladeiam contra todos, muitas vezes parece não se justificar, mas, a nossa persistência no bem fazer, nos torna diferentes entre os diferentes.
O mundo que se fecha em nós, nunca esteve aberto nas nossas cabeças, pois, somos a realidade do mundo que exteriorizamos e que todas as outras pessoas pouco ou nada conhecem.
Por muitos bens materiais que tenhamos na vida, nunca seremos plenamente felizes, pois, se por um lado, alguns se aproximarão de nós por interesse, outros se afastarão de nós por ódio, por acharem que não somos merecedores do que possuímos.
Definimos a nossa vida sobre a qualificação dos olhos de outras pessoas e, não nos damos a oportunidade de nos aceitarmos tal como somos e vivemos.
A vida que vem depois que morremos, não se manifesta antes que os nossos olhos se fechem, mas, imaginamos tudo o que nos tornaremos, quando não mais estivermos perto do nosso corpo mortal.
O resto da nossa vida, muitas vezes é conhecida no dia da nossa morte, quando algumas quantas pessoas, insistentemente se atribuem o direito de fazerem juízo de valores, sobre o que fomos ou sobre o que deixamos de ser enquanto ainda respirávamos.
A razão humana é cada vez mais enigmática, pois, quando os vivos precisam de ajuda esta não lhes é prestada, mas, quando partem para eternidade, tudo lhes é dado, até mesmo o que não é útil e necessário.
O único caminho mais seguro para alcançarmos a nossa felicidade é não conhecermos a luz dia, pois, nenhum ser inexistente sofre quando não está nascido.
🗣O povo grita sobre o pejo do seu sofrimento e, muitos politizam sobre a miséria do povo em busca de voto.
Sem receio o povo chora em busca de pão para os seus filhos, mas, a sua ignorância, os inibi de pressionar quem os governa de garantir dias melhores para os seus filhos sofredores.
O povo é o garante do poder dos governantes, por isso, devem ser acarinhados para que os Governos possam existir e fazer sentido.
Um povo que não conhece a sua importância dentro de um Estado Democrático e de Direito, é um povo sem existência.
Quando um povo não sabe que tipo de governante procura para condizir os seus destinos e os destinos dos seus filhos, este povo nunca perceberá a sua real importância no contexto político e social do seu País.
O povo que se torna espectador dos feitos negativos dos seus governantes, acaba por ser igual a um cão adestrado que se submete às ordens e ou estímulos passados pelo seu adestrador.
O político que vê na burocracia um modo eficaz de governar, se assemelha a um palhaço que se convence de que os truques que usa em palco para o seu público são tão reais, quanto a sua própria existência.
A política é uma arte de conquista de poder e não uma fantochada, por isso, só os verdadeiros artistas conseguem perceber os métodos eficazes a se terem em conta para pintar o quadro da boa governação.
As políticas reactivas, nunca foram eficazes, nem capazes de resolver os problemas de uma Nação, pois, uma Nação que se quer próspera tem de ter e conceber políticas proactivas e exequíveis.
O povo é a medida justa de um Governo, por isso, quando um Governo falha nas suas ações, atribui a sua incapacidade ao povo que nele confiou.
A pandemia que assola o mundo, tem servido de barómetro para avaliar a capacidade dos Governos agirem com eficácia em favor do povo que neles confiaram.