Dimos Iksilara
O amor pode ser a chama que deflagra a paixão, o leito onde se deita o prazer, o espaço para se praticar a caridade, o poço onde se refresca a sede, mas, principalmente e essencialmente, a melhor interface para se atingir o divino.”
A jornada pelo conhecimento começa pelo exterior, mas se completa somente quando conseguimos nos conhecer,e, principalmente, nos aceitar.
Ser persistente é bom, mas não é tudo, é necessário, mas não é suficiente. O que distingue o vencedor do perdedor é sua capacidade de se adaptar frente ao Novo.
O Inimaginável, dele, e para ele, converge a matéria pensante, basta incluir o fator tempo, nesta equação chamada Vida."
Existir é apenas ser, viver é aprender a sentir, morrer é transformar-se, mas antes tem que nascer pelo partilhar.
Para a mesma Realidade, alguns podem ver algo alegre e divertido, outros algo triste e doloroso, pois a dualidade é uma das essências do existir.
O preço do progresso e da liberdade de muitos, é pago com a Solidão de alguns poucos, que transcendem seu tempo e criam o Novo."
O homem existe porque pensa, pode tanto quanto aquilo que sabe, vale o quanto consegue produzir, e, mesmo livre para escolher, não pode deixar de responder pelas conseqüências das suas escolhas, prisioneiro que se encontra ainda, entre o “plano animal” e o “divino”, marionete dentro de um desígnio cósmico, buscando transcender a perecível matéria que o compõe, enquanto a hora H, do dia D não chega.
Ao viver devemos buscar o máximo do nosso potencial de ação, pois, toda a Vida, apesar de breve, não só é eterna enquanto dura, mas é uma chama a iluminar o caminho rumo ao divino."
Pode ser verdade que chorar ajuda a diminuir a profundidade da dor, ou que cada lágrima de nossos olhos é um eco de um sentimento velado, ou uma discrepância de que a Vida pode te dar, mas também te tirar, o difícil, porém, é sorrir quando se deve chorar, pois, parafraseando Bob Marley, “Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos”, e só o Tempo para fazer secar.
O Sorriso franco, natural, espontâneo, sincero, que é para os olhos tal qual o sol para as flores, que vem com amor no coração, pois sem ele, é como lágrima de crocodilo. Que nos faz pensar, refletir, mas principalmente, que nos tira da inércia do cotidiano e nos traz um mundo colorido, pulsante, sincero, pelo que vale a pena viver, como um raio de luz a iluminar nosso caminho, renovando a esperança por um amanhã melhor.
Nenhum território é mais nebuloso e cercado de mistérios do que a morte, e só ela é mais temida que a solidão. Entretanto, diferente da solidão, a morte não se contrapõe a nenhuma lei natural, muito pelo contrário, é a única certeza que todo ser humano tem, quando agraciado com o dom da vida, e o seu temor se deve ao desconhecimento real dos eventos pós-morte e principalmente à capacidade do ser humano de saber que ela está à nossa espera entre o aqui e o futuro, e da consciência de que pode haver sofrimento no seu entorno, sendo, pois, uma batalha que deve ser vencida dentro de cada mente pelo uso da razão, ou no coração pelo uso da fé.
Há uma época na infância que o mundo tem a cara da nossa família. Na juventude ele começa a ficar com a nossa cara. Na idade adulta ele toma a forma dos nossos humores, desejos e fantasias, para finalmente na velhice se mostrar com a cara dos nossos medos. Alguns poucos, durante o seu viver conseguem descortinar o véu, e passam a ver através e além das aparências, se dando conta de como fomos e somos prisioneiros dos nossos genes,hormônios e emoções, de que nada é permanente ou mesmo real, onde, literalmente, tudo que é sólido se desmancha no ar, bastando para isso incluir a dimensão tempo nesta análise.
Valorizamos muito a coragem na sociedade humana, mas, assim como a força sem flexibilidade não é eficiente, a coragem sem sabedoria e experiência é um fogo que logo se apaga, por isso os cemitérios costumam estar mais cheios de corajosos do que de sábios, que usualmente morrem de velhice.
Envoltórios existem em todos os níveis da evolução da matéria, sendo a característica principal da individualidade em relação ao ambiente, das menores bactérias aos maiores seres vivos que já existiram, separando o interno do externo, mas nenhum deles é tão frágil e seus donos têm tanto apego quanto o humano, alguns apenas por egoísmo, outros por reconhecer a preciosidade da Vida dentro de um Universo predominantemente estéril.
Quanto mais revolucionária for uma ideia e mais alterações puder provocar nas crenças já estabelecidas, mais criativa ela será, mas a sua duração depende exclusivamente da sua utilidade em transformar a nossa realidade, e melhorar a nossa qualidade de vida.
A vida às vezes lembra um “streaptease”, onde mesmo sabendo que estamos perdendo algo, nos encantamos com aquilo que vai sendo tirado, e isto não é masoquismo, chama-se sobrevivência.
O ontem é história, o amanhã é mistério, por isso devemos viver intensamente o hoje, pois não existem atalhos para a felicidade, ela vem parte como graça, parte como merecimento e parte como estratégia de vida. “Tempus fugit” (a vida é breve).
Prestigiar o supérfluo, buscar o imediatismo, viver mais de esquecidos do que de lembrados, é a marca registrada destes tempos modernos, de uma sociedade que acredita encontrará a felicidade na próxima invenção tecnológica, a saúde em um novo medicamento, ou a alegria no próximo modismo, esquecendo que estamos sujeitos aos ritmos das estações, aos ciclos da natureza, e, principalmente, ao nosso próprio código genético.
“Conjunctio oppositorum”, união dos opostos, vale na química, mais do que na vida real, onde os semelhantes é que produzem as uniões estáveis, por isso nos tempos modernos a busca pela alma-gemea é cada vez mais difícil, tanto pela variedade de estímulos, condutas e modismos, quanto pela constante transformação da Realidade.
O que a civilização humana busca de fato, através da evolução tecnológica e cultural, é a onisciência e a onipresença, tentando viver muitas vidas em uma, fazendo com que o futuro, seja um quase agora, e o tempo, um eterno já, esquecendo-se, no entanto, que ainda estamos presos a um corpo biológico, sujeito aos ciclos das estações e ritmos circadianos, que nos cobrará o seu preço, mas, a evolução acontece nos extremos, e as mudanças para esta nova realidade são tanto visíveis quanto irreversíveis.
O Sucesso começa na vontade, se consolida pela habilidade, e se concretiza com a determinação, pois o querer é necessário, mas não suficiente, para ser um vitorioso no jogo da Vida. E a partir dos estágios conscientes do viver, como é o nosso caso, a vitória tem que ser honrosa, respaldada na moral e na ética, pois nossas ações, de fato, ecoam na eternidade.
Nós só conseguiremos criticar alguma coisa, de fato, se tivermos a capacidade de imaginar algo diferente, por isso a criatividade sempre foi inimiga de todos os sistemas autoritários, e junto com o conhecimento, são as principais ferramentas para podermos ser verdadeiramente livres, em vida.
É muito difícil para quem aprecia o conhecimento, e tem acesso às novas tecnologias da informação, não perceber o quanto tudo está interligado, se transformando continuamente, em um inegável processo evolutivo, e que acrescido da dimensão tempo, não existe nem mesmo o impossível, ou o inimaginável. E na prática, no aqui e agora, cada um de nós é uma chama acesa, dentro da fogueira chamada Vida, que pode apenas queimar, ou também servir para iluminar o caminho à frente, tornando mais fácil o viver, para si, e, principalmente, para o próximo. É basicamente uma questão de escolha, mas não deixe de fazer a escolha certa.
Os seres humanos pensam por que existem, quando, o importante, é que existem porque pensam, e, assim o fazendo, conseguiram criar a tecnologia médica necessária para vencer as variadas ameaças ao seu viver, desde as doenças infecciosas, do tifo, à malária, passando pela peste e a tuberculose, há um incontável séquito de patógenos ávidos por nos levar ao túmulo, que teve que ser vencido. Foram desenvolvidos novos métodos de cultivo de alimentos e de criação de animais, sem contar as invenções na área de tecnologia da informação, comunicação e transportes, progredindo, avançando e ampliando os limites do conhecimento, para quem sabe um dia, poder responder a pergunta inicial: do por que existimos?