Dimos Iksilara
O viver humano é extremamente interdependente, como seres sociais que somos. No entanto, devemos prestar especial atenção no nosso caminhar pela vida, visto que não só o fazemos sobre o que foi deixado em forma de genética e cultura pelos nossos ancestrais, mas também sobre os sonhos de outros seres humanos, que conosco dividem esta jornada. É necessário, pois, que aprendamos a ser gentis no nosso caminhar.
Viver muito é um encontro, entre o seu potencial genético, com a Sorte. Viver bem é quando este encontro ajuda a criar um futuro melhor, para si, e, principalmente, para os outros.
Lutas e disputas, às vezes fatais, por território, alimento e parceiros sexuais, é um imperativo da vida; o embate de idéias, porém, é exclusivo da espécie humana, e por elas se mata e se morre, ontem e hoje, mais do que a soma de todas as outras causas, pois, pensar e idealizar é parte inalienável de ser humano, o perigo está em que o pensar de poucos, quer subjugar a vontade de muitos, basta ligar a TV ou acessar a internet, para ver isto acontecendo ao vivo e a cores, no aqui e agora.
Podemos não ser antropófagos, no sentido literal da palavra, mas que consumimos tudo que outros seres produzem, da arte ao alimento, da cura ao entretenimento, isto lá também é verdade, pois somos chama, e como tal, absorvemos tudo ao nosso alcance, para podermos continuar brilhando.
Os grandes monumentos, construídos a partir do concreto e das modernas técnicas de engenharia, só expressam seu real valor, quando se agregam a eles o simbolismo e a cultura das civilizações que os construíram, além dos sentimentos dos seus construtores. Do contrário, seriam mais um tipo de rocha na paisagem, do que um marco da história humana.