Dra Marislei Brasileiro
Em tempos de incerteza geral, não me peça certezas pétreas. Faça bem feito o que é do hoje, pois amanhã tudo pode mudar.
Em tempos de crise coletiva formam-se quatro grupos diferentes: os que sofrem e sentem medo, por si e pelos demais e se paralisam, tornando-se um peso; os que pensam tanto que, estáticos, nada fazem para melhorar a situação; os intuitivos, que temem o pior, por isso preferem dar um passo atrás, impedindo que vidas sejam salvas; os que agem precipitadamente, gerando transtornos a si e aos outros. Em tempos de crise coletiva, sinta medo, mas busque coragem para se libertar. Pense, mas aja depois e use a intuição para aperfeiçoar sua prática. Assim, em tempos incertos, pequenos atos, coordenados, podem significar muito para solução de problemas coletivos.
Uma história emocionante de uma paciente idosa que sobreviveu à Covid-19 (SARS-CoV-2) - linda história. “Eu fiquei internada naquela gélida UTI por 12 dias. Sinceramente já havia me despedido, em pensamento, de minha irmã - única parente próxima. Sabia que iria morrer. O corpo moído, a dor e a febre não eram piores que a falta de ar. Chegava um e outro profissional de saúde. Manuseavam meu corpo inerte. Agulhas, tubos, toques frios e mornos, mudança de leito. Eu pensava: fiquem longe de mim, não se aproximem, vão morrer também. Mas eles insistiam, falavam umas palavras que eu não entendia: saturou, descompensou, rebaixou...ai..ai. Eu não sabia quem era quem. Mas tinha uma que sempre me chamava pelo nome, segurava minha mão com a luva fria, mas dava para sentir um calorzinho vindo daquele corpo cansado. Nunca esquecerei aqueles olhos castanhos por detrás dos óculos de proteção. Ela dizia: aguente firme, já vai melhorar. Os dias passavam. Já estava fora de mim. Por duas vezes fui ao céu e voltei. Mesmo sedada, parecia que eu via tudo ao meu redor. Amanhecia e anoitecia, sem que eu definisse se era dia ou noite. O teto branco era meu céu. Vez ou outra eu pensava: agora é o anjo que veio me buscar. Não. Era ela novamente - aqueles olhos castanhos pareciam sorrir, como um sinal de estímulo. Os dias passaram e sentia meu ar e meu sangue voltarem ao meu corpo. Graças à Deus estou indo para casa hoje. Pedi meu celular para escrever esse depoimento. Queria agradecer a todos que me salvaram a vida. Um grupo me esperava. Recebi um parabéns da médica que me avisou que estava de alta. O Enfermeiro me explicou que eu deveria continuar tomando os medicamentos e que a técnica de enfermagem me levaria de cadeira de rodas até a saída. Quando olhei para a técnica que me ajudou a sentar na cadeira, vi aqueles olhos castanhos que tanto me iluminaram e me deram forças para aguentar firme. Chorei copiosamente! Meu corpo sentiu seu toque quente e sua mão firme. Parecia que as células estavam todas em festa. Assim como a equipe que se despediu em aplausos. É gratidão. Não sei o nome de nenhum dos profissionais que cuidaram de mim, mas jamais me esquecerei daqueles olhos castanhos - da técnica de enfermagem.”
Mães são paradoxais, mas incríveis!
É fato que toda mulher possui o instinto materno, mas nem todas nasceram com o dom de transformar um ser pequenino em adulto bem resolvido.
Algumas, cientes disso, usam frases de impacto que, de uma forma ou de outra, formam cidadãos de bem. Algumas delas já foram usadas por mães que nunca precisaram usar da palmada, mas sempre olharam no fundo dos olhos dos filhos, todos os dias:
Filho abusado: “Vem gritando que eu piso em seu pescoço”.
Filho que sofreu bullyng: “É bom pra você aprender a largar de ser besta”.
Filho que tirou nota baixa: “Toma esses livros. De agora em diante vai ter que fazer tarefa sozinho! Até que suas notas estejam acima de 8,0, não toca em nada eletrônico”.
Filho bolha: “Se eu receber outra reclamação de sua professora eu te arrebento”.
Filho ladrão: “Vá devolver essa caneta ao seu colega agora, senão eu quebro em sua cara”.
Filho mentiroso: “Mente que eu arranco sua língua”.
Filho birrento (na rua): “Filhinho, vamos ali, perto daquela árvore, cheia de varinhas, que vou te mostrar uma surpresa”.
Filho do quarto bagunçado: “Agora que joguei tudo no chão....arrume, que daqui a pouco eu volto, senão vou jogar no lixo tudo o que eu encontrar fora de lugar”.
Filho carente: “Dá aqui um abraço de 10 minutos”.
Filho barbado: “Tá pensando que eu vou te sustentar a vida inteira? Pode cuidar de arrumar outra teta!”.
Filho desastrado: “Quebrou de novo? Chega! O próximo vou arrancar de seu couro! Quando você trabalhar vai aprender a valorizar suas coisas”.
Filho ateu: “Fique à vontade. Quando precisar de proteção espiritual, ore para Karl Marx que ele te protege!”.
Filho doente: “Mamãe está aqui. Daqui a pouco você estará bem melhor! O que mesmo que aprontou desta vez?”.
Filho que reclama do pai: “Ih! Precisava ver os outros que conheci antes dele!”
Filho que ainda não passou em concurso: “Por que atendeu minha ligação se ainda não teve aprovação?”
Filho que teve sucesso: “Fez sua obrigação”.
Filho que tem filho: “Encoste a mão em meu neto que te acabo, menino! E completa: Venha cá meu netinho, vovó protege você!”
Mãe é Mãe... complicado, mas é quem nos ama de verdade.
Houve um tempo em que tivemos que esperar, sem parar.
Caminhar, sem correr.
Cumprimentar, sem tocar.
Compartilhar, sem um obrigado esperar.
Sorrir, sem se mostrar.
Se despedir, sem abraçar.
Chorar, sem as lágrimas enxugar.
Revoltar, sem ter a quem culpar.
Orar, sem saber o que pedir.
Cuidar, sem a certeza da cura.
Acreditar, sem jamais desistir.
Agradecer, sem merecer.
Repensar, sabendo que o que fomos, nunca mais seremos.
Quando você diz "estou pronto para doar", o universo todo conspira a seu favor e você se torna, não somente um canal de abundância, mas uma fonte incalculável de prosperidade.
Fique longe das pessoas que te querem como agenda pessoal grátis (APG) ou como babá de cérebro (BC)!
Sofre quem deixa para depois. Mais ainda quem deixa o tempo passar na esperança de poder dizer: "eu tentei, mas não deu tempo!".
Em 2020 um vírus nivelou os países. Ao passar pelo mesmo problema, cada um revelou sua maturidade política, social, econômica e moral. Ao final, todos aprenderam que é preciso valorizar o essencial.
A história registrará o que os profissionais de enfermagem estão a fazer pelas pessoas.
A história registrará que são os Enfermeiros que estão a construir protocolos aos Ministérios.
Que estão à frente das Vigilâncias Sanitárias sem poder de polícia.
Que monitoram os sinais vitais dos pacientes internados nas UTIs.
Que socorrem os que estão nas ambulância e UPAs.
Que classificam os que chegam com dispneia nas emergências.
Que vão atrás dos sintomáticos em suas casas.
Que constroem cartilhas para crianças aprenderem como fazer prevenção.
Que saem com caixas de vacinas em busca dos que não se vacinaram.
Que fazem os partos naturais, longe dos contaminados hospitais.
Que zelam pelos idosos, em suas casas ou não.
Que lutam por dias melhores frente às entidades de classe e parlamentos.
Que são voluntários nas frentes de batalha.
Que são cientistas em busca de respostas viáveis.
Que gerenciam um exército de agentes e que, se todo o sistema falhar, são eles que preparam os corpos, longe dos familiares, com o sentimento de que lá fora, tudo poderia ser diferente. Ah! Se a Enfermagem falasse mais e se fosse ouvida mais vezes.
Alerta!
Protocolo de enfermagem sem o nome do (a) Enfermeiro (a) que o elaborou não deve ser seguido, sob risco de erro de procedimento e prejuízo à saúde do profissional e cliente/paciente.
Os avós
Tem vovó que é fofinha, mas põe neto na linha
Tem vovó que parece tia, mas não revela os segredinhos
Tem vovó que é é brava, mas nos beijos até baba
Tem vovó que sabe tudo, mas é humilde, no fundo
Tem vovó que adota neto, apesar da oficial ter grande afeto
Ter vovó é estar protegido, das ameaças e perigos
Ser vovó é um presente de Deus, para quem com sabedoria viveu.
Quem convive com vovós, é certo, sabe mais que o resto.
Vovó Leley
De onde vim, enfermeiros não podiam aparecer ou se destacar na multidão. Um dia peguei minha lamparina e, saindo da escuridão, transformei em farol.
É possível cuidar sem curar, mas não há cura sem cuidado, seja ele por outrem, por autocuidado ou pelo sagrado.
Meu maior ato de feminismo foi na maneira com que eduquei meus filhos, ensinando a ambos os mesmos direitos e deveres, sem afetar seu gênero. O resultado após 25 anos de experimento foi um filho que respeita a força das mulheres (em especial a esposa), sabe lavar, passar, cozinhar e trocar fraldas sem se sentir menos macho. Uma filha que respeita a sensibilidade masculina (em especial do esposo), sabe agir com força, racionalidade, coragem e tem independência financeira sem se sentir melhor feminina.
Se antigamente o casamento fosse um bom negócio para a mulher, não seriam necessários os contos de fadas.
Em tempos de constantes mudanças, se adapte e volte a ser estável. Em tempos de estabilidade, seja você a mudança.