Edgar Fonseca
Os Estados qualificados como pobres, são na verdade Estados, cujos Governos não são suficientemente capazes de explorar com eficácia as riquezas existentes nos seus solos, sub-solos, mares ou outros sectores estruturantes ou fraturantes dos seus territórios.
A prosperidade de um povo não se revela nos programas políticos, pois, o povo é o caminho e a chegada firme que garante o progresso social e econômico de um Estado.
Lentamente, sublinho o tempo em que te tornaste a mais bela arte aos olhos dos teus filhos, tão linda e majestosa, que animas e convertes o mundo de quem contigo convive em grande certeza de que vale apenas viver, neste mundo tão incerto e conturbado que é a terra.
A corrupção tem como corolário a fraca capacidade que o cidadão tem, de adquirir meios básicos de subsistência para si e sua família, resultante da má remuneração salarial.
Um povo que não sabe o valor real da sua força de trabalho, não percebe o que ganha, nem reclama pelo mau pagamento que lhe atribuem.
Quando um povo não trabalha para atingir a prosperidade, não reclama, nem se opõe perante aos sistemáticos aumentos fiscais absurdos de que os seus governos lhe impõem, pois, um IRT colocado sobre o salário desgraçado do povo, é claramente um insulto à dignidade e a miséria das famílias.
Devemos temer por um futuro triste economicamente, pela pressão e pelas austeridades que o credor do nosso Estado tem nos imposto, pois, todas as medidas até agora impostas pelo FMI a Angola, colocam cada vez mais o povo abaixo da LINHA DA POBREZA EXTREMA.
Fornecer energia e água ao povo é um dever básico dos governos pelo mundo, porém, se estes bens elementares não chegam a população em tempos normais, que garantia tem o povo, que agora com a pandemia e sob pressão do reinício das aulas a água jorrará em abundância nas escolas?!
O realismo sobrepõe ao ideal, por isso, não podemos atinar na ideia de vivermos um novo normal, quando a realidade do nosso País, não expira sequer confiança para expormos os nossos filhos ao risco eminente de serem contaminados pela COVID-19, circulante nas salas de aulas.
Há um ruído na fala dos beligerantes da nossa vida, que em meio a inquietude não conseguem perceber porque razão não falamos da vida dos outros, mas, ainda assim, nos consideram arrogantes e convencidos por apenas sabermos falar de nós.
A melhor fórmula para vivermos as alegrias ínfimas do mundo, passa por sabermos falar mais de nós e da nossa curta metragem que é a nossa vida, porque muitos irão nos julgar por sermos bons e outros nos irão julgar por sermos maus, daí que, no final de tudo, o que mais importa é termos um carácter digno.
Muitos degraus ser-nos-a posto pela frente pela vida, mas, poucos passos saberemos dar para atingirmos o cume da nossa prosperidade, pois, alguns figurantes da vida se irão passar por amigos, para nos destruir, mesmo que não haja um motivo aparente.
Em pequenas coisas, encontramos a esperança de um futuro risonho, sobre um presente mal concebido, estão talhadas vivências de um passado jamais construído.
A orfandade consome os homens mais sérios desta terra, que sob a vivência amarga das suas vidas, nunca conheceram o real amor de seus pais, talvez porque mesmo vivos fisicamente, esses pais, há muito tivessem morrido na mente e coração dos seus filhos.
Cravamos os mistérios sobre a nossa passagem pelo mundo, como se de um teatro se tratasse, onde a certeza sobre o final previsto no guião da vida, encontra-se secretamente escondido na mente do seu director de produção, que no teatro real da nossa vida chama-se DEUS.
‘’Criamos convicções de que é possível existirem amigos na e para vida, mas, quando menos esperamos, nos apercebemos que somos amigos do nosso próprio eu e, que os pseudo-amigos que ao longo da vida nos acompanham não passam de meros juízes, que censuram a nossa vivência com alguma credulidade.”
Santificamos o dia em que nascemos sob o mérito do esforço da mulher que nos trouxe ao mundo, como guerreiros altivos e destacados, aprendemos a lutar pela vida, num campo de batalha cujo inimigo são apenas expressões nostálgicas da nossa mente.
“Sobre pequenas palavras escritas com letras de bronze, cantarolo sobre a mente dos filhos sofridos desta Angola à fora, sem medo do tempo que passa, me assumo velho num corpo de jovem, que pretende ser jovem no corpo de velho, quando este tempo chegar.”
“A racionalidade nos torna reféns de uma vida pouco ostensiva e ousiosa, o que leva a que os quatro tenebrosos pontos da nossa vida, nos tornam em alvos de julgamentos silenciosos e conspiratórios de muitos que se juntam a nós como amigos, mas, que conservam em si a única intenção de se certificarem da nossa QUEDA.”
“O anonimato, em certa medida da vida, nos torna uma verdadeira estrela cósmica, que na estrada da vida tudo pode e deve e não precisa prestar contas ao mundo, por isso, sejamos mais anônimos possível que a vida nos correrá da melhor forma.”
Há geração COVID irá revolucionar o mundo, pois, a forma como os países se estão a preparar para formar os seus cidadãos, mostra que a filosofia do ensino presencial e as relações interpessoais físicas, estarão ultrapassadas no tempo e no espaço.
Alguns universitários, licenciados, mestres e doutorados, tornam-se apenas meras utopias do saber pelo mundo, pois, da Universidade a vida prática, apenas conhecem o desemprego como o fundamento do seu aprendizado.
O entusiasmo político, atiça a vontade da juventude em ver a sua vida cada vez mais desenvolvida, mas, os programa políticos criados pelos Governos não contemplam a juventude como prioridade, pois, as políticas actuais têm em vista a preparação da velhice dos actuais políticos.
Os jovens devem aprender a buscar a sua auto-satisfação com trabalho e autonomia; pois, enquanto dependerem dos financiamentos para se afirmarem como seres úteis para sociedade, viverão aprisionados aos bancos e/ou aos seus financiadores.
Poucos sabem manejar a banca e, muitos dos que sabem, não se predispõem a ensinar, daí que, o mundo apenas sorri para quem torna a banca a sua empregada, que mesmo dormindo, muitos ganham na proporção justa em que uma instituição financeira bancária ganha.