Escrever poesia é aumentar a dívida no Bradesco.
Quando eu morrer vai tocar a vinheta do Corujão.
A ficção é um antibiótico para o tumor do amor.
Escrever é melhor que ser bonito.
Poesia velha é Band-aid que desgruda da ferida.
O escritor é um animal protestando contra o tédio.
Literatura é a arte de escrever solidões para si mesmo.
O amor caga de porta aberta.
Ler poesia é limpar o aquário da memória.
Literatura é a arte do erro. Quanto mais você erra, mais você escreve.
Meus melhores amigos nascem de um garrancho na folha de papel almaço.
Escrever é uma espécie de morte.
Bem-aventurado o homem que apazigua o caos com literatura.
Domingo é catarata nos olhos da alma.
Retirar um livro da estante é ver uma saudade sorrindo no vão.
Cave uma cova bem funda se você diz que seus poemas são lindos.
Poesia serve para jogar confete e serpentina no tédio.
Dos teus abraços sobraram apenas garranchos em cartas que sempre voltaram. Até o carteiro sentia pena de mim.
Ex-namoradas são poemas rejeitados na Antologia de Camões.
Não adianta fugir. A literatura é um beco sem saída e o silêncio escreve por você.
A poesia não precisa de ninguém. A poesia anda com as próprias pernas.
Escrever no caos é fácil. Quero ver escrever na ordem, na apatia e no silêncio do mundo.
Combato o silêncio mortífero que ela deixou na casa escrevendo poesia numa folha de papel almaço.
Um dia sem ficção é um dia morto.
O amor que sentia virou um pântano para hipopótamos dormir.